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Tina disse:
Com este texto saudavelmente nostálgico, a Guida trouxe-me recordações de uma década que muito me marcou.
Não pertenço ao grupo da ERO e a vivência foi diversa. Mas fez-me lembrar que também não fui consultada aquando da mudança da minha família de Cabo Verde para Lisboa, que foi muito sofrida em Dezembro de 1966, para os meus 14 aninhos acabados de completar. E que trouxe de lá, na ponta da língua, as letras das canções em voga na música britânica, francesa, italiana, espanhola e também brasileira, pois a cidade de Mindelo era um porto franco e as influências vinham de todo o mundo. Fui parar ao severo Liceu Maria Amália, mas de ensino exemplar, onde as sementes da luta pela vida foram plantadas.
Agradeço de novo ao José Luís Alexandre ter-me chamado a atenção para um artigo do Artur R. Gonçalves, que me trouxe novamente ao convívio do JJ, que conheci sendo eu já aluna do 1º ano do ISE, onde entrei em 1971.
Não tenho sempre oportunidade de acompanhar todos os posts no ERO, mas uma coisa salta logo aos meus olhos: a vossa juventude foi vivida de modo muito semelhante que a minha. Afinal, eu vim de Cabo Verde julgando que era genuinamente portuguesa, já que até as minhas canções de roda em criança foram maioritariamente exportadas do continente.
Foi um prazer encontrar o grupo ERO através deste blog com manutenção do JJ. Com certeza que desculparão esta invasão de uma ET. Ou antes de uma ES.
(Ernes)Tina Santos
Com este texto saudavelmente nostálgico, a Guida trouxe-me recordações de uma década que muito me marcou.
Não pertenço ao grupo da ERO e a vivência foi diversa. Mas fez-me lembrar que também não fui consultada aquando da mudança da minha família de Cabo Verde para Lisboa, que foi muito sofrida em Dezembro de 1966, para os meus 14 aninhos acabados de completar. E que trouxe de lá, na ponta da língua, as letras das canções em voga na música britânica, francesa, italiana, espanhola e também brasileira, pois a cidade de Mindelo era um porto franco e as influências vinham de todo o mundo. Fui parar ao severo Liceu Maria Amália, mas de ensino exemplar, onde as sementes da luta pela vida foram plantadas.
Agradeço de novo ao José Luís Alexandre ter-me chamado a atenção para um artigo do Artur R. Gonçalves, que me trouxe novamente ao convívio do JJ, que conheci sendo eu já aluna do 1º ano do ISE, onde entrei em 1971.
Não tenho sempre oportunidade de acompanhar todos os posts no ERO, mas uma coisa salta logo aos meus olhos: a vossa juventude foi vivida de modo muito semelhante que a minha. Afinal, eu vim de Cabo Verde julgando que era genuinamente portuguesa, já que até as minhas canções de roda em criança foram maioritariamente exportadas do continente.
Foi um prazer encontrar o grupo ERO através deste blog com manutenção do JJ. Com certeza que desculparão esta invasão de uma ET. Ou antes de uma ES.
(Ernes)Tina Santos
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Artur R. Gonçalves disse...
Em 1960, ano do quinto centenário da morte do Infante D. Henrique, frequentava eu a 3.ª classe na antiga escola primária da praça do peixe. Pouco recordo dessas celebrações para além da cunhagem de uma moeda de prata comemorativa com a esfinge do desconhecido senhor do chapeirão, teimosamente identificado com o pretenso navegador. Para dar mais brilho à efeméride, os irmãos Quina também andaram a velejar pela baía napolitana e trouxeram consigo uma medalha de prata das olimpíadas romanas. A experiência junto a penicheiras e nazarenas foi rápida, porque regressei à escola do bairro da ponte onde ingressara no final da década anterior. Lembro-me de ver muitos meninos de pés descalços na sala de aula, geralmente sentados na fila dos burros, e de pensar com os meus botões o quão feliz eu era por me sentar na fila do meio e ter direito a umas botas no inverno e sandálias no verão. Os sapatos, claro está, eram o luxo dos feriados e dos dias de ir à missa ou à catequese. A fase seguinte foi passada na escola velha da mata e na nova da saída norte da cidade da rainha.
