Uma colecção de
fotografias do Algarve que me enviaram por correio electrónico veio despertar
em mim uma série de recordações, pessoais e familiares, que vou tentar ordenar
e encadear, mesmo não sabendo se alguém terá paciência para ler um texto com
memórias dispersas ao longo de sessenta anos.
Julgo que fui ao Algarve pela primeira vez em
1969, tinha então quinze anos. No final de Agosto, quando a Foz do Arelho
começava a perder os seus veraneantes e o nevoeiro a ser substituído por nuvens
a sério (e até chuva), o Dr Alfredo Jales, aconselhado por um colega
dermatologista a apanhar muito sol devido a uma afecção de pele, decidiu rumar
à Praia da Rocha, acompanhado da mulher e dos filhos.
Claro que nada disto foi tão rápido a decidir e fazer como estas linhas dão a entender. O problema dermatológico do meu pai tinha dois ou três anos e o Verão de 68 na Foz, para quem, como ele, só fazia férias no final de Agosto e início de Setembro, tinha sido particularmente decepcionante. Para os filhos que lá passavam três meses, um dia de praia a mais ou a menos era igual, os dias eram abundantes e passavam tranquilos, enquanto tostávamos ao sol, indiferentes aos ultravioletas que (só o soubemos felizmente depois) nos envenenavam. Um dia enevoado era um dia de cartas no “tábuas”, na barraca ou no Hotel do Facho e um regresso mais cedo para jogar ténis, nada de grave – mas não para quem contava os dias de férias e precisava de sol!
Uma simpática cunhada do Dr Asdrúbal Calisto, viúva, morava precisamente em Portimão. A amizade, convivência e cumplicidade dos meus pais com a família Calisto durou toda a vida e foi pois com naturalidade que se marcaram duas semanas no Algarve, precisamente em casa da D. Celeste Calé Calisto, mãe do Chico Zé e do Carlos, que os caldenses da minha geração e mais velhos conheceram bem (o Carlos esteve até no último encontro do ERO).
Não posso dizer que tenha sido com grande entusiasmo que entrei no Citroen DS
do meu pai no dia em que partimos e os motivos eram vários. Deixar as Caldas
antes de Setembro era desistir dos bailes no Casino (diários e com um conjunto
ao vivo até 15 de Setembro!), de horas inesquecíveis de uma praia que começava
a ficar acolhedoramente deserta (neste final de Verão entregue apenas a nós, aos
mais novos, e alguns adultos mais desocupados), de ténis, ping-pong e barcos no
lago ou talvez até de um fugaz amor de verão (uma dança mais lenta, um bilhete numa
mala, duas mãos que tentavam um inadvertido contacto ou mesmo um furtivo roçar
de lábios).
Lamento por vezes não ter tido mais consciência da magia ímpar desses dias, dessa
plenitude absoluta que vivíamos, desses momentos, desses instantes, de não os
ter eternizado e conservado em fotografias, diários, objectos, numa lâmpada de
Aladino, sei lá … mas isso é já uma ilusão: a inconsciência, a despreocupação e
a convicção da eternidade desses dias fazia parte dessa felicidade perfeita,
impossível de outro modo ou noutra época da vida.
Acrescia à mágoa de deixar tudo isso uma pouco tentadora viagem com organização militar da Srª D. Maria Helena Jales: malas prontas e inspeccionadas na véspera, trajecto e horário determinados com inacreditável antecedência e partida de madrugada. Não seriam talvez medidas tão descabidas como me pareciam então, já que atravessar metade do país, tanto neste caso como nas nossas habituais idas a Mondim de Basto, demorava quase um dia. Hoje percorro quaisquer desses trezentos e cinquenta quilómetros (idem para Norte ou Sul) em menos de três horas, saindo de casa às dez da manhã e almoçando no destino. Mas na época não, a estrada que seguia, estreita, sinuosa e vagarosa para Lagos, acompanhando a costa alentejana, eternizava-se. Almoçávamos algures pelo caminho, em Santiago do Cacém ou talvez Sines e chegávamos a Portimão ao final da tarde.
