ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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O ERO NA DÉCADA DE SESSENTA (Manuela Carvalheiro)

É espantoso como o meu cunhado, Jaime Serafim recorda tudo em detalhe. Os professores ano a ano, os episódios cómicos e Leiria e os seus exames.

Para mim e para outros que iniciamos o colégio alguns anos mais tarde, na Rua do Jardim e depois nas novas instalações na Encosta do Sol, que fomos inaugurar, só alguns desses professores foram também nossos professores. Lembro-me da D. Dora, D. Anita, D. Rosa, Mme Irene Albuquerque, Dr. Azevedo, Dr. Jaime Umblino, Dr.ª Maria do Rosário Leal, Dr. Valente Sanches. Outros vieram, como a Dra Alda Mouga, Dr Caldas Lopes, Drª Cremilde, o então Padre Luís Moita, o Padre Renato, o Padre Xico e o Jaime Serafim nosso professor no 7º ano, entre outros.



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Os 7 anos vividos no ERO, foram anos de transição, tal como a época que se vivia a década de 60. Passámos dum Colégio laico tipo Cooperativa, para um Colégio do Patriarcado de Lisboa, que embora igualmente laico, tinha obrigatoriamente como Director um padre, iniciando essa dinastia o Padre António Emílio substituído, no Verão de 1963, pelo já muito comentado Padre Albino, destacado sabe-se lá porquê da Casa Pia.


Começaram também as excursões de finalistas. Era uma alegria. A preparação o entusiasmo, mas também a realidade chata das longas explicações históricas em cada monumento. Lembro-me muito bem da ida a Madrid, com alguns professores, entre eles a minha irmã Esperança, sob o comando do nosso Director o Padre Albino.

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Mas, também a transição se manifestou na relação professor/aluno. Refiro-me especialmente à Drª Alda e aos Padres Luís Moita (ex) e Padre Xico. Pela primeira vez a relação era diferente. Mais intima, com a Drª Alda, mais aberta e moderna na linguagem e no pensamento com o Luís Moita, mais amiga e fraterna com o Padre Xico.


Outra mudança importante foi o local dos exames. Acabou a ida a Leiria, onde fomos mais ou menos felizes (eu fui feliz) e começou Leiria a vir a Caldas da Rainha. Sim, nós deixámos de nos deslocar e deslocavam-se os Professores de Leiria ao Colégio, para nos fazer os exames. Era mais cómodo, mas as regras continuavam diferentes das regras existentes nos Liceus. Não podíamos dispensar aos exames escritos, só às orais de acordo com as notas e tínhamos de continuar a ser examinados por Professores estranhos ao nosso quotidiano. Acabou-se a Pensão Central, vigorava a casa paterna.

Com certeza de muita coisa me esqueci. A minha memória é menos factual e picaresca que a do meu cunhado. Penso que a lista dos nossos professores, já publicada pela minha contemporânea Júlia, complementa de certa forma este meu depoimento.

Espero que a Laura, colega minha e da Júlia durante 7 anos no ERO, onde fomos todas muito felizes, esteja atenta e complete alguns aspectos deste período que terminou em 1965, marcando para sempre a nossa juventude






Manuela Carvalheiro


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C O M E N T Á R I O S
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Julinha disse:
Este bichinho do blog tem-me acompanhado por terras um pouco distantes. Num dia de chuva, mas com a mente repleta de paisagens lindas, chego a casa da minha amiga São e deparo-me com um texto da Manela a pedir a minha ajuda...aí a minha mente vai até à década de 60 e os exames na "casa paterna" trazem-me à memória terríveis professores que vinham de Leiria até às Caldas. Nomeio os mais marcantes: o de Ciências, Dr. Sílvio (se bem me lembro chamávamos-lhe "o bexigoso") e a de Filosofia, uma das manas Carvalhão. Que horror! Lembro-me como se fosse hoje da minha prova prática de Ciências...pecopteris....neuropteris…não é que o senhor faz uma das suas e, se não fosse a minha memória visual da imagem do dito fóssil no livro, teria tido uma valente negativa? Tais foram as minhas dúvidas que não mais esqueci tais nomes, aliás os únicos que retenho!
Mas pergunto à Manela se, ao falar no Dr. Caldas Lopes, não quereria dizer Dr. Figueiredo Lopes? É que não me lembro do primeiro ser professor do Colégio.
Foram 7 anos óptimos, fomos companheiras de liceu sempre, até na baliza do campo de futebol da mata....reencontrámo-nos no blog...que maravilha !!!
Então, daqui da Holanda, mais precisamente de Haia, vai um grande beijinho para todos os colegas, muito especialmente para a Laura e Manela.
Júlia R