Em 1960, ano do quinto centenário da morte do Infante D. Henrique, frequentava eu a 3.ª classe na antiga escola primária da praça do peixe. Pouco recordo dessas celebrações para além da cunhagem de uma moeda de prata comemorativa com a esfinge do desconhecido senhor do chapeirão, teimosamente identificado com o pretenso navegador. Para dar mais brilho à efeméride, os irmãos Quina também andaram a velejar pela baía napolitana e trouxeram consigo uma medalha de prata das olimpíadas romanas. A experiência junto a penicheiras e nazarenas foi rápida, porque regressei à escola do bairro da ponte onde ingressara no final da década anterior. Lembro-me de ver muitos meninos de pés descalços na sala de aula, geralmente sentados na fila dos burros, e de pensar com os meus botões o quão feliz eu era por me sentar na fila do meio e ter direito a umas botas no inverno e sandálias no verão. Os sapatos, claro está, eram o luxo dos feriados e dos dias de ir à missa ou à catequese. A fase seguinte foi passada na escola velha da mata e na nova da saída norte da cidade da rainha.
Os contactos com os/as meninos/as do colégio foram muito escassos e fugidios. Faziam parte de um outro universo que não o meu. Via-os a entrar sair do edifício situado na rua capitão Filipe de Sousa. Morava em frente, junto ao chafariz d’el-rei. Depois mudaram-se para a zona alta do burgo. Via-os passar junto ao chafariz das cinco bicas, a calcorrearem ladeira acima a caminho de um externato todo novinho em folha. Não me recordo de alguma vez ter visto passar a Guida ou de alguma vez me ter cruzado com ela. Nem nas CdR nem em SMdP nem muito menos em Lx. Teria sido impossível deixar de fixar o rosto e a figura, tão composto à medida da Françoise Hardy, a minha ídola de então. Até aos meus quinze anos, passei férias de verão noutras paragens mais meridionais da província estremenha. Só muito ocasionalmente dei umas escapadelas às praias do oeste caldense. As esplanadas, os cafés, as dunas, as passeatas, os areais, as águas paradas da baía e agitadas da costa, todas os ambientes referidos da vila piscatória são-me familiares mas guardo-os na memória de um modo bastante mais ténue. As idas ao cinema eram cumpridas nos defuntos Salão Ibéria e Pinheiro Chagas. Os bailes de fds faziam-se noutras garagens e os gira-discos pertenciam a outras mãos que não as minhas.
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Quando a janela dos anos sessenta se estava a fechar e dos setenta a abrir, mudei-me para a capital do império. O meu processo de autodeterminação e independência pessoal começou aí. Na altura ainda se ouvia toda essa discalhada juvenil cantada em inglês e francês, mas também em italiano e espanhol. As novas que vinham do maio parisiense e a queda do senhor das botas alterou um pouco o meu universo de referências musicais que começou a fazer-se muitíssimo em português. Pensando bem no assunto, os meus anos sessenta foram vividos no início dos anos setenta. São esses que eu continuo a recordar como os anos dourados da minha adolescência. Em comparação com esta fase alfacinha da minha vida a anterior parece-me demasiado insípida para recordar de uma forma particular. Estive lá e saltei para a vida. Curiosamente, é através de uma janela virtual que tive a oportunidade de olhar para a janela real aberta de par em par para os nossos verdes anos que convencionámos encaixilhar nessa década prodigiosa em que os rapazes conquistaram a liberdade de deixar crescer o cabelos e as meninas de fazer subir as bainhas até aos limites inconcebíveis das mini-saias. Época heróica essa também, berço em grande parte destes nossos tempos do dia de hoje...
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Guida:
Deliciei-me a ler o teu post recordando passos e vivências de outrora bem como fotos desse tempo. Eras linda e o teu irmão, Eduardo, “um bom camarada” e quando caminhávamos para o rio de Salir não nos entretínhamos somente em pescar tainhas mas também, e sobretudo, a apanhar caranguejos, amêijoa e berbigão tão abundantes no rio desse tempo. No cimo das dunas apanhavam-se e comiam-se as camarinhas, descendo-as depois a rebolar, deslizar ou sentados ou deitados em cima das folhas largas das piteiras e só parávamos dentro da água do rio, ás vezes com uns valentes trambolhões rebolando, ora de pé ora estatelados na areia e mazelas conquistadas nestas aventuras mas que acabavam em sonoras gargalhadas.
Deverás também lembrar-te do “ti Farinha”, sempre vestido de branco dos pés à cabeça com o seu apito a anunciar a sua chegada e passagem, e do “Catitinha” que vendia barquilhos na praia, da Rosa das “bolas de Berlim” e bem assim das sessões de teatro dos “Robertos” e as “Construções na Areia” com entrega dos prémios no Cinema com pompa e circunstância.
