ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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“Grandella - Sinopse para um filme” (por Vasco Trancoso)

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“Vestígios das muralhas que delimitavam, há cerca de 1 século atrás,
o Palacete Grandella na Foz do Arelho”.


THE BEATLES "The Fool On The Hill"


1940... As primeiras imagens desenrolam-se durante as escavações nas fundações do antigo palacete Grandella para adaptação a uma Colónia de Férias (a FNAT, e que mais tarde se viria a denominar INATEL). Chove torrencialmente... Subitamente é encontrado, pelos trabalhadores, nas fundações do antigo palácio, um canudo de metal com uma mensagem no interior...
Grandella, o homem que gostava de surpreender tinha deixado enterrada uma última surpresa... Seis anos após o seu falecimento... surgia um último documento que de imediato, levantou celeuma, porque se julgou indicar o local onde teria escondido algum dos seus fabulosos tesouros... O homem que viajava em 3ª classe porque – dizia: “que era filho de gente pobre" e colocava os filhos em 1ª classe "porque eram filhos de gente rica", mantendo uma personalidade rica de contrastes, previu ainda uma última palavra...
Antes de se desenrolar e decifrar o que estava escrito no documento, a objectiva foca a assinatura: FAG (Francisco de Almeida Grandella)...
... A mesma que se lê agora num quadro... estamos em 1923... Grandella tem 70 anos e está a acabar de pintar um quadro sobre a lagoa de Óbidos e a falésia do “gronho” que se estendem em frente da janela manuelina do seu palacete – que erigira entre 1898 e 1907... Reflecte longamente... O seu mundo pessoal está em vias de extinção (morreria 11 anos depois) em paralelo com o desaparecimento do outro mundo lá fora... a sociedade com que se identificava, como a conheceu, sonhou e... de certo modo moldou. Resolve interromper a pintura para escrever mais uma carta ao seu amigo e companheiro de tantos projectos e aventuras: o arquitecto Rosendo Carvalheira. Enquanto escreve a sua voz vai-nos contando que o Dr. Pulido Valente lhe diagnosticou Diabetes, que decidira escrever um livro autobiográfico e lamenta-se que vai ter que hipotecar as fábricas de Benfica porque a casa Grandella enfrenta graves problemas financeiros... Grandella apostara numa curta duração para a Grande Guerra, adiando o pagamento aos fornecedores estrangeiros, esperando que o conflito passasse depressa, de molde a vir a pagar com um câmbio favorável. Como tal não aconteceu teve que suportar juros elevadíssimos e, em 1921, surgiu o 1º balanço negativo dos seus armazéns. Era o início da queda do seu império.
Do seu refúgio predilecto na Foz do Arelho, inicia então o relato da sua própria história descrevendo a sua partida para Lisboa, em Outubro de 1865, com 12 anos... o filme “materializa” então o discurso de Grandella com as imagens da sua viagem para Lisboa, acompanhado pela prima Miquelina, e a chegada à capital onde o esperava uma chuva torrencial (que reapareceria sempre nos grandes momentos da vida de Grandella) dando início e continuidade a todo o percurso de Grandella.
