ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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FESTA DA JECF ( 8/12/67 no ERO )

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Comentários retirados da página dos 
Ex Alunos ERO no Facebook, 
onde a Cristina publicou a fotografia .
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FESTA DA JECF para a Profissão de Fé
em 8/12/67 no ERO
(foto oferecida por Padre Xico)


    • cristina está irreconhecivel nessa foto.

    • Pois é verdade. Já era, mas é assim.

    • Joao Jales ‎.
      Quem são as outras duas?



    • A Fátima Vieira Lino ao meio e a outra era da nossa turma não consigo lembrar o nome mas sei que é médica


    • Mas que giras... não me lembro nada desta festa ... a minha memória está a atraiçoar-me pois ainda estava no ERO ehehehe mas a médica é a Maria José .
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      Eu estava lá no público, era uma das meninas da Profissão de Fé. Lembro-me bem da Mercês e da Mena Lourenço na "Música no Coração". Estiveram muito bem, gostei imenso, nunca mais me esqueci

"MEMÓRIAS" (Exposição de José Santa-Bárbara ) por José Carlos Faria




Para começo de conversa, permito-me, descaradamente, citar-me a mim próprio:
«Antes do mais uma declaração de interesse – José Santa-Bárbara tem para comigo a deferência de ser um amigo certo. Não por “interesse”, claro, de improváveis vantagens que a minha desprovida figura lhe poderia alguma vez causar, mas pela enorme generosidade que faz dele um homem bom. Confesso portanto a parcialidade arreigada que me vem de admirar a sua pessoa e nela a lucidez do cidadão e a qualidade estética do trabalho do Artista. (Chega-lhe de longe o talento, a romper entre as brumas da memória – do egrégio avô Ludovice, edificador de esplendores barrocos, lá por altura de Setecentos…).
Disse bem (e repito): Trabalho do Artista (pois, a criação nasce da “labuta que a pariu”); sobretudo quando neste jardim á beira-mar plantado, os que se reclamam desse estatuto parecem ser em maior número do que as obras de Arte. As do Zé Santa, essas, estão aí espalhadas na escultura, na pintura, no design, em Arte Pública, poderosas e impressivas».

Assim escrevi, já lá vai um tempo e não saberia agora, para estas «Memórias», dizer melhor. Perante Vocelências estão as obras em retrospectiva e são elas quem dá o melhor dos testemunhos, seja na intimidade de uma cumplicidade sussurrada ou erguendo a voz em gritos de alerta. Ouçam-nas pois, ao vê-las, que elas têm histórias para narrar e segredos para revelar. (Re)parem, escutem e olhem!
As capas do Zeca a cantar Liberdade! O ritmo dinâmico dos signos ferroviários, carris/engrenagens das sendas da vida, neste país de pouca-terra, pouco-chão. As «Vontades» de todos nós recolhidas por Blimunda nas sete luas do suplício de sangue dos flagelados, sete sóis (e muitos mais) de esperança magoada para a tela-novela dos «Quotidianos», do Belo/Negócio, da Democracia/Natureza-Morta,  folhetins do precário pão nosso de cada dia, do patrão nosso de cada dia-a-dia nos livrai, fado vadio com nódoas de vinho e ais gemidos, borrões da paixão afogada na solidão colectiva. «A Curva da Estrada», ilustração implacável da traição aos ideais pelos parlapatões encartados, bedéis da renúncia, mestres supremos da renegação. O bestiário extravagante dos «Extravagários».
O Zé Santa-Bárbara não é artista de plástico («que era mais barato», como dizia o O’Neill) nem mesmo quando concebeu as excelentes cadeiras para o Pavilhão Atlântico dessa Expo do mar de ilusões a granel, navegadas à bolina por um povo em rota de escape; nem um troca-tintas, que disso o livra a sua postura vertical e íntegra perante o Mundo e a capacidade para sonhá-lo diferente (que dores para o pintar de outras cores, senhores…); e pés de barro (mas consistentes, está bem?), só nas formas elegantes e depuradas da sua cerâmica.
Como que animado por um espírito do Renascimento, há aqui uma busca versátil e conseguida, sempre prova consciente do que Bento Caraça afirmava: «A Arte coloca o Homem perante a sua própria dignidade».
Não é?

         José Carlos Faria     
(Catálogo da Exposição “Memórias”, José Santa-Bárbara, Anos 50 » 2010)
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Relembramos que a Exposição "MEMÓRIAS" está no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha até 19 de Julho. 
Não percam !

EXCURSÃO A ESPANHA (1969)





    • Alice Ventura 
      Quem quer identificar estes finalistas na sua viagem a Espanha?


    • Lembro-me de alguns nomes, começando por cima:
      Amílcar, Zé Manel, Amélia, Anabela Pimpão, Padre Albino, Luís Rolim, Isabel Corredoura, Teresa Grais, Olga, D.Anita,Mercês, Anabela,Benilde, Luísa, Ana Maria, Salete, Nuno Mendes, Leonor...

      • Foram mesmo,lembram-se da travessia no barco?Que bom....
        •  Vou citar mais alguns nomes de colegas que estão aqui no grupo: Fátima Vieira Lino, Manuel Lino, Medina, Isabel (do Bombarral),  Martinho (doCadaval) e a Dra. Deolinda. 
          Há ainda um colega ou dois cujos nomes não me lembro.
           
          Já vim espreitar...gostei!!! Espero que se tenham divertido tanto nesta viagem, como eu na minha.:-)


          • Foram mesmo,lembram-se da travessia no barco?Que bom....


          • E as ''partidas'' que se fizeram ,sempre a fugir ao controlo apertado da D. Anita,e as noitadas de grande risota nos quartos das meninas, no hotel em Palma!!! Deliciosas recordações.


