ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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A PALAVRA AOS PROTAGONISTAS (O PEUGEOT DO PAI)

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António José Hipólito disse:


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Fiquei esmagado pela nostalgia que a brilhante narrativa do JJ me provocou, pois as recordações deste e de outros episódios com o mesmo e outros destinos surgiram-me em catadupa.
No entanto queria referir dois pequenos pormenores que, "se bem me lembro", estão incorrectos:

-O eng. Hipólito e familia moravam no 2º andar e não no 3º.

-A ida à Nazaré começou por ser a S. Martinho, pois a informação que tínhamos era que as ditas nórdicas estavam nos apartamentos a seguir ao cinema. Quando lá chegamos é que nos informaram que não tinha chegado ninguém, mas que parecia que as ditas estavam era na Nazaré .

Já agora posso esclarecer que os estofos do Peugeot eram da mais pura napa.Não tenho a certeza se foi nesta viagem ou noutra, pois os ocupantes pouco variavam, que o Flores perguntou se não havia um limite de velocidade de 120Km/h e eu respondi que os limites eram para encartados.
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De qualquer modo todas a recordações que nos ligam aos tempos do ERO, são a constatação das grandes alterações do modo de vida e convivência da juventude de hoje. Isto é talvez mais grave pois até pode provocar uma certa depressão pela impossibilidade de hoje se conseguir ter aquela espécie de irreverência da juventude em que, convenhamos, e para alguns de nós,foram sob muitos aspectos verdadeiros anos de ouro, que presentemente os nossos filhos não sonham sequer.
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Lembram-se ( isto é mais para os colegas de turma ) do Chá Dançante no Ginásio, da Gincana automóvel na Mata, em que os concorrentes queriam continuar pela noite dentro?

Como isto está a descambar para lamúrias de velhos acabo por aqui... isto não se aplica ao JJ, pois ainda tem muito para dar.
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A.H.
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L F Flores disse:
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Estas crónicas do João Jales têm tido o dom mágico de provocarem uma espécie de reencontro comigo próprio, fazendo-me mergulhar com surpreendente realismo no ambiente em que há quarenta anos se moldaram muitos dos traços do que será hoje a minha personalidade.
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Não sei quantos dos detalhes tão luminosamente descritos pelo JJ estarão de algum modo romanceados, sem com isso comprometerem a verdade da estória, mas sei sim que seria incapaz de recuperar como ele o rigor dos factos e, sobretudo, a capacidade de nos fazer reviver estados de espírito como os que experimentávamos durante estas aventuras que marcaram a nossa adolescência.
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Sei agora o sentido das minhas repetidas visitas à Nazaré, correspondendo afinal ao mítico chamamento das nórdicas e voluptuosas sereias que me esperavam! Infelizmente, por mais velozes que fossem aqueles clandestinos quilómetros, sempre cheguei atrasado.
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.Voltarei à estrada noutra oportunidade, porque se me estão a reavivar memórias do LB-58-09 dos meus pais que, não tendo a sorte de voar sob o comando de um desencartado profissional e competente como o nosso amigo TóZé Hipólito, se fez à estrada amiúde em furtivos passeios, quase sempre de curta distância, mas com igual amor pelo risco.
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Abraço
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LFS
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Miguel Bento Monteiro disse...

Este texto,juntamente com a história do carro da avó, veio rebuscar os confins da minha memória.
Posso agora acrescentar que as aventuras do TZHipólito com o carro do pai são abundantes.E atenção,passam-se todas até 1971, pois apenas completámos dezoito anos em 72,ou seja,o condutor só pôde tirar a carta depois de Março desse ano.
Mas o TZ sempre teve boas "manitas" para o volante.Ainda há muito pouco tempo,e perante a incredulidade do meu filho,lhe perguntava:
-O teu pai já te contou o que é eu fazia quando o vinha trazer a casa à noite de carro? Fazia sempre um pião na Diário de Notícias para dar a volta ao carro, e a rua nessa altura era muito mais estreita do que actualmente.
E como é que se repunha no depósito a gasolina consumida de tal modo que o pai Hipólito não notasse a sua falta? Quem já bebeu gasolina sabe ao que me refiro...
Para terminar,e continuando a falar de carros,lembro-me de uma ida à Foz,numa tarde gélida de Fevereiro de 71,após as aulas,com o intuito,que foi cumprido,de ir tomar banho no mar.Ninguém levou fato de banho mas as cuecas cumpriram a sua função.As toalhas foram improvisadas e por milagre nenhum de nós adoeceu, pois o vigor da juventude protegeu-nos da inconsciência da mesma.
MiguelBM

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Alberto Reis Pereira disse...