A Jangada em madeira, de dois pisos, que parecia tão longe da areia mas que em certos dias de marés vivas quase se alcançava “a pé” na baixa-mar, belos mergulhos e regresso a nado. Algo que também já pertence a esse passado e não mais regressou foram os viveiros de marisco “plantados” na baía e que também serviam para nadar até eles, descansar e regressar a nado até á praia.
Mais para os rapazes, foi o divertimento da abertura do túnel com os rebentamentos feitos com pólvora e a construção do paredão ao longo da Avenida, ainda recordo “os chorões” que cresciam no local desta construção e das marés grandes que levavam a água das ondas até á passagem de nível e ao Largo do Turismo até quase ao Café do “Marrofos”, hoje Café Baía, do “Manel Careca”.
Sempre tive a vaga esperança de voltar a conversar convosco, mas reparei que colocaste duas datas quando referiste o teu irmão e senti “um baque” no peito e uma sentida desilusão por saber que isso se tornou impossível, “ele foi um bom companheiro”. Talvez não te lembres destes nomes, mas eles foram os que conviveram, brincaram, passearam e muito conversaram nesse tempo, José António Louro da Costa “vulgo Barbas d’Álho”, João Moura, Eldeberto Carreira “Beto”, Alfredo Justiça, José António G. Justiça, e outros que agora não recordo, mas estes foram os que continuaram a amizade até ao ERO e Escola Industrial e Comercial.
Muito mais há para recordar… e é bom recordar, embora por vezes doa e nos deixe melancólicos mas os anos 50s e 60s são o nosso orgulho e invocá-los sabe bem. Oh se sabe.
A.Justiça
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Deliciei-me a ler o teu post recordando passos e vivências de outrora bem como fotos desse tempo. Eras linda e o teu irmão, Eduardo, “um bom camarada” e quando caminhávamos para o rio de Salir não nos entretínhamos somente em pescar tainhas mas também, e sobretudo, a apanhar caranguejos, amêijoa e berbigão tão abundantes no rio desse tempo. No cimo das dunas apanhavam-se e comiam-se as camarinhas, descendo-as depois a rebolar, deslizar ou sentados ou deitados em cima das folhas largas das piteiras e só parávamos dentro da água do rio, ás vezes com uns valentes trambolhões rebolando, ora de pé ora estatelados na areia e mazelas conquistadas nestas aventuras mas que acabavam em sonoras gargalhadas.
Deverás também lembrar-te do “ti Farinha”, sempre vestido de branco dos pés à cabeça com o seu apito a anunciar a sua chegada e passagem, e do “Catitinha” que vendia barquilhos na praia, da Rosa das “bolas de Berlim” e bem assim das sessões de teatro dos “Robertos” e as “Construções na Areia” com entrega dos prémios no Cinema com pompa e circunstância.
A Jangada em madeira, de dois pisos, que parecia tão longe da areia mas que em certos dias de marés vivas quase se alcançava “a pé” na baixa-mar, belos mergulhos e regresso a nado. Algo que também já pertence a esse passado e não mais regressou foram os viveiros de marisco “plantados” na baía e que também serviam para nadar até eles, descansar e regressar a nado até á praia.
Mais para os rapazes, foi o divertimento da abertura do túnel com os rebentamentos feitos com pólvora e a construção do paredão ao longo da Avenida, ainda recordo “os chorões” que cresciam no local desta construção e das marés grandes que levavam a água das ondas até á passagem de nível e ao Largo do Turismo até quase ao Café do “Marrofos”, hoje Café Baía, do “Manel Careca”.
Sempre tive a vaga esperança de voltar a conversar convosco, mas reparei que colocaste duas datas quando referiste o teu irmão e senti “um baque” no peito e uma sentida desilusão por saber que isso se tornou impossível, “ele foi um bom companheiro”. Talvez não te lembres destes nomes, mas eles foram os que conviveram, brincaram, passearam e muito conversaram nesse tempo, José António Louro da Costa “vulgo Barbas d’Álho”, João Moura, Eldeberto Carreira “Beto”, Alfredo Justiça, José António G. Justiça, e outros que agora não recordo, mas estes foram os que continuaram a amizade até ao ERO e Escola Industrial e Comercial.
Muito mais há para recordar… e é bom recordar, embora por vezes doa e nos deixe melancólicos mas os anos 50s e 60s são o nosso orgulho e invocá-los sabe bem. Oh se sabe.