          • É verdade. Salette lembras-te de termos ficado sozinhas em Palma, enquanto todo o grupo foi para outro passeio, porque tu estavas com o teu problema nasal. Disseram-nos para não sairmos do hotel, mas mal eles foram embora fomos dar uma volta e comer gelados.Realmente, boas recordações.


          • Não me lembrava disso. E tu ficaste comigo?Foram dias muito giros.


          • Eu lembro-me muito bem, eles foram ao Mosteiro de Monserrat, eu também não fui.

"MEMÓRIAS" - Exposição de José Santa-Bárbara

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Inaugurou ontem No Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha a Exposição "Memórias" , uma retrospectiva da obra de José Santa-Bárbara desde os anos 50 até hoje. A exposição estará patente até ao dia 19 de Julho.

 José Santa-Bárbara foi professor de Desenho no Colégio até à chegada do Padre Albino, que dispensou os seus serviços em Setembro de 1963. Um episódio nunca esclarecido.
 As capas para os LPs de Zeca Afonso contribuíram certamente para a popularidade de Santa-Bárbara. Aqui estão elas, expostas na parede à direita da fotografia.
 Muita gente esteve presente na inauguração mas quem não pode comparecer tem ainda mais de um mês para o fazer e deixar aqui as suas impressões e comentários.
(As fotografias são da Guidó)
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C O M E N T Á R I O S




  • Será irmão do Fernando? Se é, é meu primo...

  • Eu estive lá e gostei, o José Santa - Bárbara é o máximo.
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    Isabel X disse...
    Estive na inauguração da exposição do Zé Manel Santa-Bárbara. Gostei muito. Dou conselho a todos que vão vê-la. Para além de uma pessoa maravilhosa, o Zé Manel é um artista de obra diversificada, consolidada, que nos desperta e inquieta, como se espera da arte.  . Com a grandeza de sentimentos que lhe é própria, Santa-Bárbara dedica a exposição (segundo o catálogo): "À Amizade e à Té. Minha companheira de 50 anos. Minha primeira crítica." Lindo! Ternurento!
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    Um exemplo de que é possível!... Muitos parabéns!  - Isabel Xavier -
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    Mais uma exposição do Mano, que vi com grande orgulho e satisfação! Muitos parabéns!
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    Luisa disse...    
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    Também já fui ver,não estava livre no dia da  Inauguração!Conhecia as capas dos discos do José Afonso mas não os extraordinários quadros.Parabens!
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    José Carlos Faria disse:
    Para começo de conversa, permito-me, descaradamente, citar-me a mim próprio:
    «Antes do mais uma declaração de interesse – José Santa-Bárbara tem para comigo a deferência de ser um amigo certo. Não por “interesse”, claro, de improváveis vantagens que a minha desprovida figura lhe poderia alguma vez causar, mas pela enorme generosidade que faz dele um homem bom. Confesso portanto a parcialidade arreigada que me vem de admirar a sua pessoa e nela a lucidez do cidadão e a qualidade estética do trabalho do Artista. (Chega-lhe de longe o talento, a romper entre as brumas da memória – do egrégio avô Ludovice, edificador de esplendores barrocos, lá por altura de Setecentos…).
    Disse bem (e repito): Trabalho do Artista (pois, a criação nasce da “labuta que a pariu”); sobretudo quando neste jardim á beira-mar plantado, os que se reclamam desse estatuto parecem ser em maior número do que as obras de Arte. As do Zé Santa, essas, estão aí espalhadas na escultura, na pintura, no design, em Arte Pública, poderosas e impressivas».
    Assim escrevi, já lá vai um tempo e não saberia agora, para estas «Memórias», dizer melhor. Perante Vocelências estão as obras em retrospectiva e são elas quem dá o melhor dos testemunhos, seja na intimidade de uma cumplicidade sussurrada ou erguendo a voz em gritos de alerta. Ouçam-nas pois, ao vê-las, que elas têm histórias para narrar e segredos para revelar. (Re)parem, escutem e olhem!
    As capas do Zeca a cantar Liberdade! O ritmo dinâmico dos signos ferroviários, carris/engrenagens das sendas da vida, neste país de pouca-terra, pouco-chão. As «Vontades» de todos nós recolhidas por Blimunda nas sete luas do suplício de sangue dos flagelados, sete sóis (e muitos mais) de esperança magoada para a tela-novela dos «Quotidianos», do Belo/Negócio, da Democracia/Natureza-Morta,  folhetins do precário pão nosso de cada dia, do patrão nosso de cada dia-a-dia nos livrai, fado vadio com nódoas de vinho e ais gemidos, borrões da paixão afogada na solidão colectiva. «A Curva da Estrada», ilustração implacável da traição aos ideais pelos parlapatões encartados, bedéis da renúncia, mestres supremos da renegação. O bestiário extravagante dos «Extravagários».
    O Zé Santa-Bárbara não é artista de plástico («que era mais barato», como dizia o O’Neill) nem mesmo quando concebeu as excelentes cadeiras para o Pavilhão Atlântico dessa Expo do mar de ilusões a granel, navegadas à bolina por um povo em rota de escape; nem um troca-tintas, que disso o livra a sua postura vertical e íntegra perante o Mundo e a capacidade para sonhá-lo diferente (que dores para o pintar de outras cores, senhores…); e pés de barro (mas consistentes, está bem?), só nas formas elegantes e depuradas da sua cerâmica.
    Como que animado por um espírito do Renascimento, há aqui uma busca versátil e conseguida, sempre prova consciente do que Bento Caraça afirmava: «A Arte coloca o Homem perante a sua própria dignidade».
    Não é?
             José Carlos Faria     
    (Catálogo da Exposição “Memórias”, 
    José Santa-Bárbara, Anos 50 » 2010)