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Ao ler esta engraçadíssima estória (Um Anglia em Óbidos) ri-me com os meus botões, pois também connosco aconteceu um episódio semelhante.
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Já a minha irmã entrara no clube dos encartados quando, numa das nossas saídas semi-furtivas, tivemos um ligeiro acidente que apenas afectou a chapa do Honda N 360. Com receio da reacção paterna, conseguimos convencer o bate chapas lá da aldeia a consertar a viatura, de forma mais ou menos clandestina.
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Passo a explicar: a minha irmã arrumou o carro na garagem, de modo a que o nosso distraidíssimo pai não desse pela coisa – inclusivamente, de manhã entrava com ele lá dentro, conversando muito e desviando-lhe a atenção. Entretanto, o nosso generoso cúmplice ia arranjando o carro aos poucos, tendo até de fazer alguns serões para o efeito, comprometendo-nos nós a pagar o arranjo às prestações - tratava-se de um rapaz novo que nos achava uma certa piada e que, solidário, lá nos fez o jeito. E o certo é que a empreitada chegou ao fim sem que ninguém desse por nada. E o Dr. Ramos Franco alguma vez se apercebeu da falta do pára-choques? Como descalçaram a bota?
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Uma outra interrogação me ocorre. Perante todas estas aventuras ao volante, cujos protagonistas eram menores, pergunto-me o seguinte: - Onde estava a polícia?
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Uma outra interrogação me ocorre. Perante todas estas aventuras ao volante, cujos protagonistas eram menores, pergunto-me o seguinte: - Onde estava a polícia?
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No meio de todas essas viagens clandestinas, em que a adrenalina corria velozmente pelas veias, nunca houve ninguém que tivesse sido interceptado por um agente? Pelo menos das inúmeras vezes que saí com o meu irmão, ainda imberbe mas já um exímio condutor, nunca passámos por essa situação assustadora.
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Uma última palavra a propósito do automóvel: - Foi infame terem deixado de fabricar estes Hondas, sobretudo os 600. Aquilo é que eram máquinas! O que eu andei no meu e tanto que me diverti!
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Lindos meninos que nós éramos! Coisas da juventude! Porque, agora, somos todos gente honesta.
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Ana Braga
Ana Braga
C O M E N T Á R I O S
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João Ramos Franco disse...
Eu fugi a contar como o meu Pai enfrentou o assunto, mas se vos disser que ele não passou dos conselhos paternais, de uma reprimenda verbal e de um corte no horário de chegada à noite a casa, é a realidade.
Eu fugi a contar como o meu Pai enfrentou o assunto, mas se vos disser que ele não passou dos conselhos paternais, de uma reprimenda verbal e de um corte no horário de chegada à noite a casa, é a realidade.
No meu blogue conto um pouco das minhas relações paternas, se forem ler vêem que tudo se passava como aqui digo.
Quanto ao assunto da polícia, limitava-se a alertar os nossos pais e nada mais fazia…outras épocas!!!
Um abraço amigo
João Ramos Franco
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JJ disse:
A Ana é já uma das grandes aquisições do Blog para esta época! Relatos bem escritos, demonstrando muita capacidade de observação, boa memória e humor. A entrada da irmã na garagem distraindo o pai é um pormenor delicioso.
As suas estórias são também uma excelente demonstração de que as vivências do ERO que aqui vamos descrevendo são comuns a uma geração e não apenas da juventude das Caldas da Rainha.
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jorge disse...
passo aqui sempre a correr,mas passo sempre!o comentário do jj permitiu-me verificar que esta ana é também a autora da divertidissima historia do ruy que passou a rui,pelo que todos os elogios são poucos.jorge
passo aqui sempre a correr,mas passo sempre!o comentário do jj permitiu-me verificar que esta ana é também a autora da divertidissima historia do ruy que passou a rui,pelo que todos os elogios são poucos.jorge
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Julinha disse.
Realmente que bela aquisição para o nosso blog! A Ana com o seu modo de contar estes percalços engraçadissimos vai-me deliciando.....aquele jeitinho de distrair o Pai foi fabuloso! Também vamos assistindo a uma colecção (coleção pelo novo acordo ortográfico) de carros antigos,o que se torna muito interessante.
Obrigada Ana! Mais uma vez, gostei muito.
Júlia
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3 comentários:
Eu fugi a falar como o meu Pai enfrentou o assunto, mas se vos disser que ele não passou dos conselhos paternais, uma reprimenda verbal e no horário de chegada à noite a casa é a realidade. No meu blogue conto um pouco das minhas relações paternas, se forem ler vêm que tudo se passava como conto.
Quanto ao assunto da polícia, limitava-se a alertar os nossos pais e nada mais fazia… épocas!!!
Um abraço amigo
João Ramos Franco
passo aqui sempre a correr,mas passo sempre!o comentário do jj permitiu-me verificar que esta ana é também a autora da divertidissima historia do ruy que passou a rui,pelo que todos os elogios são poucos.jorge
Que bela aquisição para o nosso blog! A Ana com o seu modo de contar estes percalços engraçadissimos vai-me deliciando.....aquele jeitinho de distrair o Pai foi fabuloso! Também vamos assistindo a uma colecção (coleção pelo novo acordo ortográfico) de carros antigos,o que se torna muito interessante.
Obrigada Ana ! mais uma vez ,gostei muito.
Júlia
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