ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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A propósito de CARNAVAL

  Depois de reler ASSALTOS DE CARNAVAL a Teresa Caldeano enviou um comentário que aqui reproduzo, já que o post foi publicado há algum tempo. JJ
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.Teresa deixou um novo comentário na sua mensagem "ASSALTOS DE CARNAVAL":

Uma história de assaltos completamente diferente do relatado.
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Relembrando os belos carnavais das Caldas - assaltos, bailes do casino- gostaria de falar sobre uma tradição do meu tempo. Como se diz "No Carnaval ninguém leva a mal" aproveitávamos esta época e passávamos mascarados por casa dos professores: Dr.Figueiredo, D.Anita, Dr.Serafim, Mme....(não me lembro do nome*) nossa professora de francês e outros. Era uma excitação e uma aventura "entrarmos"na casa dos professores. Estamos a falar de tempos em que estes viviam num mundo que não era o nosso. Raramente os encontrávamos na rua e pouco sabíamos da sua vida privada. Enfim, nada como agora, tu-cá tu-lá.
 
Lembro-me que faziam parte do grupo a Luisinha Nascimento, Fátima Vieira Lino, Luísa, a Mafalda Serrano e eu claro. Muitos outros participavam, mas já não me lembro. Quem se lembra que se acuse. Será que alguém se lembra? Estou a falar dos anos 64/65.

*Ainda vou a tempo? O nome que me faltava Mme Nicole: óptima professora e mulher inconfundível sempre a "bordo" do seu 2 cavalos.

BAILE DE FINALISTAS 1971/1972 (Alberto Reis Pereira)

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"O Baile de Finalistas e a viagem de finalistas eram os momentos altos da parte lúdica do nosso percurso no Colégio.
O Baile não era apenas um baile, era uma forma muito interessante de estimular o espírito de grupo e a partilha de responsabilidades.
A semana de organização do Casino foi ao mesmo tempo uma tarefa pesada, até um enorme cano de metal esquecido no parque foi levado para o palco para fingir que era um canhão de luz, mas também foi uma grande paródia. Numa das noites fomos ao cinema Pinheiro Chagas ver "Os Caminhos de Katmandu" completamente amputado das cenas consideradas "menos próprias" pela censura da época; é claro que os nossos Pais nos julgavam atarefadíssimos no Casino.
A propaganda foi feita a tempo e horas e de forma eficaz como o Mário relatou; fizeram-se vários grupos e os Pais levaram-nos onde se entendeu que a publicidade nos poderia valer para encher o Casino.
A sala do Casino foi minuciosamente decorada para o Baile; julgo que nesse ano fizemos a inovação de pintar os espelhos da sala, esperteza que nos saiu cara pois com o calor a tinta começou a escorrer dos espelhos e a pingar para os sofás; já não me lembro se tivemos de pagar a limpeza ou se escapámos só com o ralhete da ordem.
No dia tínhamos tudo organizado em turnos; lembro-me que me calhou o primeiro da noite à porta, das 21h às 22h, no qual não tive muito trabalho pois as pessoas só chegavam, na sua esmagadora maioria, depois das dez; mas, obviamente, muito antes das três ou quatro da matina a que agora começam as paródias; a essas horas preparava-se tudo mas para fechar o baile; outros tempos ...
A hora do serviço das ceias era fundamental para o sucesso financeiro do empreendimento; era na ceia que se ia buscar uma fatia grande da receita; e até a banda parava de tocar uma hora para aguçar o consumismo alimentar dos presentes, embora a ceia fizesse parte do pagamento da Banda; mas se pouco trabalho tive no primeiro turno de serviço, quis a sorte que me calhasse a caixa na hora da ceia; e aí tive de dar o litro e, em vez da uma hora prevista para o turno, acho que por lá fiquei quase até ao fim do baile; ainda me lembro que, por malandrice dos meus colegas, sortearam as horas do turno da ceia entre mim e o Óscar com a desculpa que éramos bons em contas; e acabámos por lá ficar os dois com a nobre tarefa de arrecadar dinheiro mas sem podermos dar um pezinho de dança. Ainda hoje tenho este "trauma" como se pode verificar por estas memórias...
Mas o Baile foi um sucesso; a casa esteve bem cheia, a Banda esteve, como sempre, ao seu melhor nível, e juntámos umas coroas para a viagem. Objectivo cumprido.
Ainda me lembro de mais uma coisa: no dia seguinte não apetecia a ninguém "desarmar a tenda", ou seja, arrumar e limpar a sala; mas muito menos voltar às semanas de estudo do costume depois da borla que tinha sido aquela semana.
Tempos giros esses; simples, sem confusões, e de amizades que perduraram no tempo.
Era fixe poder voltar atrás no tempo para ir espreitar e recordar melhor como foi que aconteceu; mas não com saudosismos, a vida avança por etapas e esta foi uma delas; passou, ficou a experiência, ficaram os amigos, e foi mais um passo em frente no nosso crescimento como Pessoas.
E é assim que tem de ser, o tempo não pára mesmo e o futuro é arquitectado em cada presente que acontece."
Um abraço para todos.
Alberto Pereira
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 Uma nota apenas: eu não tenho fotos! Nem me lembro de alguma vez ter visto alguma .

