ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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C O M E N T Á R I O S
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Manuela Gama Vieira disse:
Recordaste-me agora os “rectângulos” de papel com as frases! Só me lembrava de um “dicionário” que íamos compondo, num caderno com argolas e folhas amovíveis, que íamos acrescentando à medida que o nosso vocabulário ia “aumentando”. Penso que o Dr. Luís também foi meu Professor de Português, no 5º ano. Tanto “batalhou” com os Lusíadas que, mal dizia uma palavra mais marcante, sabíamos identificar o “Canto” em que ela se encontrava!
Um excelente Professor que recordo com saudade.
Quanto à Dr.ª Cândida não me lembro se foi minha Professora, mas tenho uma ideia dessa “distância” entre o casal, apesar de, nos meus verdes anos, não perceber nada dessas “coisas”…. Mas percebia qualquer coisa que achava estranha entre eles, o semblante carregado ao entrarem na carrinha, logo de manhã, sem trocarem uma palavra ou um olhar, ela com os olhos tristes, e sentarem-se em bancos separados.
“Coisas” entre as línguas anglo-saxónica e românica…não se entenderam!
Da Madame Nicole e do estribilho “Taisez vous ou je vous mets à la porte!”….quem pode ter “oublié”!!!
Até a minha Mãe se lembra….nós contávamos em casa…!
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Luísa disse:
Muito bom JJ,como habitualmente.
E enquanto tu contas eu vou-me lembrando,a Alzheimer desvanece-se,isto é melhor que as gotas e as vitaminas para esta minha memória amnésica.A história de amor,mais uma vez, termina mal(consta que devido a uma afilhada muito mais jovem…)Tu bem podes quere culpar as Anas Kareninas mas os últimos culpados são sempre vocês!!!
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Miguel BM disse:
O texto do JJ sobre os profs que vieram do frio é excelente embora seja demasiadamente soft e delicado em relação às pessoas em questão. Por exemplo não refere a ameaça ( promessa ) que a Cândida nos fez na sua primeira aula - "quem não estudar leva um bofetadão"- nem os respectivos comentários que se ouviram no intervalo que se seguiu a cada uma das suas primeiras aulas às respectivas turmas, e que eu por uma questão de pudor não vou repetir. No entanto era uma boa professora embora em termos pedagógicos lhe faltasse alguma sensibilidade para lidar com garotos de 10,11 e 12 anos. E como já tinha referido anteriormente no blog aprendi com ela como não funcionava a democracia, o que aliás é perfeitamente descrito pelo arquibloguista JJ.

