ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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À LUZ DAS ESTRELAS (Laurinda Ferreira)

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"à luz das estrelas"
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Para onde vão as estrelas quando a vida as abandona?
Lhasa de Sela, a cantora nómada, deixou de cantar.
Resta-nos iluminá-la com a paixão que nos transmitem a sua voz e as suas palavras.




Con toda Palabra

Con toda palabra

Con toda sonrisa
Con toda mirada
Con toda caricia
Me acerco al agua

Bebiendo tu beso
La luz de tu cara
La luz de tu cuerpo
Es ruego el quererte

Es canto de mudo
Mirada de ciego
Secreto desnudo
Me entrego a tus brazos

Con miedo y con calma
Y un ruego en la boca
Y un ruego en el alma
Con toda palabra
Con toda sonrisa
Con toda mirada
Con toda caricia
Me acerco al fuego

Que todo lo quema
La luz de tu cara

La luz de tu cuerpo
Es ruego el quererte

Es canto de mudo
Mirada de ciego
Secreto desnudo
Me entrego a tus brazos

Con miedo y con calma
Y un ruego en la boca
Y un ruego en el alma
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LHASA DE SELA
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Imagem e informação disponíveis em:
http://www.sendereando.com/
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5 comentários:

J L Reboleira Alexandre disse...

Mulher do Mundo, adoptou Montreal para viver como poderia ter adoptado outro local. Filha de casal com vivências nómadas, desde muito cedo, com os irmãos, que recitava uma peça teatral antes da noite cair, na beira de uma estrada qualquer situada entre o Norte do Canadá e o Sul do México. Os únicos espectadores eram os pais. A casa e o meio de transporte era a roulotte.

Podia cantar em Inglês, como em Espanhol ou Francês.

Uma voz diferente com hábitos diferentes que se calou demasiado cedo.

Anónimo disse...

Esta artista era uma norte-americana criada no Mexico e que acabou a viver e a gravar no Canadá.Fazia ma música difícil de definir mas a sua voz e a sua forma de cantar estão talvez próximas do Jazz.Morreu com 37 anos a ser verdade a pequena biografia que li na net e deixa gravados três grandes discos.
Obrigado Laurinda por este sentido post,L

Guida Sousa disse...

Lhasa não tem classificação,a música que fazia é só dela e tem a ver,como diz o José Luis,com o México,a América e o Canadá.Ela cantava em espanhol,inglês e francês o que hoje se chama World Music.Adorei os seus cds e gostei de ver aqui esta referência à sua triste morte com um cancro da mama aos 37 anos.Tem razão a Laurinda,a melhor forma de a recordarmos é ouvir a sua musica!

VT disse...

Não posso deixar de me solidarizar vivamente com este “post” e dar os parabéns à autora por ter evocado uma cantora de grande qualidade que era, ao mesmo tempo, um ser humano extraordinário. É inesquecível “o choque emocional” que me provocou o seu excepcional 1º CD (La Llorona) - que lhe grangeou de imediato uma onda de admiração em todos os países. Aliás, gravados entre 1998 e 2009, os três álbuns de Lhasa - La Llorona, The Living Road e Lhasa - venderam cerca de um milhão de exemplares em todo o mundo.
Portanto a notícia do falecimento (cancro da mama), em 1 de Janeiro deste ano, de Lhasa de Sela (n. 27 de Setembro de 1972 no estado de Nova Iorque) não deixou de provocar uma grande tristeza em todo o mundo mas com particular incidência em Portugal - onde possuía muitos amigos e admiradores não só do seu talento mas também da sua personalidade muito afável, simpática e humilde. Era uma artista de culto, tendo-se apresentado numerosas vezes nos palcos nacionais.
De ascendência mexicana e americano-judeu-libanesa era pouco convencional. Percorreu os EUA e o México na infância, de maneira nómada, juntamente com os pais e as suas três irmãs e a sua obra musical mescla tradição mexicana, klezmer e rock é cantada em três idiomas : espanhol, francês e inglês.
No comunicado assinado pelo manager de Lhasa de Sela, escreve-se ainda que a autora de La Llorona deixa o companheiro Ryan, os pais, a madrasta, nove irmãos e irmãs, 16 sobrinhos e sobrinhas, um gato e "incontáveis amigos, músicos e colegas que a acompanharam ao longo da carreira, para não falar dos inúmeros admiradores em todo o mundo"… "A sua família e os seus amigos puderam fazer o luto pacificamente nos últimos dois dias. O funeral realiza-se em breve. Nevou mais de 40 horas em Montreal desde a partida de Lhasa ", termina o comunicado.
Por seu turno, Vasco Sacramento, da promotora de espectáculo Sons em Trânsito, escreveu num emocionado comunicado que, das centenas de concertos com artistas estrangeiros que já organizou, "Lhasa de Sela foi claramente a que mais [o] marcou". "Não só pela sua voz única ou pela qualidade óbvia das suas canções, mas antes pela sua atitude desprendida e diferente do que é habitual assistir em muitos artistas", explica Vasco Sacramento. "Lhasa de Sela não estava interessada no estrelato, na fama ou no dinheiro. Não que quem aspire a isso seja menos válido. (...) Porém, a Lhasa era diferente. Parecia que cantava apenas por imperativo de consciência, sem grandes preocupações com estratégia de mercado. Vasco Sacramento lembra ainda a "inesquecível ligação" de Lhasa a Portugal: "Amava o fado, principalmente, claro, Amália, que cantou nos seus concertos em Portugal. Lembro-me das ovações em pé que a sua interpretação de 'Meu amor, Meu amor' lhe rendeu. Foi emocionante. Lhasa adorava Lisboa! Bairro Alto, Alfama, mas também Sintra, Coimbra, etc. Falava-me sempre do bacalhau que gostava de comer em Xabregas, quando cá estava. E o público português sempre lhe dedicou enorme afecto, esgotando todas as salas onde a Lhasa actuou no nosso país".
"Fora dos palcos, Lhasa de Sela era simples e densa. Simples no trato, na forma como lidava carinhosamente com todos. Densa pela profundidade e maturidade que revelava, provavelmente fruto do nomadismo que marcou toda a sua vida", acrescenta ainda Vasco Sacramento, terminando da seguinte forma a sua mensagem: " A Lhasa partiu como sempre viveu. Sem grandes alaridos. Partiu livre. Como sempre viveu".
Bem haja Laurinda… vamos ouvir muitas vezes Lhasa de Sela.
VT

Anónimo disse...

Mais um voz que se vai de entre nós, mais uma voz que fica entre nós...

Artur Henrique Ribeiro Gonçalves