ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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PAU DE CABELEIRA (Everybody's Talking)

por José Manuel Franco



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-Não vou !-disse eu.
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-Oh Zé,vem lá.Se tu não fores também não me deixam ir.Vais ver que vais gostar.O Casino é divertido,devem lá estar os teus amigos das Caldas,raparigas da tua idade e podes estar atrás do palco a ver os músicos e a apreciar os truques do conjunto -argumentou a minha irmã,tentando convencer-me.

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Estávamos no Verão de 1970,como de costume eu passava parte das férias grandes em casa dos meus avós,em Alcobaça.Era a grande reunião familiar que se completava com aqueles que,por razões profissionais ou outras,só ao fim de semana se juntavam –pais,tios,irmã.

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A grande novidade desse Verão era o namoro da minha irmã.O jovem “chevalier servant” era um leiriense de mil ofícios e sete instrumentos,que por essa altura oficiava como instalador de equipamentos,técnico de som e o mais que aparecesse ,junto da banda residente (o conjunto ,como então se dizia) do Casino das Caldas da Raínha: a Xaranga Beat.

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Ora,ia ter lugar um baile especial ,não me perguntem porquê que eu não me lembro(seria o Baile do 15 de Agosto?),ao qual ,obviamente, o meu futuro cunhado queria levar a Teresa e esta estava desertinha por ir.Não só para estar com o namorado,mas também para fugir ao tédio das noites alcobacenses que pouca animação tinham para oferecer a uma jovem da sua idade.

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E aqui é que surgia o grande problema para cuja resolução a minha contribuição era indispensável-nem pensar em deixar uma rapariga de boas famílias ir de Alcobaça para as Caldas da Raínha,à noite,para um baile, em companhia de rapazes,um dos quais seu namorado,ainda por cima!

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Depois de muita argumentação e algumas ameaças veladas quanto a futuras trocas de favores,lá me deixei convencer e anuí a fazer aquela triste figura com a qual os meus amigos e eu tanto gozávamos a propósito dos desgraçados que se viam obrigados a emparelhar com as irmãs em festas,bailes,convívios e outras ocasiões onde a virtude e, sobretudo, a reputação das donzelas pudesse perigar-o Pau de Cabeleira.

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E foi assim que,na noite do grande acontecimento, o Luís Maduro que ,além de guitarrista do conjunto(o que “desabonava” a sua situação ), era também amigo de infância e tinha sido colega de escola da minha irmã,para lá de ser filho de amigos e colegas dos meus pais( o que abonava a seu favor),se apresentou em nossa casa pronto para nos transportar até esse sítio desconhecido e vagamente transgressor ,onde ,dizia-se,além de se dançar,se jogava às cartas e ,imagine-se, as mulheres fumavam.

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O Casino tinha uma entrada que, para um rapaz da minha idade,causava uma forte impressão.As portas corta vento de madeira dando acesso ao corredor de pé muito alto,encimado por um tecto em vidro curvado suportado numa armação em ferro forjado( o céu de vidro), ligando ao parque, o salão de jogo de um lado,continuado pelo bar, o qual por sua vez desembocava no salão de baile.Este desenvolvia-se perpendicularmente ao corredor ,era amplo e com várias portadas dando para o Parque D.Carlos.Alinhada junto a estas portadas uma fila de cadeiras,estrategicamente colocadas, para as senhoras,as quais assim não só beneficiavam do fresco do parque mas também controlavam as movimentaçãos das respectivas filhas ,das outras raparigas e lhes permitia ter uma visão próxima de quem dançava com quem,quem bebia demais e das toilletes de damas e cavalheiros.Não havia o perigo de falta de assunto, na Zaira, no dia seguinte!

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Ultrapassado este primeiro deslumbramento com a arquitectura,o ambiente e o”beautiful people” que ainda antes do baile começar já circulava pelo Casino,fui “ajudar” a montar e afinar os equipamentos e instrumentos da banda.