... As imagens passam a descrever a criança após a chegada a Lisboa e, pouco depois, o início da sua vida comercial, e os episódios que foram pontos marcantes do seu êxito comercial... e durante os quais chovia sempre, como por exemplo em 1881 quando, em consequência dos seus preços serem os mais baixos, e de outros comerciantes o terem acusado de vender artigos de contrabando, ter colocado, de imediato, letreiros à porta anunciando: "chegaram mais fazendas de contrabando" e acabar por vender ainda muito mais para desespero dos concorrentes que tinham posto o boato a circular... Descrevem ainda o homem de múltiplas facetas, cuja vida foi uma aventura empolgante e cuja personalidade carismática foi extremamente popular; que fora um comerciante genial construindo um império da moda, quase a partir do nada, tendo sido pioneiro de técnicas de publicidade e de venda (do “mail order business”) só exploradas no final do Séc. XX, surpreendendo frequentemente com a sua imaginação e sentido de oportunidade; que desempenhou um papel significativo - integrado nos movimentos republicano e maçónico - no derrube da Monarquia (Lei da separação do Estado e Igreja executada por Afonso Costa, em 1911, na sua casa da Foz do Arelho); que ao salvaguardar os direitos, dos seus empregados, ao descanso semanal e à educação, bem como ao proporcionar boas condições de trabalho - apoiadas pela construção de uma creche, de uma escola, de um bairro operário e de uma Caixa de Socorros -, deu um exemplo de eficiência e justiça e mostrou o que a Monarquia vigente poderia ter feito e não fez; que deu uma especial atenção aos problemas da Educação, sobretudo ao analfabetismo, em Portugal construindo várias escolas – que ofereceu mais tarde ao Estado; que era simultaneamente austero, simples e hospitaleiro mas vivia por vezes no meio de certo espalhafato; que era um "gourmet" da vida que "cegava" quando as paixões (foram várias as mulheres na vida de FAG) o tocavam; que era perseverante nas suas acções filantrópicas apesar dos frequentes impulsos de fantasia, mas possuidor de uma enorme generosidade e ao mesmo tempo implacável na vingança; que procurara criar, constantemente, paraísos artificiais nos quais colocava animais que importava de outos países e que tinha sido fundador do lendário grupo gastronómico: "Os Makavenkos", onde pontuavam as grandes figuras da transição dos séculos XIX-XX, como Bordalo Pinheiro e outros...
... Regressamos à cena de 1923...
Enquanto Grandella dá os últimos retoques na pintura, vão saindo as notícias nos jornais de então sobre os acontecimentos da sua última década (Em 1927, a hipoteca de 5500 contos sobre as fábricas de Benfica; em 1928 adoece gravemente e escreve o seu curiosíssimo testamento, enquanto a Casa Grandella solicita empréstimo de 3 mil contos; em 1929 novo empréstimo, de 1200 contos, e FAG deixa indicações para o seu próprio funeral; em 1931 escreve possuído de uma enorme nostalgia o Auto do Cipreste; em 1932 a administração da Casa Grandella passa a ser exercida pelo Banco Porto Covo & e Cª; em 20 de Setembro às 20h de 1934 – morre no alto do seu monte do Facho na Foz do Arelho)...
Finalmente o filme regressa ao seu início... desvendando-se então o documento...
A mensagem afinal reflectia sobre o facto de a terem encontrado. Era sinal que tinham destruído o seu património, o seu mundo, o império que Grandella tinha construído com tanto entusiasmo e amor... No entanto recomendava aos novos donos, à Foz do Arelho e em geral, a sua divisa de sempre “Sempre por bom caminho e segue”... Desejava, ainda para a Foz do Arelho (com quem tinha uma relação de amor) um desenvolvimento turístico, que desejava harmonioso, e para o qual via a necessidade de um "plano geral" que evitasse futuros "aleijões" urbanísticos... Desejava uma nova Veneza – com palacetes por entre os quais serpenteavam brilhando as águas da lagoa de Óbidos...