Quanto ao seu marido obrigava-nos impiedosamente todos os dias a decorar cinco frases em inglês (a conversação e a pronúncia não eram para ele importantes ) e depois os pontos eram uma espécie de tabuada. Em resumo, limitámo-nos a aprender o inglês básico ( porta-door; casa-house etc) mas conteúdos e situações mais complicadas népias. No final do ano lectivo, quando soube que se ia embora, deu o livro oficial a martelo, mas entre o sistema do ministério e o dele o diabo que escolhesse. Os anos seguintes quer em francês quer em inglês foram delirantes, mas com a Cândida não há dúvida que se aprendeu muito francês e foi pena que ela só tenha estado connosco dois anos. Em relação ao inglês foi óbvio que tive imensas dificuldades quando ingressei na faculdade e tive que estudar quase sempre em inglês. Tive pois que me auto preparar embora passasse posteriormente a dominar o inglês técnico. Mas uma vez tentei ler um romance em inglês e tive que desistir a meio pois nem o dicionário me salvou. A maioria dos termos, para já não falar nas frases, eram-me totalmente desconhecidos. Miguel B M
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Anabela disse:
Penso que o Miguel Bento Monteiro tem uma visão muito negativa destes professores,especialmente do Dr. Luis.Não me parecem justas algumas das suas palavras,concordo com o autor quando afirma que aprendeu muito com os dois.O mesmo se passou comigo,tive a Dra. Cândida a Português e o Dr Luis a Inglês no 4º e 5º Ano,obtendo boas notas nas duas disciplinas.Não tenho a mesma memória e capacidade de reconstrução do passado de alguns(JJ e o Faria sobressaem),mas não me recordo de qualquer violência ou intimidação de alunos por parte destes professores,como havia com a Dra. Cristina,por exemplo.Respondendo ao autor do blogue:vou tentar aparecer mais.Anabela
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Júlia Ribeiro disse:
João!
Não há dúvida que me dá um enorme prazer ler os teus contos !Parece que a "caneta" corre ao longo das linhas com a mesma facilidade com que nós vamos lendo.....Fantástico !!!
Lembro-me muito bem da Drª Cândida embora a não tivesse tido como professora. Acompanhou-nos na nossa viagem de finalistas em 1965 .Foi dos poucos contactos que tive com ela,mas ficou-me uma boa impressão. Quanto ao Dr.Luis,não me lembrava dele, passou-me ao lado.....ou tive uma "branca",não sei !
Sei que te quero dar os parabéns por mais este momento de recordações.
Júlia R
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Alberto Reis Pereira disse:
A Dra. Cândida era uma excelente Professora de Francês, quem queria aprender ficou com bastantes conhecimentos. Das suas atitudes "pedagógicas", confesso não me recordar.Boas Festas para todos. Alberto Pereira
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Luis António disse:
Estes foram dois grandes professores do ERO, de que tenho boas memórias.Como o JJ diz o Luis ainda teve na Inês uma substituta à altura mas a Cândida não.
"Taisez Vous ou Je Vous Mets à la Porte!!!" tinha-me esquecido mas entrou-me logo pelos tímpanos dentro...
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vitor b disse:
Acabei por não perceber em que anos é que estes dois professores deram aulas no Colégio?Para fazer a história que queremos,esse é um aspecto fundamental.
De resto o depoimento do Jales é giro de ler mas,tirando o “Taisez vous ou je vous mets à la porte!",já lemos coisas dele mais divertidas.A inspiração não é sempre igual.
O Luis era bom professor de Inglês mas não era uma pessoa simpática.E o mesmo se passava com a mulher.Aquele casamento fazia dois infelizes,não deve ter deixado saudades!
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João Ramos Franco disse:
Apenas te posso felicitar pelo modo como escreves e nos apresentas as personagens. Qunto aos professores de que falas não os conheci, como sabes nestas disciplinas fui aluno da Drª. Irene Albuquerque. J R Franco
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Ana Carvalho disse:
Olá João, como sempre tenho de te dar os parabéns pelo artigo.
O Dr Luis não foi do meu tempo mas agora percebo perfeitamente porque é que a Anabela Castro não sabia nada de Inglês, nem mesmo os tempos primitivos do verbo To Be... PP
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Charlie Brown disse:
Como sempre o JJ tem uma prosa cheio de ritmo, recordações e informações.Concordo com a Júlia quando ela refere a facilidade com que parece que foi escrito.
Fui aluno da Cândida,boa professora,embora severa,mas não do Luis.Penso que até nesse aspecto o retrato é bom,concordo com o JJ.Abraço.Carlos.
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João Gomes disse:
Este artigo fez-me lembrar o que já julgava esquecido: - as palavras terminadas em "ou" fazem o plural em "aux", com excepção de :- mou, caillou, bijou, chouchou........E foi a Dra.Cândida que me ensinou, deviamos estar no ano de 67 , e eu acabadinha de sair de quatro brilhantes classes na escola do Parque, tão superiormente leccionadas pela D. Maria de Jesus Sanches. MJoãoGomes
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Laura Morgado disse:
João,parabéns!!!!
Tens que pensar em dedicar-te à escrita, pois serás um escritor de sucesso.Consegues cativar para a leitura dos teus textos; adorei a maneira como recordas estes dois professores do ERO.
Não fui aluna de nenhum deles, no entanto, durante a minha viagem de finalistas em 1965, convivi com a Dra. Cândida.Na minha memória predominou a ideia de uma pessoa simpática.
O que eu acho mais interessante é que nunca percebi que essa professora era casada; e muito menos que o marido era o tal Dr. Luís, de quem eu não me lembro.Foi um professor que passou despercebido na minha turma, e nem sequer teve direito a uns versos!!!!
Continua a escrever as tuas recordações, pois dão para perceber que o ERO, foi diferente ao longo dos anos. Ainda quero salientar que a banda sonora-2 para Professores e Personalidades, foi muito bem escolhida. Laura
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Isabel Esse disse:
Também me lembro das 5 frases de inglês para decorar,falávamos inglês ao fim de poucos meses!E a Cândida,embora sempre de cara um pouco fechada,deixou marcas em todos os alunos,sabia muito e sabia ensinar.Quanto aos sucessores,ficámos muito melhor a Inglês,com a Inês(essa da mini-profa é gira!).Mas a Helena,já aqui falada também foi boa professora.Qual delas é que casou com o Mário da secretaria?Já disse que gosto sempre do que escreves,mas ainda mais quando há um romance qualquer!
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Miguel Bento Monteiro disse:
Ainda em relação aos pontos de inglês efectuados pelo Luís, eram feitos em apenas metade das folhas de ponto com o logotipo do ERO e que eram vendidas (quantos escudos? 1$, 2$50? alguém se lembra?) no vestiário.Ele mandava separar as duas folhas e utilizando-se apenas uma (a outra guardava-se para o ponto seguinte) começava a ditar palavras em português ( 20 ) a que os alunos tinham que colocar à frente a equivalência em british.Para mim aquilo era de caras,decorava as palavras no intervalo do almoço,pois as aulas eram sempre no horário da tarde,e depois era só debitar.Mas para outros colegas o método era hediondo e a disciplina era-lhes particularmente penosa.Recordo-me de um ponto em que determinado aluno pura e simplesmente inventou as vinte palavras (não eram em inglês!) mas, infelizmente para ele, não correspondiam ao que se pedia. Miguel B M

