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Frequentei o ERO de 1955 a 1961, ainda no prédio do Crespo, ao lado da garagem Caldas, embora ainda tivesse apanhado o novo edifício. No entanto a magia perdeu-se no novo ERO, só quem frequentou o velho pode dizer, acredita que não é saudosismo, pois essa não é a minha forma de estar na vida, mas a camaradagem entre rapazes e raparigas era formidável, estava tudo muito próximo e o gozo que era com os contínuos, o Madeira e a Albertina. Quando na secretaria se faziam as cópias dos pontos, havia sempre alguém que tentava enganar a Natália e deitar o rabinho do olho para ver se conseguia ver o conteúdo e, às vezes, até funcionava.
Houve professores castiços como o Dr. Manuel Perpétua que no segundo ano fazia pontos de português todos os sábados e à segunda-feira havia o ritual da entrega dos mesmos, quem tivesse positiva safava-se, quem tivesse negativa levava tantas reguadas quanta a diferença entre a positiva (10 valores) e a nota conseguida.
O Pe. António Emílio entrou para o ERO quando o mesmo passou para a Diocese de Lisboa, andaria eu talvez no meu 4º ano, no entanto, para mim o Pe. António Emílio era um querido que me achava graça pela minha rebeldia e também porque me conhecia desde miúda. Talvez não saibas, claro que não podes saber, mas ainda éramos parentes, pois ambos usamos o apelido Figueiredo. Para poderes imaginar a ligação que tinha àquele homem, foi ele que me casou e que, mais tarde, quando foi a missa do 20º aniversário natalício do meu filho que, entretanto, já tinha falecido, veio de Lisboa a Óbidos para celebrar a missa.
Tive o privilégio de ter bons colegas e professores de uma grande craveira humana e profissional. Valeu a pena ter vivido todos esses momentos. As vivências foram tantas e tão boas que, muitas vezes, parece até que se atropelam na minha memória.
Fui colega de Milena Francês, Isabel Albuquerque, Milú Jácome Alier, Maria José Almeida e Silva, Isabel Mendoça, Fernando Fontinha, José Manuel Ramalho, Higuinaldo Neves, Teresa Capristano, Artur Capristano, Jorge Calisto, António Samagaio, Luís Pereira, José Manuel Saudade e Silva e tantos outros. Ainda apanhei o Tinico Calisto, o Laborinho Lúcio e os Fidalgos Fernando e Jaime, o Lalanda, embora mais velhos.
Infelizmente não tenho podido estar nos encontros, pois não tem coincidido com o meu tempo de férias No próximo ano estarei nas Caldas, talvez um par de meses, e então podemos conversar sobre toda a vivência do ERO, aquele espírito académico de sã camaradagem.
Um abraço
Toyna
(Maria Antónia Moreira).
C O M E N T Á R I O S
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Joao Paneiro disse...
A Toyna é nesta altura chanceler no consulado de Portugal em Estugarda. O marido é o Gu (Augusto Moreira, filho de um esquecido excelente professor primário da Foz do Arelho o professor Mareira. Se foi homenageado pela Câmara Municipal, não tenho ideia).
Há uns anos eram muito mais velhos do que eu mas davam-me o privilégio se serem meus amigos, privilégio esse que ainda hoje se mantem. Até somos vizinhos e, até já não são mais velhos do que eu.
Um beijinho à Toyna e um abraço ao Gu.
Neco
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Ana Nascimento disse... .
Toyna, que bom saber de ti, não vos vejo há anos... beijinhos e um grande abraço
Ana Nascimento
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Luis disse:
O reencontro com os Antigos Alunos espalhados pelo Mundo é certamente um motivo de satisfação e encorajamento para a manutenção deste blogue.Não conheço a Antónia porque somos de gerações diferentes mas fico muito satisfeito com esta sua mensagem no blogue.Espero que possa estar presente no próximo encontro(JJ:já há data?)
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Ana Nascimento disse... .
Toyna, que bom saber de ti, não vos vejo há anos... beijinhos e um grande abraço
Ana Nascimento
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Luis disse:
O reencontro com os Antigos Alunos espalhados pelo Mundo é certamente um motivo de satisfação e encorajamento para a manutenção deste blogue.Não conheço a Antónia porque somos de gerações diferentes mas fico muito satisfeito com esta sua mensagem no blogue.Espero que possa estar presente no próximo encontro(JJ:já há data?)
2 comentários:
A Toyna é nesta altura chanceler no consulado de Portugal em Estugarda. O marido é o Gu (Augusto Moreira, filho de um esquecido excelente professor primário da Foz do Arelho o professor Mareira. Se foi homenageado pela Câmara Municipal, não tenho ideia).
Há uns anos eram muito mais velhos do que eu mas davam-me o privilégio se serem meus amigos, privilégio esse que ainda hoje se mantem. Até somos vizinhos e, até já não são mais velhos do que eu.
Um beijinho à Toyna e um abraço ao Gu.
Neco
Toyna, que bom saber de ti , não vos vejo há anos... beijinhos e um grande abraço
Ana Nascimento
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