A casa ficava numa rua muito perto do centro, o que era natural, já que Portimão era uma cidade pequena, com um parque diminuto, uma esplanada e um cinema ao ar livre – uma novidade para mim na época, já que só no Algarve as condições climatéricas o justificavam. A dona da casa era uma senhora de inexcedível simpatia e delicadeza e tinha uma cozinheira, já idosa, que fazia uns petiscos óptimos. Eu e a minha irmã lembramo-nos sobretudo das amêijoas, verdadeiramente inesquecíveis.
Fomos a maior parte das manhãs à Praia da Rocha, excepto se a maré estivesse muito cheia, já que nessas alturas a praia quase desaparecia, com a água a bater (força de expressão…) na arriba. Só em 1972 se retiraria areia da Foz do Arade e da zona do pontão para transformar a Praia da Rocha no imenso areal que hoje conhecemos - o que se ganhou em espaço não se ganhou em beleza, há sempre um preço a pagar. À tarde, nesse primeiro ano e como era uso na época, “descansávamos” depois de almoço, aproveitando eu e a minha irmã Paula para ouvir os meus singles no seu gira-discos portátil – vários dos Beatles, New Day de Jackie Lomax (um dos primeiros singles da Apple), Bad Moon Rising dos Creedence Clearwater Revival, No Matter What dos Badfinger… ainda me lembro de todos, mas não cabem aqui. Recordo sobretudo o gira-discos a pilhas a tocar enquanto “viajava” pela casa fora.
As fotos que me enviaram e que acompanham estas palavras (e que as motivaram, com já disse) mostram precisamente o Algarve dessa época, mas é sobretudo a Praia da Rocha e o Carvoeiro que hoje me interessam. Entretanto, e depois de lhes submeter este texto, a Paulinha Jales e a Ana Paula Gouveia desencantaram umas fotos bem a propósito. Tenho pena de não ter encontrado o registo fotográfico de um almoço no restaurante da praia, em que estavam o Dr Canelas Lopes, a mulher e os meus pais. Mostro-vos noutra altura.
Regressei com os meus pais e irmã à Praia da Rocha, hospedados no Hotel Alvor, em 1970 , e no Hotel Júpiter, em 1971.
O Júpiter era fantástico, com bar, discoteca,
restaurante panorâmico e (eu sei que vocês hoje não pasmam como eu pasmei na
altura) Bowling, onde gastei mais horas e mais dinheiro do que a minha pouca
perícia merecia. A minha mãe não apreciava o calor algarvio, mas gostava dessa
vida, da ausência de obrigações caseiras, de ter apenas a preocupação com as
três toilettes diárias, sobretudo a do jantar. O meu pai sim, gostava de se
estender todo o dia ao sol. Mas acabou por ceder e, nos anos seguintes, já sem
a companhia dos filhos, os meus pais voltaram a Espinho e à Póvoa, onde a minha
mãe sofria menos com o calor e, sendo do Porto, acabava sempre por encontrar ou
fazer mais facilmente amigos que lhes animavam as férias.
A ligação entre o Alvor e a Rocha era ainda em
terra batida, o que fazia o meu pai desistir de manter o seu estimado Citroen
sempre limpo, como fazia habitualmente, usando um espanador muito comprido com
pelos muito suaves, fornecido pelo concessionário da marca; a ligação Portimão -
Rocha era já uma estrada de empedrado, ladeada por fábricas de conservas, mas com
pouco trânsito. Estacionava-se o carro em frente a qualquer praia, almoçava-se
em qualquer tasco sobre o mar sem dificuldade de arranjar mesa - mas a “lista”
tinha apenas sardinhas, carapaus alimados ou um bitoque, pouco mais - enquanto
ao nosso lado alguns ingleses bebiam intermináveis cervejas, bendizendo um país
onde se podia beber 24 horas por dia (só nessa altura soube que no Reino
Unido não era assim…)
Não vos vou enfastiar com as nossas visitas às praias, o Concurso Hípico do Hotel Penina (também nas Caldas se realizava um, lembram-se?) em que as senhoras usavam chapéus como se estivessem em Ascott (incluindo a minha mãe também, claro), os jantares nas esplanadas de Portimão e Lagos, os jogos de ténis com o Pedro Cordeiro, futuro campeão nacional da modalidade, que me chamou duas ou três vezes para jogar pares nos courts do Hotel Algarve - foi a minha estreia em Wimbledon (ou assim me pareceu); muito menos vos demorarei com as noites em que o Carlos Calisto, com infinita paciência, me mostrou uma vida nocturna em que, para mim tudo era novidade: as discotecas em que o tecto era o fundo da piscina, uma noite sem horários, os banhos de mar ao luar (impensáveis na Foz), mas sobretudo a liberdade, num local onde não conhecia ninguém mas onde de forma fácil conheci outros adolescentes, lusos e britânicos, da minha idade que bebiam e se comportavam como se tivessem mais meia-dúzia de anos do que eu ou, melhor, tivessem já vivido mais meia-dúzia de anos do que eu… Nas Caldas eu já conhecia o Ferro-Velho ou o Inferno d’Azenha, bem como alguns bares em Óbidos, mas isto era outro mundo… Nesses anos no Algarve eu gozei de uma grande tolerância da minha mãe em relação às minhas saídas, como forma de me compensar por me afastar das Caldas; mas a minha irmã não: “Ah, e quanto a saídas à noite...esquece lá isso! A Paulinha era menina e não se podia expor a riscos…” (escreveu a própria, em resposta à leitura destas linhas). Adiante.
