ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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Paul McCartney e eu (11 de Junho de 1965)

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Ouvi a porta da rua bater e acordei sobressaltado. O despertador indicava um pouco mais de oito horas, eu devia estar a sair de casa com a minha irmã para apanhar a carrinha do Colégio que fazia a sua primeira paragem no Borlão. Que se teria passado para não me acordarem? Subitamente lembrei-me, estávamos a 11 de Junho e as aulas tinham acabado! A minha irmã, ainda na Primária, teria aulas até ao fim do mês, bem como os que frequentavam anos de exame (2º, 5º e 7º), mas não era o meu caso… Espreguicei-me mais demoradamente do que era costume e deixei-me ficar um pouco mais na cama.

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À mesma hora dessa sexta-feira, em Albufeira, Paul McCartney levantava-se bem mais apressado, já que a viagem até Lisboa era longa, por uma estrada sinuosa e estreita, e ele tinha já combinado ir almoçar a Vila Franca de Xira. A sua bela e serena namorada, Jane Asher, estava já pronta e tomava o pequeno-almoço enquanto o motorista do Opel cinzento que os iria transportar tentava arrumar vários pacotes avulsos (incluindo uma caixa de vinho do Dão) que Paul e Jane tinham acrescentado às suas inúmeras malas, durante os quinze dias que tinham passado no Algarve.

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Eu deliciava-me entretanto com pão fresco com muita manteiga e uma enorme chávena de café com leite, os dois componentes imprescindíveis de um pequeno-almoço durante toda a minha vida. Ainda hoje uso uma chávena muito grande, mesmo que não a encha, continuo a preferir assim; o pão é que já não é “do Teixeira” nem o café é uma mistura “do Pena”, coada num saco, logo de manhã, para ir servindo para pequenos-almoços, lanches e refrescos durante o dia, nem o leite é fresco, vendido à porta de casa e bebido poucas horas depois de ser mungido.

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A manhã de Paul foi integralmente preenchida com a viagem Albufeira-Vila Franca, interrompida por algumas paragens para apreciar a paisagem, a serenidade e o silêncio do Alentejo, bem como o cheiro da vegetação, de que Paul nunca se fartava. Estava certamente feliz: Jane era uma companhia que ele apreciava e ia regressar a Inglaterra para receber uma das mais ambicionadas condecorações britânicas (M.B E.) ainda antes de completar vinte e três anos (o que aconteceria no próximo dia 18). O lançamento de Help - o single , o filme e a banda sonora - era minuciosamente preparado nessa altura e constituiria o acontecimentos artístico de 1965 com mais divulgação na imprensa mundial. Os sucessos musicais pareciam infindáveis, a Melody Maker e o Billboard desse dia 11 confirmavam que “Ticket To Ride” continuava, pela nona semana consecutiva, no Top Ten Britânico e Americano.

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Eu peguei na minha raquete de ténis e fui até ao Parque onde, por volta das dez horas, apareceriam alguns colegas que, como eu, tentavam aprender a jogar. Alguns tenistas mais velhos, entre os quais o Dr. Calheiros Viegas, o Zé Augusto (pai da Belão e do Zé Sancho) e o Dr. Henrique Mineiro davam-nos ocasionalmente umas “lições”, embora sempre condicionadas às suas actividades profissionais. Acabei a trocar umas bolas com dois ou três amigos; deles, só o Miguel Bento Monteiro faria deste desporto o centro da sua vida (exagero meu?). Mas não eu, só joguei regularmente até ter ido estudar para Lisboa.