Confesso que não me recordava desta cena; mas estarei em crer que "o encontro imediato do 3º grau" entre o famoso Peugeot e o taxi que transportava o Engº Hipólito se terá devido a um qualquer telefonema feito da Nazaré para as Caldas, entre os vizinhos de tantos anos (e que ainda hoje continuam a ser, embora agora só com a minha Mãe e a D.Euritze).
Efectivamente o Tozé era, e ainda é, um ás do volante; a habilidade dele para a condução era motivo de inveja do resto da malta; andar de carro com ele ao volante, mesmo depois da carta tirada, era uma experiência geradora de adrenalina em doses apreciáveis; aquele pé direito era mesmo pesado.
Alberto RP
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JJ disse:
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Estes foram os comentários dos protagonistas da viagem que relatei em "O Peugeot do Pai".

Apesar de algumas correcções julgo que não me saí mal na minha narração dos factos e tenho que agradecer a todos que roubaram uns momentos ao seu dia para lerem e, sobretudo, comentarem o post. Claro que a amizade e simpatia se sobrepuseram certamente ao sentido crítico nessas apreciações, mas o mais importante é a prova de vitalidade do Blog que elas representam.

As fotografias não são exactamente da época, mas mostram os "aventureiros" em momentos anteriores, que cimentaram amizades e cumplicidades inalteradas quarenta anos depois.

Ah, é verdade, não mudem de canal porque os Fangio e os Michel Vaillant regressam logo a seguir ao Carnaval!

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comentários:
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vitor b disse...
Quarenta anos depois,já encartado,o Hipólito continua a NÃO SABER que o limite de velocidade na estrada era,e ainda é,de 90Km/H e não 120.Assim se explica também o comentário do Alberto!!!
Além de contar uma história de cortar a respiração,o Jales ainda conseguiu que todos os participantes dissessem de sua justiça.Parabéns.
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Isabel Esse disse...
Já não cheguei a tempo para comentar a história do Tó Zé Fitipaldi mas ainda vou a tempo de comentar os comentários!O JJ é um maravilhoso contador de histórias,como diz o LFS cheio não só de pormenores mas de espírito da época.É engraçado ver que continuam todos amigos,isto quer dizer alguma coisa,ou não?
Adorei!IS
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Laurinha disse...
Ao João Jales os meus parabéns!No meu entender ele é fantástico a contar histórias. Como elas na sua maioria são reais, isso torna-as ainda mais aliciantes.
Que pouca sorte tiveram os “meninos traquinas” ao encontrarem na Nazaré a família Reis Pereira. Como tudo acabou em bem, chorei a rir com o dito episódio.Relembrei não só o Zip Zip, programa do qual era fã, como também os grupos das férias de Verão repartidas entre S. Martinho e Nazaré. É pena que alguns desses amigos já não estejam entre nós. Note-se que o grupo de férias ia alterando em parte ou na totalidade, conforme o local.
Gostei das explicações do António Hipólito e faço justiça à sua memória.A foto publicada pelo Flores mostra que o nosso amigo JJ tinha uma carinha de bem comportado!Mas atenção,“as aparências iludem”...
Para os mais novos que venham a ler estas narrativas, é necessário acrescentar que naquela época a maioria das raparigas não tinham ordem para sair à noite, a não ser que acompanhadas pelos pais, amigos destes ou algum irmão caridoso.
Laurinha

3 comentários:

vitor be disse...

Quarenta anos depois,já encartado,o Hipólito continua a NÃO SABER que o limite de velocidade na estrada era,e ainda é,de 90Km/H e não 120.Assim se explica também o comentário do Alberto!!!
Além de contar uma história de cortar a respiração,o Jales ainda conseguiu que todos os participantes dissessem de sua justiça.Parabéns.

Isabel Esse disse...

Já não cheguei a tempo para comentar a história do Tó Zé Fitipaldi mas ainda vou a tempo de comentar os comentários!O JJ é um maravilhoso contador de histórias,como diz o LFS cheio não só de pormenores mas de espírito da época.É engraçado ver que continuam todos amigos,isto quer dizer alguma coisa,ou não?Adorei!IS

Anónimo disse...

Ao João Jales os meus parabéns!
No meu entender ele é fantástico a contar histórias. Como elas na sua maioria são reais torna-as, ainda, mais aliciantes.
Que pouca sorte tiveram os “meninos traquinas” ao encontrarem na Nazaré a família Reis Pereira. Como tudo acabou em bem, chorei a rir com o dito episódio.
Relembrei não só o Zip Zip, programa do qual era fã, como também os grupos das férias de Verão repartidas entre S. Martinho e Nazaré. É pena que alguns desses amigos já não estejam entre nós.
Note-se que o grupo de férias ia alterando em parte ou na totalidade, conforme o local.
Gostei das explicações do António Hipólito e faço justiça à sua memória.
A foto publicada pelo Flores mostra que o nosso amigo JJ tinha uma carinha de bem comportado!Mas atenção “as aparências iludem”.
Para os mais novos que venham a ler estas narrativas, é necessário acrescentar que naquela época a maioria das raparigas não tinham ordem para sair à noite, a não ser que acompanhadas pelos pais, amigos destes ou algum irmão caridoso.
Laurinha