4 comentários:

vitor be disse...

Acabei por não perceber em que anos é que estes dois professores deram aulas no Colégio?Para fazer a história que queremos,esse é um aspecto fundamental.
De resto o depoimento do Jales é giro de ler mas,tirando o “Taisez vous ou je vous mets à la porte!",já lemos coisas dele mais divertidas.A inspiração não é sempre igual.
O Luis era bom professor de Inglês mas não era uma pessoa simpática.E o mesmo se passava com a mulher.Aquele casamento fazia dois infelizes,não deve ter deixado saudades!

Guida Sousa disse...

Como sempre o JJ tem uma prosa cheio de ritmo, recordações e informações.Concordo com a Júlia quando ela refere a facilidade com que parece que foi escrito.
Fui aluno da Cândida,boa professora,embora severa,mas não do Luis.Penso que até nesse aspecto o retrato é bom,concrdo com o JJ.
Abraço.Carlos.

Isabel Esse disse...

Também me lembro das 5 frases de inglês para decor... Também me lembro das 5 frases de inglês para decorar,falávamos inglês ao fim de poucos meses!E a Cândida,embora sempre de cara um pouco fechada,deixou marcas em todos os alunos,sabia muito e sabia ensinar.Quanto aos sucessores,ficámos muito melhor a Inglês,com a Inês(essa da mini-profa é gira!).Mas a Helena,já aqui falada também foi boa professora.Qual delas é que casou com o Mário da secretaria?
Já disse que gosto sempre do que escreves,mas ainda mais quando há um romance qualquer!

João Ramos Franco disse...

Apenas te posso felictar pelo modo como escreves e nos apresentas as personagens. Qunto aos professores de que falas não os conheci, como sabes nestas disciplinas fui aluno da Drª. Irene Albuquerque.
João Ramos Franco