Num dos dias em que
passeámos, fomos a uma pequena praia de pescadores, onde tomámos banho e
almoçámos ou lanchámos, não sei já bem. O Carvoeiro era exactamente como vemos
nas fotos, a zona da praia está hoje apenas ligeiramente modificada. A aldeia
cresceu muito para o interior, a densidade urbanística e populacional exterior
a este “centro histórico” nada tem a ver com a que eu conheci – experimentem
hoje lá ir de automóvel e estacionar em frente à praia, como fez o meu pai em
71 ou 72, se querem perceber o que eu digo.
Só anos depois soube que, no dia 11 de Setembro de 1954, Carlos Alves Gouveia e Isabel Pereira Mendes, ambos licenciados em Direito em Coimbra, se casaram em Oliveira do Hospital. Ela era de Aldeia das Dez e ele de Pinheiro de Coja, aldeias próximas numa Beira Interior, eventualmente não muito diferente, nos seus aspectos essenciais, da aldeia de Mondim de Basto que eu conhecia. Ela tirou o curso porque o seu pai era um homem abastado, um ex emigrante no Brasil (como o meu avô paterno), ele porque era um jovem ambicioso e determinado que, como sempre dizia, “nunca perdia uma oportunidade”. Ela vencera uma tuberculose, normalmente fatal naquela década de quarenta, contrariando os conselhos dos médicos e continuando a estudar durante o tratamento, ele vencera as condições adversas que o condenavam a uma subsistência medíocre na agricultura, inesperadamente ajudado por uma constituição física demasiado frágil para esse efeito, motivo porque o padre aconselhou os pais a matriculá-lo no Seminário - eram duas pessoas muito diferentes, mas ambos transformaram as suas fraquezas em vantagens - dois batalhadores determinados, dois vencedores.
Após inúmeras
diligências para encontrarem colocações profissionais, acabou ela por ser
nomeada Conservadora do Registo Predial de Portimão e ele Conservador do
Registo Civil e Notário de Lagoa, a cuja freguesia pertence a Praia do
Carvoeiro. A compra de alguns terrenos na zona foram negócios pouco onerosos,
porque à época aparentemente inúteis; num deles o meu sogro edificaria,
quarenta anos depois, três apartamentos e, depois, a casa onde ainda hoje
passamos férias.
Em Portimão tinha
nascido, em Janeiro de 1957, o seu segundo filho, o Luís Abel, já que a sua
filha mais velha, a Ana Paula, tinha nascido em Coimbra em 1955 e viajado para
o Sul numa pequena alcofa.
A Cláudia, a filha mais nova, nasceu já nas Caldas
em 1964, na mesma casa de saúde do Montepio onde a minha irmã nasceu e o meu
pai morreu - nesse cruzamento de pessoas e sítios de que as nossas vidas são
feitas, as coincidências que recusamos tantas vezes no cinema ou na literatura
enchem, afinal, as nossas histórias pessoais.
O que estas imagens vieram foi precisamente
ligar Portimão e o Carvoeiro ao início da vida conjugal dos meus sogros, à
infância da sua filha Ana Paula nos anos 50, às minhas viagens com os meus
pais nos anos 60 e 70 e às minhas férias com a minha mulher e a sua família
desde o início dos anos 80 até hoje (e não só no Verão, o encanto do Algarve
aparece sempre que haja um raio de sol).