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Almocei à uma hora em ponto (os horários das refeições eram sagrados em minha casa), mas Paul só chegou à Estalagem Gado Bravo por volta das catorze horas e trinta minutos. A História não registou o que almocei nesse dia mas está bem documentado que, no Gado Bravo, a refeição foi constituída por linguado à regional, escalopes de vitela e doce de ovos com amêndoa, tudo regado com muito e bom tinto. Sabemos isto porque Baptista Bastos (do Diário Popular) participou na refeição, ao contrário de Joaquim Letria (do Diário de Lisboa) que, no dia anterior, tinha recusado um convite do músico para jantar. A conta, cento e cinquenta escudos, foi considerada ridícula por Paul – e devia ser para um estrangeiro, já que o Diário de Lisboa desse dia relata que um operário sueco ganhava nessa altura quarenta e cinco escudos por hora. O mesmo jornal noticiava na primeira página que morrera o Almirante Mendes Cabeçada, político da Primeira República que, além de deputado, chegara a ser Primeiro-ministro e Presidente da República interino por um breve período em Junho de 1926 (precisamente trinta e nove anos antes). O meu pai deve ter lido todas estas notícias, já que nessa época comprava religiosamente o Primeiro de Janeiro, de manhã, e o Diário de Lisboa, à tarde.

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Passei essa tarde no Parque, satisfeito com a perspectiva de umas longas férias sem preocupações escolares – e alheio e desconhecedor do que se passava no Mundo. Saberia pouco depois que precisamente nesse dia os Rolling Stones lançaram o seu primeiro disco ao vivo, “Got Live If You Want It”, mas só muito depois que Paula Rego pintava, também em Londres nessa tarde igualmente soalheira, dois dos quadros com que satirizou e condenou os regimes políticos ibéricos: “Retrato de Grimau” e “Manifesto Por Uma Causa Perdida” (série iniciada com “Salazar Vomita O País” em 1961). Nesse dia 11 de Junho de 1965 a Alemanha Ocidental aderiu à NATO, perante a desaprovação da França, que abandonaria o Conselho Executivo da Organização. “Repulsa” de Roman Polanski, com Catherine Deneuve mas rodado em Inglaterra, estreia também nesse mesmo dia na capital inglesa. O centro do Mundo mudava de Paris para Londres (claro que a capital artística de então era já Nova Iorque, mas a música, a moda e a vivência da Swinging London eram claramente mais atractivas para a geração jovem, incluindo a norte-americana).

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Paul McCartney, findo o almoço, continuou a beber vinho verde gelado e assistiu a um festival taurino na praça adjacente ao Gado Bravo, isto depois de autografar um postal onde a Estalagem era retratada; Jane Asher assinaria também, depois da inscrição da data: 11 de Junho de 1965. Assinou, ajeitou o cabelo graciosamente atrás da orelha e comentou “the best time of my life, these days I spent in Portugal”.

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Ao fim da tarde tentei ler um álbum do Tintin, com que os meu pais tentavam estimular o meu ainda incipiente francês, ouvindo alguns discos da pequena colecção de EPs que possuía. She Loves You, que me tinha sido oferecido no Natal anterior, I Feel Fine (o último EP dos Beatles editado em Portugal), Apache dos Shadows, Tell Me dos Stones e Cuore da Rita Pavone (que ainda hoje não ouço com indiferença, devido à paixão que tinha pela cantora italiana nessa altura!). A televisão começava às sete horas da tarde (apenas um canal…), mas raramente tinha programas para jovens. Eu preferia a recém descoberta frequência modulada, ouvia o Em Órbita no Rádio Clube Português das 19 às 21 horas.

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À hora que eu comecei a jantar, Paul e Jane embarcaram num Caravelle da TAP com destino a Londres, com escala no Porto. Paul pensava na condecoração que ia receber e nos milhões, de espectadores e libras, que esperavam os Beatles em todo o mundo (em Itália, dias depois, o deputado Mário Quintieri interpelaria no Parlamento o Ministro das Finanças sobre as verbas e os valores dos impostos que envolviam a digressão dos Beatles àquele país!). O músico garantiu a todos, ao despedir-se, que regressaria a Portugal, apesar de ter dito a Letria que o que o mais impressionara no nosso país fora "o olhar triste da maioria dos portugueses". Cumpriu a promessa três anos depois, só que na companhia da sua futura mulher, Linda Eastman, já não com a doce Jane Asher...
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Eu entretanto fora para a cama, não sonhando certamente que quarenta e seis anos depois estaria aqui a recordar esse dia olhando para o postal que Paul McCartney e Jane Asher tinham autografado a pedido do Sr. José Carlos Baptista, gerente do Gado Bravo, e que o seu filho, o meu amigo Victor, me ofereceu há dias.