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Laurinha disse:
Olá Manuela
Que mais poderei dizer depois da tua narrativa tão completa?
Já que estamos numa de recordações, vou lembrar que nessa época de mudança, começaram também os Bailes de Finalistas no ERO. O nosso foi na FNAT (agora INATEL) na Foz do Arelho, alguém se lembra?
Foram grandes os preparativos e preciosa a ajuda das mães de alguns de nós para que a noite do baile corresse muito bem. Este tinha por fim, além do divertimento, angariar algum dinheiro para ajudar as despesas da nossa viagem a Espanha.
O baile foi correndo o melhor que se possa imaginar mas, no pico do entusiasmo, e antes das 3 da manhã (se a memória não me falha), o Padre Albino subiu ao palco onde o conjunto estava a tocar e disse: “acabou o baile”. Foi como se desabasse o mundo sobre nós. Alguém tentou reclamar, mas o Sr. Director respondeu de imediato: “uma festa deve acabar no seu auge, pois assim será sempre recordada com saudade”. Ninguém conseguiu demover o Padre Albino, e fomos todos para casa muito tristes.
Enfim…épocas!!!!!
Realizou-se uma outra festa, no Ginásio do Colégio, organizada pela nossa turma de Finalistas com a ajuda dos professores, que teve também por fim arranjar um dinheirito para ajudar a fazer face às despesas da viagem a Madrid. Já vimos aqui no blog um convite dessa festa, guardado pelo Rodrigues Lobo. Faço-lhe aqui um desafio para, com um pequeno exercício de memória, nos contar como tudo aconteceu.
Juntando os lucros das festas à generosidade dos pais lá fomos na Viagem de Finalistas de que falas e que recordo com saudade, mas ainda vou sentindo as dores no pescoço de tanto olhar para os tectos dos monumentos…. Durante as explicações históricas valia-me o Padre Xico, que se punha à minha frente para eu poder comer um bocadinho de chocolate, sem que o Director visse.
A nossa juventude foi já um pouco marcada pelo clima de mudança da década de 60, mas nós fomos felizes pela nossa convivência e amizade durante os 7 anos passados no ERO. E esta memória inclui a tua irmã Esperança que, apesar de ser um pouco mais velha, foi sempre nossa cúmplice.
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João Ramos Franco disse...
De 1960 a 1962 (época em que ainda estou no ERO) existem, quase que com certeza, fotografias com rapazes e raparigas juntos. A sua publicação agora, penso que seria oportuna e actuaria como geradora para melhor reconstruir essa época.Principalmente aquela em o Padre António Emílio foi director.
João Ramos Franco
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maria teresa disse...
Ora viva, Manela Carvalheiro!!!Não fora este blog e eu nunca mais falaria contigo...À data desta fotografias, eu já não estava no Colégio, já tinha vindo para Lisboa, mas ainda reconheço muitas das "meninas" dos grupos. Entre elas, encontro, por exemplo, as minhas irmãs mais novas.
Vê se descobres (ou tu ou outras pessoas) fotografias mais antigas. Curiosamente, vejo aqui fotografias do tempo do meu irmão ou então posteriores. Do meu tempo, nada. É, aliás, o que pede o João Ramos Franco.
Um grande abraço para ti, Manela, e talvez até ao dia 14.
Teresa V.P.
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2 comentários:

João Ramos Franco disse...

De 1960 a 1962 (época em que ainda estou no ERO) existem, quase que com certeza, fotografias com rapazes e raparigas juntos. A sua publicação agora, penso que seria oportuna e actuaria como geradora para melhor reconstruir essa época.
Principalmente aquela em o Padre António Emílio foi director.
João Ramos Franco

maria teresa disse...

Ora viva, Manela Carvalheiro!!!
Não fora este blog e eu nunca mais falaria contigo...
À data desta fotografias, eu já não estava no Colégio, já tinha vindo para Lisboa, mas ainda reconheço muitas das "meninas" dos grupos. Entre elas, encontro, por exemplo, as minhas irmãs mais novas. Vê se descobres (ou tu ou outras pessoas) fotografias mais antigas. Curiosamente, vejo aqui fotografias do tempo do meu irmão ou então posteriores. Do meu tempo, nada. É, aliás, o que pede o João Ramos Franco.
Um grande abraço para ti, Manela, e talvez até ao dia 14.
Teresa V.P.