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Vasco Trancoso
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Publicado em colaboração com o blogue do autor - HEAVENLY


C O M E N T Á R I O S
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João Serra disse:
Agora só resta contratar o realizador, actores, e produtor. Guionista temos, espectadores entusiastas também.
Parabéns Vasco pela investigação cuidada e generosa que tens dedicado ao Grandella, uma figura "fundadora" da Foz do Arelho e das Caldas da Rainha,
JS
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.jorge disse...
o mundo a seus pés na foz do arelho do início do século.abre-se realmente o blog a outros temas e outras épocas,uma renovação positiva.dos blogues recomendados no ero,este e o da são cx evidenciam-se,o texto sobre a viagem da vida era excelente,estas colaborações exteriores são uma mais valia.bom ano a todos!j
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António J M disse...
Muito boa esta história de Grandela.
A música é um coelho muito bem tirado da cartola,além de gostar muito da intemporal música dos Beatles,tem tudo a ver coa a personagem,
As colaborações deste senhor no nosso blogue têm sido sempre muito interessantes.Parabens.
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cx disse...
Li com muito interesse a história de Grandella que desconhecia completamente!! É sempre gratificante conhecer os locais onde uma cena de um filme ou de um livro se desenrola, mas duplamente no caso particular da Foz do Arelho,tão significativa pela sua beleza invulgar e pelas doces memórias que evoca! Muito interessante como o autor intercala as cenas e...mantem o "suspense"!
Os meus parabéns!!!São Caixinha
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Luisa disse:
Sabia da faceta altruísta de Grandella em relação à abertura de escolas mas não sabia que era tão grande a sua ligação à Foz do Arelho.Gostei muito de ler... e aprender!
Vai de vento em popa um blog que se falava que ia fechar... Estou a brincar!Bom Natal para todos.L
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Manuela Gama Vieira disse...
Abrir a porta do Blog a colaboradores para além dos ex-ERO,parece-me muito interessante.
Li com interesse o texto sobre o Republicano Grandella,cujo percurso de vida não me sendo totalmente desconhecido,reflecte a postura de alguém que conquistou vida com o seu espírito inteligente e empreendedor,revelando igualmente certos tiques-"O homem que viajava em 3ª classe porque – dizia: “que era filho de gente pobre" e colocava os filhos em 1ª classe porque "eram filhos de gente rica"-de uma classe endinheirada que emergiu na época.
Um pormenor muito engraçado,premonitório,a chuva torrencial que sempre o "abençoou"...nos momentos mais altos da sua vida.
"The dreamer on the hill",sem ofensa para os Beatles...um tema muito bem escolhido.
Manuela Gama Vieira
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João Ramos Franco disse...
Obrigado, Vasco Trancoso, e parabéns (muito bem arrancado).
“Grandella - Sinopse para um filme”, vejo-o de dois modos, do primeiro já o João Serra falou e estou plenamente de acordo com as suas palavras. O segundo, está em ter escolhido um personagem, de entre os muitos que viveram ou nasceram em Caldas da Rainha, e que devem ser recordados…
Um abraço do amigo
João Ramos Franco
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Artur Henrique Ribeiro Gonçalves disse:
O romance está esboçado, a sinopse do filme delineada. A intriga, a emoção e «suspense» presentes. Agora só falta convidar um realizador à altura para o concluir o projecto e pôr a película num cinema perto de casa.
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J.L. Reboleira Alexandre disse...
Vasco Trancoso traz-nos uma história de muito agradável leitura, sobre alguém de quem ouviamos falar, mas pouco mais que isso! A parte final é triste: hipoteca sobre hipoteca, e no fim o Banco tal, é que fica com os activos. Ontem como hoje, um dos maiores problemas dos grandes criadores de emprego, é o da sucessão dos fundadores das empresas.
Abraço
12/14/2009
Laurinda Ferreira disse...