JJ

C O M E N T Á R I O S

Inês F disse:
Olá JJ
Adorei o post!
 Não me surpreendeu a qualidade da escrita que admiro em si, desde que o leio. O João sabe que me encanta a aparente simplicidade das suas 'histórias'.
Desta vez encontro, julgo que encontro, uma arte nova. Uma construção paralela de dois tempos simultâneos de ficção que se cruzam na frente e verso de um postal ilustrado. O coleccionador apaixonado, criador da realidade, o film-maker.
Um dia destes, espero vê-lo como realizador...
Bj
Inês

diz o que te vai na alma disse...
JJ, és um emotivo! A prova provada é este artigo, descritivo, táctil e carregado de emoções! Gostei de ler! Dalila Garcia
EliminarTina disse...
Que interessante descrição de acontecimentos cruzados no tempo, com incidência numa data significativa, e não só para o autor desta crónica! É sugestivo o cruzamento do dia em que começaram as férias grandes nas Caldas da Rainha com a ida de Paul McCartney a Vila Franca de Xira, em companhia da sua namorada Jane Asher, a musa a quem devemos canções lindas dos Beatles. Adorei a descrição do pequeno almoço com pão fresco barrado de manteiga, acompanhado de uma grande caneca de café com leite, gosto que partilhei em pequena, comendo mais que um pão para gáudio dos meus irmãos. Leite, manteiga e café que também já não são como antigamente na minha terra... Demarcam-se os hábitos de vida de um rapaz com horários a cumprir no convívio com a família, enquanto o badalado compositor e cantor cumpria com condescendência um programa traçado. Cruzam-se no tempo as notícias dos sucessos condecorados de Paul com a do falecimento de Mendes Cabeçada, bem como com as recordações juvenis do estudante em início do gozo de férias. No dia 11 de Junho de 1965, recordo-me eu, começavam também as minhas férias, após terminar o terceiro ano no Liceu Gil Eanes na minha ilha cabo-verdiana de S. Vicente. Só não recordo ter ouvido falar dessa viagem de Paul e Jane a Portugal. Mas lembro-me da seguinte, três anos depois, pois já me encontrava a estudar no Liceu Maria Amália, em Lisboa, onde as alunas já tinham começado a enfrentar a "ditadura" das professoras, usando mini-saias e tagarelando sobre o que conseguiam saber do mundo. Os Beatles, como é lógico, eram um dos temas muito do nosso gosto. Parabéns, JJ, pois este texto está um doce!
Isabel Esse disse...
Fiquei sem palavras!Um autógrafo de Sir Paul,um dia na vida de um ERO,um retrato de um Portugal "de olhar triste",um dia na vida de um Beatle,o Gado Bravo que eu bem conheci!!! JJ queremos mais crónicas,há muito que não escrevias nada,queremos as nossas memórias,queremos o "tal" livro!!!
EliminarCarlos disse...
Curioso! Foi exactamente quando estava a acabar de ler esse teu post, que recebi a notificação de que o havias partilhado comigo. Magnífico relato-retrato dessa época. Obrigado. Abraço Carlos Geraldo.
EliminarCasa da Caldeira disse...
Delicioso, este relato de "a day in the life" de JJ e de Paul McCartney, escrito naquele estilo escorreito e tão expressivo a que o primeiro dos personagens acima referido já nos vem habituando. Ideia brilhante, a de transformar o célebre postal com os autógrafos em elo de ligação. Li o texto de um fôlego, eu, que também com os meus 12/13 anos, não me lembro bem – não tenho essa memória prodigiosa do JJ –, vivi uma experiência empolgante relacionada com o Paul McCartney. Foi da primeira vez que fui ao Algarve. Ficámos instalados numa Quinta magnífica, a Quinta das Redes, na praia da Luz, que então não passava de uma simples aldeia de pescadores. Fomos a convite de uns amigos dos meus pais, ela Inglesa e ele Dinamarquês, que geriam uma Imobiliária e que nessa época ali viviam. Lembro-me que a casa era linda, simples, funcional, mas com uma decoração fantástica, onde