BAILE DE FINALISTAS 1971/1972 (Mário Xavier)

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Era sábado depois de almoço, verifiquei com o Xico Carrilho pela enésima vez se tínhamos tudo preparado. Não... não era todos os dias que sobre nós pesava tão grande responsabilidade. Se há situações em que se impõe uma grande concentração pois esta era... sem dúvida... uma dessas.
Não era brincadeira nenhuma organizar o grande baile de finalistas do ERO.
Nessa  época de escassas brincadeiras e muitos deveres mal seria se um banal divertimento não tivesse de ser levado muito a sério, pois nessa altura também era lema " com a brincadeira não se brinca". O Xico já tinha verificado os cartazes pelo menos 20 vezes e sempre concluiu que estava tudo bem.O Baile ia ser publicitado em toda a região.
Falámos  um com o outro nervosamente, questionando se iriamos conseguir realizar tão nobre e grandiosa tarefa e... lá nos animávamos um ao outro a fim de ganhar confiança nas nossas capacidades.
- Achas que temos coragem de colar cartazes nos cafés?
- Seremos capazes de pedir autorização para o fazer?
Estas e outras perguntas colocávamos um ao outro repetidamente muito inseguros da nossa capacidade.
Finalmente a campainha da porta tocou aparecendo a Fani ( acreditem, também ela algo nervosa) que  nos chamou para o trabalho.
Entrámos para o Mercedes Benz , propriedade do avô da Fani, conduzido por um motorista profissional que nos levou a Rio Maior, Santarém e Alcobaça onde com o maior dos cuidados colámos diversos cartazes a anunciar  o nosso BAILE DE FINALISTAS. O trabalho ficou muito bem feito e, parece-me justo concluir, com bastante estilo. 
O baile correu muito bem , com casa cheia e bons resultados de receita que se destinava à nossa viagem de Finalistas à longínqua Espanha.A viagem também foi boa e tem muitas peripécias sendo que apenas foram 5 raparigas ( outros tempos).
Aos nomes indicados acrescento o Papoila, Manuel Nunes e António João Costa.
Um Abraço
Mário João Xavier

COMENTÁRIOS:


Isabel X disse...
Boa mano... gente fina é outra coisa! Com que então distribuir cartazes de Mercedes e chauffeur!
Lembro-me bem desse baile de finalistas. Até eu que tinha na altura treze anos já fui ao baile de vestido comprido. Imagine-se!
Assim de repente, lembro-me de que também faziam parte da lista de finalistas a Anabela Castro, a Paula Fonseca e o Vasco Baptista.
Abraço,
Isabel Xavier

BAILE DE FINALISTAS 1971/1972

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Este é cartaz do Baile dos Finalistas de 1971/1972. Tanto quanto me lembro nunca vi imagens desta festa, em que estive presente, apesar de já não ser aluno do ERO. 
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Lembro-me que eram finalistas: Alberto Reis Pereira, Oscar Oliveira, Joana Ribeiro Lopes. Chico Carrilho, Paula Abreu, Ana Paula Gouveia, Eca Sanches, Mami, Ana Couto, Tó Quim, António Rodriguez, Zé Carlos Faria, Luisa Pinheiro, Anabela Clara, Fani, Mário Xavier... conhecia-os a todos, mas não recordo agora todos os nomes.
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O desafio é saber se há fotos e, havendo ou não, se há recordações...



.C O M E N T Á R I O S

  • Ai que saudades, ai, ai! Recordo-me de um passeio pela região, no carro do pai do Alberto Pereira, a distribuir estes cartazes pelos estabelecimentos comerciais, para anunciar aos quatro ventos este importante evento.

  • Pois foi, lembro-me que estava imenso frio nesse dia mas a nossa vontade de divulgar o baile superava tudo.

  • Eu estive lá!

  • Nem tinha reparado que o «alibi» para fazer uma simples bailação tinham que ser «actividades circum-escolares da Mocidade Portuguesa», a qual, já nessa altura, estava em estertor de agonia. O que vale é que se os responsáveis da «Bufa» tivessem uma informação mais detalhada destas iniciativas não haviam de ficar lá muito orgulhosos, cousa de que nos podemos orgulhar e é nosso galardão. .

  • Os XARANGA e o meu querido amigo Rui Venâncio, Baterista! Saudades....