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Foi assim que conheci o Carlos Velez,guitarrista exímio,cuja interpretação do “Tico-tico no fubá “ainda hoje recordo, impressionado pela destreza das suas mãos,o António Achega, viola baixo e cantor,o Carlos Alberto ,teclista discreto e eficaz,o Rui Venâncio,baterista de batida forte e disposição festeira,o Carlos Cavalheiro que cantava tudo o que fosse preciso ,desde os Deep Purple até Bossa Nova,com garbo e distinção.Além ,claro, do já citado Luís Maduro cujo desempenho na viola ritmo ,sendo discreto,não deixava de ser importante .

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Está claro que ,apesar de amigos e companheiros de muitas noites e viagens,os músicos mantinham uma relação pautada por alguma tensão e rivalidade-aquela causada sobretudo por motivos relacionados com a incerteza quanto ao futuro,a guerra colonial estava no auge,a música era uma actividade adicional para alguns e única para outros, e esta por questões de saias.

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Com este enquadramento,as piadas,anedotas e partidas eram o pão nosso de cada dia.

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Não sei se foi nesta noite ou em qualquer outra semelhante que ,para se vingar de alguma sacanice,para ganhar uma aposta ou pura e simplesmente por gozo,o meu futuro cunhado desligou a viola ao Luís Maduro deixando-o a tocar a seco toda a santa noite sem que este desse por nada.

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A música era variada permitindo assim satisfazer as várias camadas etárias que acorriam ao Casino para conviver ,dançar e, no caso do pessoal adolescente, sacudir a ossatura e encostar às garotas com quem se tinham trocado olhares langorosos.

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Houve uma música em particular que me deixou forte impressão e ainda hoje, passados quase quarenta anos,recordo com nitidez o Achega cantando,magro ,alto,bigode negro,olhar de ave de rapina adejando sobre as raparigas que dançavam ou simplesmente assistiam,as mães alvoroçadas ,os pais encostados ao bar,discutindo tudo e nada,os jogadores na sala ao lado e o mundo, todo um novo mundo que eu estava a descobrir e que passaria a frequentar assídua e prazenteirosamente ,concentrado naquela sala e naquela canção:
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“Everybody’s talkin’ at me
I don’t hear a word their sayin’
Only the echoes of my mind…”