predominavam os elementos característicos da região: o chão de tijoleira, objectos de cerâmica, os cestos de verga, as mantas típicas e quadros com pintura moderna. O jardim era tipicamente mediterrânico, com duas ou três estatuetas de aspecto antiquado, trepadeiras cheirosas e uma profusão de tufos de ervas aromáticas. A casa pertencera a um casal de ingleses, um deles escritor ou pintor. E amigos de quem? Do Paul McCartney, precisamente. Mas para mim e para a minha irmã, duas adolescentes fascinadas pelos Beatles, como qualquer jovem daquela época, o que a quinta tinha de mais fascinante, era o facto de o próprio Paul McCartney ter ali estado a passar uma temporada. Pelo menos, foi o que nos foi dito e por isso, aquela estadia teve um sabor tão especial. É que ele estivera no interior daquelas paredes, dormira numa das camas, talvez na nossa, sentara-se na sala e servira-se dos mesmos objectos que nós estávamos a usar, provavelmente compusera ali alguma das suas canções. Enfim, o seu espírito pairava pela casa, praticamente vivia ali connosco. Foram umas férias inesquecíveis essas, que passámos com o Paul! Ana Braga 
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 jorge disse...
grandes memórias as tuas e agora tão bem acompanhadas!a prova que gostei é que comentei o que não fazia há meses.mas tu tens escrito pouco,isto tem tido só fotos!abraço.j
EliminarLuisa disse...
Adorei!!!Fizeste lembrar músicas que estavam adormecidas e tempos em que fomos felizes.Porque escreves tão pouco últimamente?Beijinho.L .
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Agueda Correia Muito bom JJ, como é bom lembrar das "coisas" boas da nossa infância/adolescência,..., foi bom sentir o cheirinho do café com leite e o sabor de um Bom Pão com "montes" de manteiga,..., quanto ao Paul Mc, não tive a oportunidade desse prazer, para alem de criança, estava bem longe daqui,...:)..
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              Guida Sousa disse...
Perguntas onde é que eu estava neste dia?Não sei,não me lembro!O que é extraordinário é tu lembrares-te! Adorava os Beatles e sobretudo o Paul McCartney que era um "borracho".A tua prosa faz tudo isto regressar à minha cabeça como se tivesse sido ontem e retrata uma época como se tudo estivesse realmente ligado e se calhar estava. -Gostei muito- não diz tudo o que eu senti ao ler mas eu não escrevo tão bem como tu!!!
Guida S
cx disse...
Impecável entrelaçado de acontecimentos... (técnica que entretanto sabemos característica do JJ,e da qual possui perfeito domínio)!! Retrata o último dia de umas férias de Paul MacCartney em Portugal, aparentemente inesquecíveis (de que eu não tive conhecimento... mas eu tinha apenas 10 anos)e simultâneamente o primeiro dia de férias do autor!!! Em traços breves retrata também uma época, a da nossa infância e adolescência, e com tamanha clareza que nos compele a reencontrar as nossas próprias vivências naqueles dias distantes...(oh o sabor gostoso do café ao pequeno almoço...que ainda não desisti de tentar reproduzir...)!! Li com um sorriso do principio ao fim...os meus parabéns!São Caixinha  . Júlia disse... Olá, JJ! Adorei a tua crónica. Não tenho nenhuma história interessante... A 11 de Junho de 1965, devia estar a preparar algum exame e a organizar as coisas para um jantar em família: é o dia de anos da minha mãe. Desde que me conheço, é sempre o mesmo programa a 11 de Junho. E espero que, no próximo, possa também festejar o dia do seu 89º aniversário! Júlia Ferreira
Belão disse... 
Fantástico! Gostei mesmo muito deste cruzamento e devo dizer-te que o teu dia foi muito mais divertido que o do Paul McCartney, mas não tanto quão o bocadinho em que estive absorvida nesta leitura.
JJ no seu melhor.
Bjo