A.Justiça
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Victor Ângelo disse:
Muito querida Guida,
O teu post faz-nos jovens, tantas décadas passadas. Tu e eu estivémos na mesma turma, no 2º e no 3º ano. Tu, a rapariga de todos os sonhos, eu um pobre tímido de meia-tijela. Depois, voltei para Évora e perdi-te por uns anos. Voltei a encontrar-te quando já estavas em Lisboa, a acabar o Liceu. Para te perder, de novo, quando fomos para a faculdade. E voltámos ao contacto em 2000, quarenta anos depois. Eu havia dado a volta ao mundo, tu havias vivido a vida. Nessa altura falámos da hipótese de tentar reunir os antigos do nosso tempo. Por isso, é tão bom ver este blog em pleno funcionamento, ter a oportunidade de rever nomes que se haviam perdido nas nossas memórias, e, sobretudo, ler a tua crónica de um tempo que era mais simples e puro, mais genuino e inocente que os dias de agora.
O teu post faz-nos jovens, tantas décadas passadas. Tu e eu estivémos na mesma turma, no 2º e no 3º ano. Tu, a rapariga de todos os sonhos, eu um pobre tímido de meia-tijela. Depois, voltei para Évora e perdi-te por uns anos. Voltei a encontrar-te quando já estavas em Lisboa, a acabar o Liceu. Para te perder, de novo, quando fomos para a faculdade. E voltámos ao contacto em 2000, quarenta anos depois. Eu havia dado a volta ao mundo, tu havias vivido a vida. Nessa altura falámos da hipótese de tentar reunir os antigos do nosso tempo. Por isso, é tão bom ver este blog em pleno funcionamento, ter a oportunidade de rever nomes que se haviam perdido nas nossas memórias, e, sobretudo, ler a tua crónica de um tempo que era mais simples e puro, mais genuino e inocente que os dias de agora.
Muito obrigado, Guida.
Victor Angelo
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JJ disse:
Convictamente caótico, decididamente nostálgico, evidentemente sedutor, irresistivelmente soalheiro, este é o post que abre a época balnear no Blog. Começou o Verão !
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Joaquim disse...
Convictamente caótico, decididamente nostálgico, evidentemente sedutor, irresistivelmente soalheiro, este é o post que abre a época balnear no Blog. Começou o Verão !
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Joaquim disse...
Puxa ! e pensava eu que tinha boa memória.
Parabéns
Joaquim
Parabéns
Joaquim
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jorge disse...que bela prosa,que boa memória,que belas memórias!as músicas,s. martinho,a contestação universitária,embora um pouco mais novo passei por isso tudo.maravilhoso...j.
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J.L. Reboleira Alexandre disse...
Este é o tipo de post que mexe comigo. And you wear flowers in your hair....and you did it of course, Guida!
Ao ver a primeira foto ainda antes de começar a leitura do texto, de repente disse para os meus botões: O quê, a Janis Joplin, a tal que cantava ou antes gritava «Me And Bobby McGee» também andou no ERO ?
Sequência maravilhosa de memórias que se lêem «d'un seul trait»
Lindo!
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Laura Morgado
Ao ver a primeira foto ainda antes de começar a leitura do texto, de repente disse para os meus botões: O quê, a Janis Joplin, a tal que cantava ou antes gritava «Me And Bobby McGee» também andou no ERO ?
Sequência maravilhosa de memórias que se lêem «d'un seul trait»
Lindo!
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Laura Morgado
Que boa memória a da Guida!Um texto fantástico que não pode deixar nenhum aluno daquela época sem uma recordação...por muito insignificante que seja. Quer no ERO ou na Faculdade...foram bons tempos apesar de conturbados.
Guida, esqueceste-te do Padre Chico...ou nem por isso?
Beijinhos por tudo aquilo que me relembraste.
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Guida Sousa disse...
Guida, esqueceste-te do Padre Chico...ou nem por isso?
Beijinhos por tudo aquilo que me relembraste.
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Guida Sousa disse...
Este texto jorra do fundo do coração,misturando pessoas,factos,músicas,memórias pessoais de uma forma arrebatadora e,como já escreveram,cativante e sedutora.
Maravilhosas as fotografias todas com um inigualável tom da época.
Não admira pois a quantidade de pessoas que têm procurado o blogue para ler. Parabens!
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Isabel Esse disse...
Maravilhosas as fotografias todas com um inigualável tom da época.
Não admira pois a quantidade de pessoas que têm procurado o blogue para ler. Parabens!
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Isabel Esse disse...
Gostei muito deste post,do texto e das fotografias.Mas não escrevo por isso,já outros o disseram.
A Margarida(que não conheci)salienta o blogue como local de reunião e encontro de pessoas que de outra forma estariam irremediavelmnte separadas e perdidas.Só por isso,este blogue é indispensável e insubstituível,como eu e outros dissemos em Novembro!