Fiquei presa às palavras e à sua capacidade e induzir imagens. Grande história! Espero que não se fique só pelo guião. Tem tudo para ser um êxito. Maravilhosa personagem, que será, certamente, inesquecível para o actor que tiver o privilégio de a protagonizar. Avance como projecto. Talvez encontre um “Grandella” para o financiar. E seria também um grande contributo para o desenvolvimento da Foz do Arelho, se os homens de visão da região forem capazes de o apoiar e acarinhar.
Parabéns!
Laurinda
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Rosário Pimentel disse...
"Sempre por bom caminho e segue", também se aplica neste blog,agora com o excelente texto sobre um grande"Lover"da Foz do Arelho.
M.Rosário Pimentel
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vitor b disse...
Ainda ninguém aqui referiu mas Vasco Trancoso tem um excelente livro sobre a figura de Francisco Almeida Grandella que os caldenses actuais tão mal conhecem.É pois urgente divulgar o Homem e a Obra e é certamente um prazer para todos nós que isso se faça também aqui no blogue.
Não pude na altura pronunciar-me mas é evidente que o blogue deve continuar,esta é uma prova disso mesmo.
Vitor
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Fátima C disse...
Tanto quanto julgo saber, um considerável espólio de materiais referentes a Francisco de Almeida Grandela deu lugar em curto espaço de tempo à “feitura” de um livro, contendo a história das relações estreitas entre Grandella e a Foz do Arelho, pela 1ª vez editado em 1994, que viria a redundar numa 2ª edição em Março de 2009.
Na sequência deste post, agora partilhado entre dois blogues, ocorreu-me perguntar a VT, em jeito de “pequena entrevista” :
- O que o motivou a escrever um livro sobre a vida de Francisco Almeida Grandella ( recentemente reeditado - 14 anos após a 1ª edição)?
Eis a resposta:
“Seduziu-me o entusiasmo transbordante que tinha pela Foz do Arelho/Caldas da Rainha, a Filantropia/Solidariedade - como hábito, e a personalidade multifacetada tipo “Citizen Kane” português…”
Sucinta e objectiva a resposta, contudo, revelando grandiosidade na sua essência.
De facto JJ, aqui temos um exemplo de um dos talentos que referi a propósito de “E agora?”, a que se juntam uma série de outros exemplos contidos nos comentários já produzidos neste post.Claro que a dúvida inicial se dissipou…e a certeza de que muitos posts se sucederão e suscitarão o interesse e a Solidariedade de Todos, é uma realidade!
Muitos Parabéns!!!
BjsFátima Clérigo
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Submarino Amarelo disse...
Foi aqui pouco comentado "Fool On the Hill" cuja letra, como todas as dos Beatles, tem sido alvo de inúmeras tentativas de interpretação. As mais comuns identificam o “Fool” com Jesus, Hitler, Galileo Galilei, Karl Marx, Ghandi, Maharishi Mahesh Yogi... Porque não Grandella?
No seu livro “Yesterday”, Alistair Taylor relata um passeio com Paul McCartney em Primrose Hill num dia muito ventoso em que encontraram um senhor muito bem vestido no cimo de uma colina. Trocaram breves palavras que, segundo Alistair, revelaram ser um indivíduo culto e de contacto agradável que, perante a magnífica vista de Londres, elogiou a obra de Deus. A cadela de Paul, Martha, pareceu assustar-se com a presença do estranho e começou a correr. Nos breves instantes em que a chamaram e convenceram a voltar, o homem desapareceu. Um facto inexplicável, já que era um enorme descampado, o que impressionou profundamente os dois e levou Paul a compôr o tema.
No filme Magical Mistery Tour, onde a canção aparece pela primeira vez, o Fool On The Hill é Paul, que contempla Nice.
O tema "Solsbury Hill", de Peter Gabriel, tem sido geralmente encarado como sendo uma reinterpretação pessoal desta canção, mas o sempre lacónico compositor/intérprete nunca o negou nem confirmou.
Não há obras-primas sem um toque de mistério e controvérsia….
..
J C Abegão disse:
Só uma palavra para comentar tudo o que li sobre Grandela e a Foz do Arelho - " EXCELENTE"
Não faço mais comentários, para não estragar.
José Abegão
..
Júlia R disse:
Como teria eu conhecimento da história de Grandella e também da sua ligação à Foz do Arelho?! Valeu a pena continuar o nosso Blogue....
Obrigado Vasco,gostei imenso.
Um abraço
Júlia R