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Carlols Abegão disse...
Excelente artigo. Oh João, deixa de vender alta fidelidade, e dedica-te à escrita. Um abraço J. Carlos Abegão .
J L Reboleira Alexandre disse...
Sei que este comentário vem tarde e fora de horas, mas têm sido tempos de muito trabalho e há que fazer opções. Li e reli esta maravilhosa descrição de uma época que, tendo sido de todos nós, foi mais vivida por uns do que por outros. O JJ teve a sorte de fazer parte dos primeiros, mas consegue 40 anos depois, e com a sensibilidade que lhe é própria, pô-la ao dispor dos restantes, nos quais nos incluímos. Sem ir ao ponto de lhe recomendar o que o Abegão menciona, penso no entanto que deveria «aparecer» com mais frequência. Obrigado por este belo momento. J.L. Reboleira Alexandre  .
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Eliminar
Blogger MJSousa disse...
Estes posts que parecem mais compridos são sempre os que parecem acabar mais depressa!Li segunda vez mas como já alguém disse queremos mais destas tuas memórias,que são também as nossas que não temos o teu talento para escrever. O blogue precisa destas tuas crónicas,tenho a certeza que as visitas são sempre maiores quando és tu a escrever!!! Abraço.MJS
.vitor b disse...
Para quem conhece melhor os teus escritos sobre música este texto é um pouco estranho.Como se procurasses uma simplicidade e um retorno a uma adolescência perdida...Gostei,claro,reconhecendo-te nos discos cuidadosamente escolhidos,no saudoso Em Órbita,no elogio do Help,na descrição dos Beatles como grande fenómeno global e não só musical.Tudo muito JJ.
Talvez pudesses recuperar aquele texto sobre o Societies Child,que é que achas?E o At Seventeen é sobre esta altura das nossas vidas,não é?
Parabens.VB
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Libânia disse :
Adorei o paralelo do teu dia com o dia do PM and Jane. Só tu te lembrarias do que fizeste há 46 anos atrás, mas é evidente que a tua paixão pelos Beatles está associada a essa recordação. Adorei o pequeno almoço... xerox do meu nesses tempos, continua a ser um dos favoritos. Libânia

.Luis disse: disse...
A propósito:   . É ou não é?Abraço.Luis

PÁSCOA FELIZ

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Desejamos uma PÁSCOA FELIZ a todos . 
Pensamos que a fotografia que escolhemos para hoje não precisa de legendagem ou identificação ... Ou precisa ?

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 C O M E N T Á R I O S

Manuel disse...

Olha que engraçado! As minha colegas João Gomes, João Ferreira e... quem é a outra? Também era minha colega? Penso que me estou a lembrar daquela cara, mas não a consigo identificar .
Manuel Agudo
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Júlia Ferreira disse...

Aqui ficam também os meus desejos de Páscoa Feliz para todos os «meninos» e para todas as «meninas» do ERO.
Para mim, a fotografia não precisa de legenda, mas já agora posso dar uma ajuda para quem tenha a memória mais esquecida. Atrás, com um sorriso comedido, está a Maria João Gomes; à frente, a mais alta e toda sorridente, é a Maria Paula Jales; de braço dado com ela, em jeito de esboçar um sorriso, temos a Maria João Ferreira. E não é que, com excepção da Maria João Gomes, que voltei a ver no Verão passado, as outras duas meninas continuam assim na minha memória? É assim que as vejo, eternamente jovens, como no tempo em que eram minhas alunas…
Fica um mistério: quem é que estas brincalhonas estariam a designar com os dedos?
Júlia Ferreira

Carlos disse...
Como elas estão bonitas!
Uma Páscoa Feliz para todos e com muitas amendoas, mas das molinhas para partir dentes.
Abraço do Carlos Aurélio

 
Cristina Rolim comentou a tua foto.
"Boa Páscoa para todos."