José Manuel Franco
2009.08.18
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C O M E N T Á R I O S
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Belão disse...
Para mim é sempre com muita saudade que recordo os tempos do Casino e do Xaranga Beat.
Achei imensa piada ao post do Franco e dei comigo a pensar na sorte que eu tive por não ter o problema da Teresa. Morava em frente do casino e não precisava do meu irmão para ir ao bailarico. Também se precisasse, bem podia esperar sentada, que ele não iria, nem com um favorzito para a troca. A queda para a dança veio toda para mim!
Não sei se o Franco não estará enganado no ano, pois penso que o Xaranga chegou no Verão de 1970, mas com Rui Burguete e Porfírio. Cavalheiro, Achega e Carlos Alberto são posteriores.Contudo, recordo também com nitidez a música a quem todos ligamos o Achega e que tão bem a interpretava.
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João Ramos Franco disse...
Falar do Casino é sempre do meu agrado. Mas vou retirar o ano de que Zé Franco nos fala, pela a simples razão de que nada sei das personagens de que fala. Nesta época já vivo em Lisboa.
Para quem o enfrenta pela primeira vez, faz nos uma boa descrição do interior do Casino dando-lhe vida, descrevendo a arquitectura e o ambiente que social com que se deparou.Um retrato com a vida do nosso Casino, do qual gosto do que me dá a ver…
Um abraço amigo
João Ramos Franco
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Margarida Santos disse...
Lindo, o velho céu de vidro! Esta aproximação que lá puseram agora não tem nada a ver. Que tristeza! Se o rei cá voltasse e visse aquela "coisa" nem precisava de levar um tiro para morrer outra vez!
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Isabel Esse disse...
Será que a malta nova ainda sabe o que é um pau-de-cabeleira?Julgo que não,mas posso estar enganada.
Já no ano passado se tinha aqui falado do Casino,mas esta história está bem contada e o casino bem descrito.
Julgo que a Belão tem razão,o Xaranga em 1970 ainda tinha o Rui Burguete como vocalista e não o Cavalheiro.
Gostei muito,espero que o autor tenha mais memórias e canções para nós.IS
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João Jales disse:
Bom conto do meu amigo J M Franco, com uma evocação colorida e animada de um tempo e um local que marcou uma geração. Os paus de cabeleira não eram um papel simpático de representar mas tinham que existir para que as garotas também se divertissem… Calhou a todos!
Espero que o autor, também um melómano conhecedor, regresse a este blogue onde tem lugar reservado sempre que quiser.
E agora, posso falar um bocadinho de Everybody’s Talking?
Nilsson é um excelente compositor e músico, sendo responsável por dezenas de grandes álbuns e canções mas, ironicamente, os dois grandes êxitos que teve eram versões de outros : “Without You” (dos Badfinger) e este “Everybody’s Talking” (de Fred Neil).
Fred Neil é um dos maiores músicos de que vocês nunca ouviram falar. Compositor profissional no início da década de 60 (interpretado por Roy Orbison, Buddy Holly, Bobby Darin, Tim Hardin, Lovin’ Spoonfull, Jefferson Airplane, Nilsson, etc), venerado por David Crosby, Richie Havens e Tim Buckley, e uma influência sempre citada por Stephen Stills, David Crosby, Joni Mitchell, The Holy Modal Rounders, John Sebastian, Jerry Jeff Walker, Karen Dalton, Tim Hardin, Dino Valenti, Peter Paul And Mary… Ajudou a tornar conhecido um tal Bob Dylan, deixando-o tocar harmónica e cantar algumas das suas composições nos seus espectáculos em Greenwich Village em 1961.
Retirou-se da música em 1975 para se dedicar à preservação dos golfinhos durante o resto da sua vida. The Dolphins, uma composição sua de 1973, conheceu dezenas de versões (procurem no Youtube - se possível a de Tim Buckley ).
JJ
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Isabel X disse...
Bem interessante esta perspectiva de José Manuel Franco, vindo de Alcobaça, sobre o casino. Lembro-me muito bem destes bailes e de como as músicas eram tão bem tocadas pelos Xaranga Beat. Acorriam pessoas de outros locais, além das Caldenses e de quem passava férias nas Caldas, com destaque para S. Martinho. Quem ganhava sempre o título de miss casino, e com toda a justiça, era a Ana Vieira Lino.
Lembro-me da Isabel Marçal (de Lisboa) me contar mais tarde quanto estranhava ver nesses bailes miúdas de quinze anos de vestidos compridos... Aquilo era giro, mas uma espécie de "ilha", na qual sobreviviam práticas algo invulgares para quem vinha de fora.
Muito úteis as explicações do JJ, que contribuiram para esclarecer a importância destas músicas, praticamente geracionais.
O vidro do actual "céu de vidro" nada tem com o que nós conhecemos, de facto, penso que já nem se fabrica nada de semelhante...
- Isabel Xavier -
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Ana Carvalho
disse...
Zé (posso tratar-te assim?), sê muito benvindo ao nosso querido blogue. Adorei o texto voltei aos tempos de verão do Casino, de que tenho imensas saudades e relembrei aquela famosa banda, "Xaranga Beat", que nos divertia imenso.
Até assistiamos aos ensaios, que eram à 2ª feira, salvo erro, e nos quais colaborávamos bastante, havia quem cantasse, quem tocasse bateria...enfim uma noite bem passada; só até à meia noite, claro, porque as meninas eram bem comportadas e deitavam-se cedo!!!
Que saudades, tempos bons esses. Bjs PP
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Miguel Cruz Gomes disse...
Olá Franco
Daqui um S. Martinhense convicto, mas de uma geração mais abaixo. Os meus anos já não são do Casino das Caldas, mas sim do "Ferro Velho" e posteriormente dos 1ºs anos do "Green Hill".
No meu caso não tive irmãs, mas afianço-te que o denominado "Pau de Cabeleira" ainda existia. Era passsageiro e só durava o tempo que levava a rapariga ou a contestar os pais, ou como aconteceu em todas as gerações, a dizer ao irmão, ou irmã, que fosse dar uma curva (nada que os mesmos não estivessem desejantes).
O que eu estou a descobrir, com os meus sobrinhos, é que hoje em dia estes paus de cabeleira podem estar muito diluídos, mas que existe agora uma figura nova: Um pai (menos vezes uma mãe, mas já vai existindo) sentado no carro à porta da Discoteca (com um ar "muita chateado") por volta das 4 da manhã, para ir buscar os crianços
.Algumas destas novas personagens, as que têm sorte, têm permissão dos "meninos" para entrar e esperar lá dentro, outras nem tanto.
Um abraço amigo (de um pai que daqui a uns anitos deverá estar nestas andanças)
Miguel Cruz Gomes
P.S.: Como era dito num dos comentários, ficamos á espera de mais...
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Pedro Santos disse...
Gostei de ler a novela,embora a irmã do autor e o namorado tenham ficado esquecidos a meio,no que devia ter sido um final feliz(ou infeliz,como nos amores do João Jales!).Mas isso é um pormenor,concordo com os restantes comentadores que este é um bom retrato de um local que eu,que sou mais novo,não conheci tão bem.
Os comentários do JJ sobre música são sempre curtos e informativos,mas discordo da Isabel quando ela diz que estas músicas são apenas desta geração,muitas delas continuam a ser boas apesar da idade e esta canção que conheci num filme é um exemplo.
A minha geração aparece pouco aqui no blogue,só vi alguns mais novos quando publicaram a fotografia da D. Clarisse,mas sou um fã incondicional!P
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Isabel X disse...
Claro que o valor das músicas não está em causa! Digo "praticamente geracionais" porque marcam uma geração. Há modas nas músicas, como em tudo o resto, mas muitas delas (como é o caso) nunca esquecem. O que disse foi para reforçar a pertinência dos esclarecimentos do Jales, pois muitos de nós (eu por exemplo) não sabemos nem uma pequena parcela do que ele sabe sobre música. Mais úteis se tornam as explicações dadas por ele quando pode haver quem não conheça tão bem as músicas por pertencer a outra geração.
- Isabel Xavier -