A minha filha Marta percorreria nos
anos 90 os mesmos trezentos e picos quilómetros para brincar na mesma areia e no
mesmo mar em que se tinham banhado os seus avós Carlos e Isabel, Alfredo e
Helena, e os seus pais, antes de se conhecerem nas Caldas da Rainha, fazendo com que todas estas viagens lembrem uma
migração de aves marinhas.
Não têm nada que se queixar… Eu avisei logo no início que estas linhas eram apenas umas sensaboronas
memórias, congeladas em velhas fotos de família e nuns postais que alguém que delas nada sabia me enviou
por acaso, e que estes primeiros dias de sol, nesta Primavera
tardia, ajudaram a animar e reviver fugazmente.
João Jales
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Caldas da Rainha , 17 de Abril de 2013, dia em que recordo a morte prematura da minha mãe, Maria Helena Cabral Cavalheiro Jales, exactamente no mesmo dia de 1989. Mas sobre esse momento doloroso escreverei seguramente noutra ocasião:
"Põe a dor em palavras. O desgosto que não fala, aperta o coração pesado e fá-lo quebrar-se." William Shakespeare
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Caldas da Rainha , 17 de Abril de 2013, dia em que recordo a morte prematura da minha mãe, Maria Helena Cabral Cavalheiro Jales, exactamente no mesmo dia de 1989. Mas sobre esse momento doloroso escreverei seguramente noutra ocasião:
"Põe a dor em palavras. O desgosto que não fala, aperta o coração pesado e fá-lo quebrar-se." William Shakespeare
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comentários:
- Por mim não me queixo absolutamente nada! Adorei ler este texto de
memórias. Também conheci Portimão e a Praia da Rocha nos anos 60. Era
mais bonita do que agora não era João? Férias de hotel? Nem pensar! Um
Fiat 600, uma tenda para quatro pessoas e um parque de campismo. Bem
bom!
Eu, costumo dizer que não sou saudosista, mas a verdade é que gosto de contar às minhas netas já nascidas em época de abundância, como foram difíceis a minha infância e adolescência nos anos 40 / 50. Quando lhes digo que o avô até acreditava que os bebés vinham de França pendurados no bico de uma cegonha, elas acham graça e nem querem acreditar. - muito bem:-) obrigado João. o tábuas a que te referes na Foz chamava-se Mar à Vista. abr
- Li o texto com muito agrado, como sempre acontece quando leio o que escreves.
Embora fales das tuas experiências pessoais, não pude deixar de reviver a minha juventude e o Algarve daquele tempo e, claro, de sentir saudades.
A propósito de uma ida a banhos nos anos 60, acabas por deixar aqui um belíssimo registo de um pedaço da história da tua família - um feliz encontro de caminhos.Que continuem a tomar essa estrada do sul rumo a um Algarve mais estragado, mas cheio de memórias inesquecíveis.
Ana Braga - Gostei do texto mas eu tenho uma visão mais antiga de Portimão e da
Praia da Rocha, com os bailes à noite no Casino Velho e as matines na
explanada da Praia da Rocha.
Desculpa só uma pequena emenda ao texto, como a senhora é minha tia também, ela cunhada do Dr. Asdrubal Calisto.
Um Abraço amigo
João Ramos Franco - Este dia único no calendário do seu coração resgatou conta histórias de tempos distantes, tão próximos.
Mais um texto delícia das memórias do JJ que a gente mordisca entre sorrisos de nostalgia. O tempo só passa por fora. As fotos comprovam. - Não foi nada sensaborão. É um texto maduro e fabuloso! Possivelmente
correspondente à melhor visão que podes ter destes acontecimentos (à
medida que «amadurecemos» vamos vendo o passado de um modo mais
alargado, mais «de cima», por outro lado a perda de memória vai
reduzindo os detalhes). A conjugação destes efeitos deve dar um máximo
(se isto fosse passível de uma formulação quantitativa, eu (ainda) tinha
uns truques para to calcular com rigor …) que te terá impulsionado para
o presente registo.
Nas nossas vidas há encontros e desencontros que nos podem induzir a tentação de procurarmos uma explicação, uma regra, uma fórmula, para a sua ocorrência. Não foste por aí. Constataste, registaste e partilhaste. Muito obrigado.