Isabel De Azevedo Noronha comentou a tua foto.
"Lindíssimas as minhas colegas...NÃO CONHECIA ESTA FOTO!!! BJs"
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Libania Lewis comentou a tua foto.
"Feliz Páscoa!".

Rosário Mota comentou a tua foto :
"lindas e sexys.....beijinhos e boa Páscoa para todos"
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Isabel Trüninger de Albuquerque comentou a tua foto.
"Encantada com a foto, gosto das poses, e do Parque e que saudades, Feliz Páscoa João e todos!"
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Margarida Araújo comentou a tua foto.
"Lindas! A Paula Jales, a João Ferreira e a Maria João Gomes: três graças, sem dúvida.
Páscoa Feliz a todos.
Bjs"

Laurinha disse :
Olá João!
Começo por desejar a ti e família uma Páscoa muito Boa.
Poucos doces…por vários motivos.
Gostei muito da foto publicada no nosso blogue! As meninas, além de serem bonitas, estavam airosas.
Pode observar-se como tudo se repete no tempo!
O padrão dos vestidos, das pequenas, está novamente na moda.
Para não falar da mini saia.
Se eu disser que preciso de uma legenda é mau?
Mais uma vez a nossa querida Ana Nascimento dará uma ajuda
Obrigada Ana! E um beijinho especial para ti.
Beijinhos e Votos de uma Páscoa Feliz para todos.
Laurinha

São Cx disse...

Que giras...e divertidas!! Brilhante fotografia... que não podia faltar nos nossos arquivos!!!Gostei muito de rever as 3 meninas nesta pose plena de vivacidade!! Para todos uma Pascoa muito feliz!
São Caixinha
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Luísa Barbosa disse:
Feliz Pascoa para todos!.

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Alberto Barbosa disse:
Feliz Páscoa a todos os Antigos Alunos Ero e seus familiares.
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Cristina Rolim disse:
 Boa Páscoa para todos.
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Luísa Rufino disse:
Uma Boa, Santa e doce Páscoa para todos!!!
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Belão disse :
Maravilhosas! Como sempre, claro!
Um beijo a todos e uma Páscoa Feliz!
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Júlia Ribeiro comentou a tua foto :
"Olá! Feliz Páscoa para todos e para as 3 meninas que estão tão divertidas....bjs"
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Ana Paula Carvalho comentou a tua foto. 
"Olha que três ..deviam estar a tramar alguma! Lindas as meninas. Boa Páscoa a todos"
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Alberto Barbosa :
 Já usavam mini-saia. !!

Antigos Alunos Ero :
Sim, e bem curtas... Estes são já os tempos pós-Albino.

Inês Figueiredo:
 Páscoa Feliz !
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Alice Ventura
  Lembro- me bem da Paula Jales e da Maria João Ferreira.A menina que está no meio não consigo identificar.

FÉRIAS DA PÁSCOA

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Nesta época de férias de Páscoa (para quem as pode ter e gozar, claro) o Blog sugere a leitura de alguns posts ligados a esta época e que  publicámos  em anos anteriores.
 Basta clicar sobre o link para aceder :


DON'T THIK TWICE, IT'S ALLRIGHT 
João Jales


PÁSCOA DE 64 
Isabel Vieira Pereira


À MESA DOS PADRES NA PÁSCOA DE 68
António José Neto


Todos os posts abertos a novos comentários, claro.