8 comentários:

Belão disse...

Para mim é sempre com muita saudade que recordo os tempos do Casino e do Xaranga Beat.
Achei imensa piada ao post do Franco e dei comigo a pensar na sorte que eu tive por não ter o problema da Teresa. Morava em frente do casino e não precisava do meu irmão para ir ao bailarico. Também se precisasse, bem podia esperar sentada, que ele não iria, nem com um favorzito para a troca. A queda para a dança veio toda para mim!
Não sei se o Franco não estará enganado no ano, pois penso que o Xaranga chegou no Verão de 1970, mas com Rui Burguete e Porfírio. Cavalheiro, Achega e Carlos Alberto são posteriores.
Contudo, recordo também com nitidez a música a quem todos ligamos o Achega e que tão bem a interpretava.

João Ramos Franco disse...

Falar do Casino é sempre do meu agrado. Mas vou retirar o ano de que Zé Franco nos fala, pela a simples razão de que nada sei das personagens de que fala. Nesta época já vivo em Lisboa.
Para quem o enfrenta pela primeira vez, faz nos uma boa descrição do interior do Casino dando-lhe vida, descrevendo a arquitectura e o ambiente que social com que se deparou.
Um retrato com a vida do Nosso Casino, do qual gosto do que me dá a ver…
Um abraço amigo
João Ramos Franco

Isabel Esse disse...

Será que a malta nova ainda sabe o que é um pau-de-cabeleira?Julgo que não,mas posso estar enganada.
Já no ano passado se tinha aqui falado do Casino,mas esta história está bem contada e o casino bem descrito.
Julgo que a Belão tem razão,o Xaranga em 1970 ainda tinha o Rui Burguete como vocalista e não o Cavalheiro.
Gostei muito,espero que o autor tenha mais memórias e canções para nós.IS

Isabel X disse...