JMiguel
- Não tenho qualquer queixa...,pelo contrário,o entusiasmo com que comecei
a ler este teu texto, foi aumentando á medida que ia percorrendo esses
teus caminhos de memórias!
Só comecei a ir de férias para o Algarve,e também para a zona de Portimão por um acaso,apenas há alguns anos,já quando uma grande parte da sua beleza natural com caminhos...muitos deles térreos, tinha sido substituida pelo betão armado.
Obrigada João por,mais uma vez,me teres proporcionado um momento de leitura tão agradável!
Um Abraço
Júlia
João,Sem favor, e uma vez mais, quero expressar-lhe o gosto - encanto, mesmo - que estes seus textos me despertam.O "segredo" está numa escrita literariamente cuidada, que flui de uma forma tão natural que acentua a sua qualidade narrativa e que obtém uma singular simbiose entre observação objectiva da realidade e um registo de quase confidencia que lhe empresta uma sedução particular. Você tem esse condão de introduzir o leitor na vivência familiar ou pessoal, convidando-o a partilhar as visões e emoções desse grupo, sem se sentir intruso, doseando na perfeição o espaço de intimidade franqueável e ocultando cuidadosamente, mas disfarçadamente, a reserva que deve ser mantida.Obrigado pelo texto.Abraço.J. Serra
.....
Estimado Amigo,
A nossa terra é muito linda e quando estamos fora (mesmo estando muito bem) é ainda mais linda! Mas é gratificante ler o que escreveste, num discurso fluido e sentido, e conseguir estar aí...
Bem-hajas... Fazes um excelente trabalho, a minha homenagem!
...................
Um abraço,
Deolinda Monteiro
.
- O encanto da leitura é crescente porque mesmo numa narrativa de férias
há uma história para contar,mas é preciso vê-la e é preciso saber
contá-la.
Gostei muito é dizer pouco mas eu não sei dizer melhor.Obrigado!
- Estas memórias são sempre muito bem escritas,o jj habituou-nos a isso.Como numa outra crónica anterior que não recordo o nome,há aqui um cruzamento de acontecimentos em diferentes locais e datas que de repente fazem sentido.Como diz uma comentadora,já aqui há m,aterial para um livro!Abraço
- Apanhei esta crónica no Facebook e vim ter a este blogue por acaso.
Lemos tantas coisas em que os autores tentam mostrar-se e exibir-se que estamos pouco habituados a crónicas em que somos levados aos sítios,apresentados às pessoas e vivemos as experiências do autor.A simplicidade é sempre o mais difícil de obter.Parabéns!!!
- O encanto da leitura é crescente porque mesmo numa narrativa de férias
há uma história para contar,mas é preciso vê-la e é preciso saber
contá-la.
- É uma excelente crónica,este conjunto de memórias do JJ.Uma leitura
cheia de souplesse e teias onde nos vamos enredando sem dar por isso e
por isso não queremos que acabe...Não tem uma relação directa com o ERO
mas é do melhor que aqui li.Parabéns!
- Parabéns. Um roteiro de memórias feito com o coração, com alma com vida. Continue.
JJ só agora li o que escreveste no blogue não achei nada longo, é pequeno até, e lê-se com muito prazer está muito bem escrito como já nos habituaste mais uma crónica para a acrescentar ao tal livro que tu devias escrever!
- Li como sempre maravilhada por descobrir que é tão fácil contar uma boa história,sem linguagem rebuscada nem complicações desnecessárias.Fácil para quem nunca tentou,claro :-)
Bjs IsabelS..
16 comentários:
Por mim não me queixo absolutamente nada! Adorei ler este texto de memórias. Também conheci Portimão e a Praia da Rocha nos anos 60. Era mais bonita do que agora não era João? Férias de hotel? Nem pensar! Um Fiat 600, uma tenda para quatro pessoas e um parque de campismo. Bem bom!
Eu, costumo dizer que não sou saudosista, mas a verdade é que gosto de contar às minhas netas já nascidas em época de abundância, como foram difíceis a minha infância e adolescência nos anos 40 / 50. Quando lhes digo que o avô até acreditava que os bebés vinham de França pendurados no bico de uma cegonha, elas acham graça e nem querem acreditar.
muito bem:-) obrigado João. o tábuas a que te referes na Foz chamava-se Mar à Vista. abr
Li o texto com muito agrado, como sempre acontece quando leio o que escreves.