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C O M E N T Á R I O S
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Reli e gostei,mais uma vez,do que já tinha lido.Ai,como a Ana Karenina...arrasava o coração do nosso colega João Jales.:-)
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Maria Helena Figueira
Lembro-me muito bem e conhecia todos os que estão na foto, isto é, só o Luis Filipe Rolim (que está tb na foto) é que era da minha turma, todos os outros eram mais velhos portanto nem me dava com eles, talvez o meu irmão os conhecesse melho...r. Lembro-me especialmente da Maria Manuel que achava muita gira e me parece que ela era realmente colega do meu irmão. É engraçado ver pessoas quer nunca mais vi!! É como recuar no tempo!!..l

EXAME EM LEIRIA - 1958

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Este é um grupo de alunos do ERO que se deslocou a Leiria em 1958 para realizar o exame do 5º Ano. Não é possível  eu ser colega de ninguém deste grupo, pelo que espero que através de comentários (aqui no Blog ou na nossa página no Facebook) seja possível identificar as pessoas e até conhecer alguns episódios desta deslocação. 
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Só fiz em Leiria a Admissão ao Liceu em 1964, todos os posteriores exames liceais (2º, 5º e 7º Ano) foram efectuados no Colégio. Fui obrigado a pernoitar com os meus pais numa Residencial que ficava por cima da empresa de camionagem situada na Av. Heróis de Angola , onde ainda está hoje. Foi uma "aventura" que me marcou, ainda me lembro de muitos pormenores relacionados com esses dois dias em Leiria ; será que o mesmo acontece com as pessoas aqui fotografadas ?
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 Honório, Mário Isaac, Carlos Arroja, Teresa Caldeira,
João Calheiros Viegas , Casimira Guilhermina, Maria Celeste Samagaio

C O ME N T Á R I O S 


  • Não estou na foto mas foi nesse ano que fiz também o 5.º ano.Estava nessa altura com uma frúnculos num sitio que não me podia sentar, pelo que fiz o exame quase de pé.


  • Acho tanta graça a estas fotografias. Eram todos muito novos, mas tinham um ar tão compostinho, que pareciam senhoras e senhores "antes de tempo". Eu sou mais nova do que estes jovens, mas lembro-me bem das roupas que ainda usei: dos vestidos de saia rodada com saiotes engomados, laçarotes na cabeça, soquettes imaculados e sapatos de presilha. Dava pouco jeito para as brincadeiras de quem, como eu, apreciava sobretudo, trepar às árvores, jogar aos polícias e ladrões e andar de bicicleta.


  • Ani Braga
    Sou tão distraída que só numa segunda passagem reparei que este grupo tinha ido a Leiria fazer exame. Pois era! Quando íamos fazer exame usávamos roupas especiais. Ainda me lembro do vestido que levei para fazer o exame da 4ª classe. Era li...ndo! Estava muito nervosa e insegura, com todos os sintomas que vêm nos livros para caracterizar a ansiedade, mas passei.Aliás, acho que passávamos todos, pois nenhum professor ousava levar a exame quem não estivesse devidamente preparado. Como eu vivia numa aldeia, pasme-se: nessa tarde, alguns vizinhos foram lá a casa deitar foguetes, como aliás era costume, sempre que alguém fazia um exame.



  • Também recordo o meu exame de admissão em Leiria. Foi posteriormente, embora conheça alguns destes colegas.Como diz a Ani nós íamos todas "larocas"fazer exame ,pois era algo de "solene" naquela época. Como hoje é tudo tão diferente!...

    Lisa Freitas :
    Vim parar ao blog através de pesquisa de assuntos relacionados com o ballet. Fui aluna da professora Isabel Affonseca e tive aulas no externato. Gostava muito de conseguir videos das festinhas no teatro Tivoli organizados pela mesma professora, mas não faço ideia como consegui-lo. Será que alguém me pode ajudar?
    Participei mais ou menos entre 1983 e 1990 não sei ao certo em que anos, gostava muito de recordar esse evento. Obrigada
    Parabéns pelo blog
    Lisa Freitas (llfreitas@sapo.pt)