IS
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Cristina Ramos Horta (no Facebook) :
Não conheço a Guida Carvalho da Silva, mas escreve bem e é linda.Parabéns e obrigada pelas recordações partilhados.
A Margarida(que não conheci)salienta o blogue como local de reunião e encontro de pessoas que de outra forma estariam irremediavelmnte separadas e perdidas.Só por isso,este blogue é indispensável e insubstituível,como eu e outros dissemos em Novembro!
IS
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Cristina Ramos Horta (no Facebook) :
Não conheço a Guida Carvalho da Silva, mas escreve bem e é linda.Parabéns e obrigada pelas recordações partilhados.
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Jaime Serafim disse:
Tenho andado um tanto afastado do blogue, motivado pelo acréscimo de trabalho do fim do ano lectivo e de outras actividades em que me meti. Vida de reformado não é fácil, não...
Mesmo assim, tenho acompanhado de soslaio o que se vai passando, aguardando melhor tempo para desfrutar o prazer de proceder a uma leitura mais atenta.
No entanto, ao ver uma foto da Françoise Hardy, lembrei-me de quanto eu apreciava as suas canções - um timbre límpido e doce que nos trazia letras simples, mas muito enternecedoras. Lembrei-me também que possuo um vídeo de uma canção da Françoise. Para mim, o vídeo vale pelo som - as imagens poderiam até ser dispensadas, mas não são más de todo.
Não sei se interessará aos saudosistas, se vai sobrecarregar desnecessariamente o blogue, ou mesmo se já foi inserido e eu nem dei por tal.Seja como for, partilho-o consigo.
Um abraço
Jaime Serafim
Joaquim disse:
Parabéns ao J. Jales pelo blogue do ERO, que tem lindas estórias dos anos sessenta e anos setenta, em que os principais personagens são alunos da B.Pinheiro e R.Ortigão e todos outros certamente serão bem-vindos, embora eu pense que deveriam ser apenas alunos do ERO.
O meu nome é Joaquim Chaves, sou das Caldas e acabei a escola na Bordalo no ano 59/60. O convívio que tive com alunos do Colégio foi mais nos encontros de futebol que havia entre nós e posso dizer que geralmente havia uma boa camaradagem. Na altura eram os Calistos, "o Jorge", o TóFreitas,o muito popular João Calheiros e tantos outros. É pena que esses dos anos cinquenta não apareçam, pois foi uma época brilhante e que muitos se encontraram na vida militar, na já não tão brilhante mobilização para as antigas colónias, como o J.Franco, o Figueiredo,o Ventura, o Honório e outros
Espero estar nas Caldas em 10 de Julho e até fins de Outubro, estou sempre com colegas antigos no Central das 10 ao meio dia e vou tentar aparecer por aí para receber umas lições sobre discos...Vou enviar outro email com a estória da "porta", mas se o João decidir não publicar não faz mal algum, pois eu durante muitos anos pouco ou nada escrevi e agora torna-se um pouco difícil ...
Cordialmente.
Joaquim
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Guida Carvalho da Silva respondeu :
Se o meu apontamento sobre os anos sessenta despertou assim tanta curiosidade e teve tantos visitantes, isso deve -se antes de mais nada ao administrador do blog e à «operação de marketing» desenvolvida, que foi muito bem sucedida e conseguiu efectivamente reunir um grande número de leitores. Por esse facto fiquei particularmente contente, na medida em que me permitiu partilhar este passeio ao passado com todos aqueles que tiveram vontade de o ler. É que os bons momentos não têm sabor se não forem partilhados.
Se o meu apontamento sobre os anos sessenta despertou assim tanta curiosidade e teve tantos visitantes, isso deve -se antes de mais nada ao administrador do blog e à «operação de marketing» desenvolvida, que foi muito bem sucedida e conseguiu efectivamente reunir um grande número de leitores. Por esse facto fiquei particularmente contente, na medida em que me permitiu partilhar este passeio ao passado com todos aqueles que tiveram vontade de o ler. É que os bons momentos não têm sabor se não forem partilhados.
Obrigada pelos vossos comentários.
Obrigada João Jales pelo «Antigos Alunos Ero».
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José Mário Rego disse:
Guida
Gostei imenso de ler o teu relato de um tempo que vivi,com outra idade mas com igual intensidade. Tinha no teu irmão Eduardo, um colega de ano e amigo,a quem perdi o rasto, mas nunca o desejo de saber dele.Por esse motivo,gostava se possível, de conhecer um pouco mais da sua vida,após a saída das Caldas.
Podes contactar comigo?
Abraço Amigo
JMRego
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