Embora fales das tuas experiências pessoais, não pude deixar de reviver a minha juventude e o Algarve daquele tempo e, claro, de sentir saudades.
A propósito de uma ida a banhos nos anos 60, acabas por deixar aqui um belíssimo registo de um pedaço da história da tua família - um feliz encontro de caminhos.Que continuem a tomar essa estrada do sul rumo a um Algarve mais estragado, mas cheio de memórias inesquecíveis.
Ana Braga
Gostei do texto mas eu tenho uma visão mais antiga de Portimão e da Praia da Rocha, com os bailes à noite no Casino Velho e as matines na explanada da Praia da Rocha.
Desculpa só uma pequena emenda ao texto, como a senhora é minha tia também, ela cunhada do Dr. Asdrubal Calisto.
Um Abraço amigo
João Ramos Franco
Este dia único no calendário do seu coração resgatou conta histórias de tempos distantes, tão próximos.
Mais um texto delícia das memórias do JJ que a gente mordisca entre sorrisos de nostalgia. O tempo só passa por fora. As fotos comprovam.
Não foi nada sensaborão. É um texto maduro e fabuloso! Possivelmente correspondente à melhor visão que podes ter destes acontecimentos (à medida que «amadurecemos» vamos vendo o passado de um modo mais alargado, mais «de cima», por outro lado a perda de memória vai reduzindo os detalhes). A conjugação destes efeitos deve dar um máximo (se isto fosse passível de uma formulação quantitativa, eu (ainda) tinha uns truques para to calcular com rigor …) que te terá impulsionado para o presente registo.
Nas nossas vidas há encontros e desencontros que nos podem induzir a tentação de procurarmos uma explicação, uma regra, uma fórmula, para a sua ocorrência. Não foste por aí. Constataste, registaste e partilhaste. Muito obrigado.
JMiguel
Não tenho qualquer queixa...,pelo contrário,o entusiasmo com que comecei a ler este teu texto, foi aumentando á medida que ia percorrendo esses teus caminhos de memórias!
Só comecei a ir de férias para o Algarve,e também para a zona de Portimão por um acaso,apenas há alguns anos,já quando uma grande parte da sua beleza natural com caminhos...muitos deles térreos, tinha sido substituida pelo betão armado.
Obrigada João por,mais uma vez,me teres proporcionado um momento de leitura tão agradável!
Um Abraço
Júlia
O encanto da leitura é crescente porque mesmo numa narrativa de férias há uma história para contar,mas é preciso vê-la e é preciso saber contá-la.
Gostei muito é dizer pouco mas eu não sei dizer melhor.Obrigado!
O encanto da leitura é crescente porque mesmo numa narrativa de férias há uma história para contar,mas é preciso vê-la e é preciso saber contá-la.
Gostei muito é dizer pouco mas eu não sei dizer melhor.Obrigado!
É uma excelente crónica,este conjunto de memórias do JJ.Uma leitura cheia de souplesse e teias onde nos vamos enredando sem dar por isso e por isso não queremos que acabe...Não tem uma relação directa com o ERO mas é do melhor que aqui li.Parabéns!
Li como sempre maravilhada por descobrir que é tão fácil contar uma boa história,sem linguagem rebuscada nem complicações desnecessárias.Fácil para quem nunca tentou,claro :-)
Bjs IsabelS
Estas memórias são sempre muito bem escritas,o jj habituou-nos a isso.Como numa outra crónica anterior que não recordo o nome,há aqui um cruzamento de acontecimentos em diferentes locais e datas que de repente fazem sentido.Como diz uma comentadora,já aqui há m,aterial para um livro!Abraço
Apanhei esta crónica no Facebook e vim ter a este blogue por acaso.
Lemos tantas coisas em que os autores tentam mostrar-se e exibir-se que estamos pouco habituados a crónicas em que somos levados aos sítios,apresentados às pessoas e vivemos as experiências do autor.A simplicidade é sempre o mais difícil de obter.Parabéns!!!
Obrigada João. O texto é, como sempre, uma delícia. A tua sensibilidade e qualidade da escrita porque prazeirosas justificam que continues. Afinal, a escrita é um exercício catártico...para o escritor e o leitor. Bjs. São
Muito interessante, adorei ler
beijinho
Lina Maria
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