Na referida noite depois de ter ajudado a bater o recorde Foz – Caldas mal consegui pregar o olho a pensar na maneira de "descalçar esta bota"!
De manhã, logo que me foi possível sair de casa sem causar desconfianças, fui procurar o meu tio Francisco, que me aparava todas as maluqueiras, para lhe contar o sucedido e tratarmos de rebocar o automóvel para uma oficina. Não podia ser aquela perto da garagem, junto à taberna do papagaio, porque ficava muito perto de casa e o carro podia ser visto, tendo-se optado por uma outra que ficava junto à garagem Caldas.
Quando o carro lá chegou confirmou-se que era o semi-eixo partido e que a reparação levava alguns dias.
Pensava eu que a situação estava controlada, mas quando cheguei a casa a minha avó virou-se para o meu tio e disse-lhe que precisava do carro nessa tarde, para ir não me recordo aonde e tudo desabou! Mas mais uma vez o meu tio me safou dizendo que não podia ser, pois o carro precisava de ir para a revisão.
Nunca uma revisão tinha demorado tanto tempo e a minha avó ficou desconfiada que algo tinha acontecido ao carro, reforçada pelo facto de quando veio a conta a pagar comentou que nunca uma revisão tinha saído tão cara.
Depois disso e durante algum tempo, não muito, o “peugeote” ficou pacatamente na sua garagem privativa.
Um abraço
João Hespanhol
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Se bem me lembro tinhamos ficado a meio de uma correria na estrada da Foz quando lemos a primeira parte da história!Afinal o João Hespanhol tinha "as costas quentes" com o tio que o protegia,não havia que recear...Não sei se foi de propósito mas resultou bem este contar da história em duas partes com autores diferentes.
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Quase todos tivemos um tio que nos ajudava nas nossas loucuras. Eu também tive. Faz hoje 15 anos que ele partiu inesperada e precocemente, por isso li esta passagem com alguma emoção. Enternecedor.
MJSousa disse...
Gostei muito de ver a fotografia do carro original que,pela matrícula,deve ser anterior a 1950!E que praia é esta?
J J disse...
Quero agradecer ao João Hespanhol este "epílogo" ao meu post sobre o carro da sua avó.Espero que seja a primeira de mais intervenções dele neste Blog.
Respondendo às várias perguntas que me puseram (aqui e no Facebook) direi que:
- esta fotografia é mesmo do veículo em causa e é posterior à quebra do semi-eixo (deve ser de 1970).
- a matrícula indica que o Peugeot era de 1947/48.
- a praia parece a Consolação, mas só os retratados o podem confirmar.
- não houve qualquer combinação prévia, o João respondeu ao meu post quando viu que eu tinha abandonado o seu querido "peugeote" na Foz do Arelho...
- dos protagonistas, o João H e o Santiago Freitas (ou o Alexandre, há aqui uma dúvida) eram alunos da Escola, eu e o Miguel frequentávamos o ERO.
JJ
6 comentários:
Se bem me lembro tinhamos ficado a meio de uma correria na estrada da Foz quando lemos a primeira parte da história!
Afinal o João Hespanhol tinha "as costas quentes" com o tio que o protegia,não havia que recear...
Não sei se foi de propósito mas resultou bem este contar da história em duas partes com autores diferentes.
Gostei muito de ver a fotografia do carro original que,pela matrícula,deve ser anterior a 1950!E que praia é esta?Já o João Serra tinha aqui feito notar a quantidade de memórias que o seu conto fez aparecer a propósito destas escapadelas com os pópós da família,esperemos que venham mais!MJS
"All is well that end well", como escreveu Shakespeare...
Já agora posso perguntar se a fotografia é mesmo do carro de que falam e foi tirada antes ou depois do acidente?Luisa
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Julinha disse:
Perante esta estória,resta-me dizer........Pobre Avó !!!!!!
Júlia R
Quase todos tivemos um tio que nos ajudava nas nossas loucuras.
Eu também tive. Faz hoje 15 anos que ele partiu inesperada e precocemente, por isso li esta passagem com alguma emoção. Enternecedor. Haveria algum carro a salvo nessas redondezas naquela época? :-)
Dalila Garcia
Quero agradecer ao João Hespanhol este "epílogo" ao meu post sobre o carro da sua avó.Espero que seja a primeira de mais intervenções dele neste Blog.
Respondendo às várias perguntas que me puseram (aqui e no Facebook) direi que:
- esta fotografia é mesmo do veículo em causa e é posterior à quebra do semi-eixo (deve ser de 1970).
- a matrícula indica que o Peugeot era de 1947/48.
- a praia parece a Consolação, mas só os retratados o podem confirmar.
- não houve qualquer combinação prévia, o João respondeu ao meu post quando viu que eu tinha abandonado o seu querido "peugeote" na Foz do Arelho...
- dos protagonistas, o João H e o Santiago Freitas (ou o Alexandre, há aqui uma dúvida) eram alunos da Escola, eu e o Miguel frequentávamos o ERO.
JJ
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