Bem interessante esta perspectiva de José Manuel Franco, vindo de Alcobaça, sobre o casino. Lembro-me muito bem destes bailes e de como as músicas eram tão bem tocadas pelos Xaranga Beat. Acorriam pessoas de outros locais, além das Caldenses e de quem passava férias nas Caldas, com destaque para S. Martinho. Quem ganhava sempre o título de miss casino, e com toda a justiça, era a Ana Vieira Lino.
Lembro-me da Isabel Marçal (de Lisboa) me contar mais tarde quanto estranhava ver nesses bailes miúdas de quinze anos de vestidos compridos... Aquilo era giro, mas uma espécie de "ilha", na qual sobreviviam práticas algo invulgares para quem vinha de fora.
Muito úteis as explicações do JJ, que contribuiram para esclarecer a importância destas músicas, praticamente geracionais.
O vidro do actual "céu de vidro" nada tem com o que nós conhecemos, de facto, penso que já nem se fabrica nada de semelhante...
- Isabel Xavier -

Anónimo disse...

Zé (posso tratar-te assim?), sê muito benvindo ao nosso querido blogue.
Adorei o texto voltei aos tempos de verão do Casino, de que tenho imensas saudades e relembrei aquela famosa banda, "Xaranga Beat", que nos divertia imenso.
Até assistiamos aos ensaios, que eram à 2ª feira, salvo erro, e nos quais colaborávamos bastante, havia quem cantasse, quem tocasse bateria...enfim uma noite bem passada; só até à meia noite, claro, porque as meninas eram bem comportadas e deitavam-se cedo!!!Que saudades, tempos bons esses. Bjs
PP

Miguel Cruz Gomes disse...

Olá Franco

Daqui um S. Martinhense convicto, mas de uma geração mais abaixo. Os meus anos já não são do Casino das Caldas, mas sim do "Ferro Velho" e posteriormente dos 1ºs anos do "Green Hill". No meu caso não tive irmãs, mas afianço-te que o denominado "Pau de Cabeleira" ainda existia. Era passsageiro e só durava o tempo que levava a rapariga ou a contestar os pais, ou como aconteceu em todas as gerações, a dizer ao irmão, ou irmã, que fosse dar uma curva (nada que os mesmos não estivessem desejantes). O que eu estou a descobrir, com os meus sobrinhos, é que hoje em dia estes paus de cabeleira podem estar muito diluídos, mas que existe agora uma figura nova: Um pai (menos vezes uma mãe, mas já vai existindo) sentado no carro à porta da Discoteca (com um ar "muita chateado") por volta das 4 da manhã, para ir buscar os crianços.
Algumas destas novas personagens, as que têm com sorte, têm premissão dos "meninos" para entrar e esperar lá dentro, outras nem tanto.
Um abraço amigo (de um pai que daqui a uns anitos deverá estar nestas andanças)
Miguel Cruz Gomes
P.S.: Como era dito num dos comentários, ficamos á espera de mais...

Anónimo disse...

Gostei de ler a novela,embora a irmã do autor e o namorado tenham ficado esquecidos a meio,no que devia ter sido um final feliz(ou infeliz,como nos amores do João Jales!).Mas isso é um pormenor,concordo com os restantes comentadores que este é um bom retrato de um local que eu que sou mais novo não conheci tão bem.
Os comentários do JJ sobre música são sempre curtos e informativos mas discordo da Isabel quando ela diz que estas músicas são apenas desta geração muitas delas continuam a ser boas apesar da idade e esta canção que conheci num filme é um exemplo.
A minha geração aparece pouco aqui no blogue só vi alguns mais novos quando publicaram a fotografia da D. Clarisse mas sou um fã incondicional!
P

Isabel X disse...

Claro que o valor das músicas não está em causa! Digo "praticamente geracionais" porque marcam uma geração. Há modas nas músicas, como em tudo o resto, mas muitas delas (como é o caso) nunca esquecem. O que disse foi para reforçar a pertinência dos esclarecimentos do Jales, pois muitos de nós (eu por exemplo) não sabemos nem uma pequena parcela do que ele sabe sobre música. Mais úteis se tornam as explicações dadas por ele quando pode haver quem não conheça tão bem as músicas por pertencer a outra geração.
- Isabel Xavier -