16 comentários:

jorge disse...

o mundo a seus pés na foz do arelho do início do século.abre-se realmente o blog a outros temas e outras épocas,uma renovação positiva.dos blogues recomendados no ero,este e o da são cx evidenciam-se,o texto sobre a viagem da vida era excelente,estas colaborações exteriores são uma mais valia.bom ano a todos!j

António J M disse...

Muito boa esta história de Grandela.A música é um coelho muito bem tirado da cartola,além de gostar muito da intemporal música dos Beatles,tem tudo a ver coa a personagem,
As colaborações deste senhor no nosso têm sido sempre muito interessantes.Parabens.

Maria Gotte disse...

Li com muito interesse a história de Grandella que desconhecia completamente!! É sempre gratificante conhecer os locais onde uma cena de um filme ou de um livro se desenrola, mas duplamente no caso particular da Foz do Arelho,tão significativa pela sua beleza invulgar e pelas doces memórias que evoca! Muito interessante como o autor intercala as cenas e...mantem o "suspence"! Os meus parabéns!!!
São Caixinha

Anónimo disse...

Sabia da faceta altruista de Grandella em relação à abertura de escolas mas não sabia que era tão grande a sua ligação á Foz do Arelho.Gostei muito de ler...e aprender!
Vai de vento em popa um blog de que se falava que ia fechar...Estou a brincar!Bom Natal para todos.L

Manuela Gama Vieira disse...

Abrir a porta do Blog a colaboradores para além dos ex-ERO,parece-me muito interessante.
Li com interesse o texto sobre o Republicano Grandella,cujo percurso de vida não me sendo totalmente desconhecido,reflecte a postura de alguém que conquistou vida com o seu espírito inteligente e empreendedor,revelando igualmente certos tiques-"O homem que viajava em 3ª classe porque – dizia: “que era filho de gente pobre" e colocava os filhos em 1ª classe porque "eram filhos de gente rica"-de uma classe endinheirada que emergiu na época.
Um pormenor muito engraçado,premonitório,a chuva torrencial que sempre o "abençoou"...nos momentos mais altos da sua vida.
"The dreamer on the hill",sem ofensa para os Beatles...um tema muito bem escolhido.
Manuela Gama Vieira

João Ramos Franco disse...

Obrigada, Vasco Trancoso e parabéns (muito bem arrancado). “Grandella - Sinopse para um filme”, vejo-o de dois modos, do primeiro já o João Serra falou e estou plenamente de acordo com as suas palavras. O segundo, está em ter escolhido um personagem, de entre os muitos que viveram ou nasceram em Caldas da Rainha, e que devem ser recordados…
Um abraço do amigo
João Ramos Franco

J.L. Reboleira Alexandre disse...

Vasco Trancoso traz-nos uma história de muito agradável leitura, sobre alguém de quem ouviamos falar, mas pouco mais que isso! A parte final é triste: hipoteca sobre hipoteca, e no fim o Banco tal, é que fica com os activos.

Ontem como hoje, um dos maiores problemas dos grandes criadores de emprego, é o da sucessão dos fundadores das empresas.

Abraço

Anónimo disse...

Fiquei presa às palavras e à sua capacidade e induzir imagens. Grande história! Espero que não se fique só pelo guião. Tem tudo para ser um êxito. Maravilhosa personagem, que será, certamente, inesquecível para o actor que tiver o privilégio de a protagonizar. Avance como projecto. Talvez encontre um “Grandella” para o financiar. E seria também um grande contributo para o desenvolvimento da Foz do Arelho, se os homens de visão da região forem capazes de o apoiar e acarinhar.
Parabéns!
Laurinda

Anónimo disse...

Agora só resta contratar o realizador, actores, e produtor. Guionista temos, espectadores entusiastas também.
Parabéns Vasco pela investigação cuidada e generosa que tens dedicado ao Grandella, uma figura "fundadora" da Foz do Arelho e das Caldas da Rainha,
João Serra

Anónimo disse...

O romance está esboçado, a sinopse do filme delineada. A intriga, a emoção e «suspense» presentes. Agora só falta convidar um realizador à altura para o concluir o projecto e pôr a película num cinema perto de casa.

Artur Henrique Ribeiro Gonçalves (no Facebook)

Anónimo disse...

"Sempre por bom caminho e segue", também se aplica neste blog,agora com o excelente texto sobre um grande"Lover"da Foz do Arelho. M.Rosário Pimentel

Anónimo disse...

Tanto quanto julgo saber, um considerável espólio de materiais referentes a Francisco de Almeida Grandela deu lugar em curto espaço de tempo à “feitura” de um livro, contendo a história das relações estreitas entre Grandella e a Foz do Arelho, pela 1ª vez editado em 1994, que viria a redundar numa 2ª edição em Março de 2009.
Na sequência deste post, agora partilhado entre dois blogues, ocorreu-me perguntar a VT, em jeito de “pequena entrevista” :
- O que o motivou a escrever um livro sobre a vida de Francisco Almeida Grandella ( recentemente reeditado - 14 anos após a 1ª edição)?

Eis a resposta:
“ Seduziu-me o entusiasmo transbordante que tinha pela Foz do Arelho/Caldas da Rainha, a Filantropia/Solidariedade - como hábito, e a personalidade multifacetada tipo “Citizen Kane” português…”

Sucinta e objectiva a resposta, contudo, revelando grandiosidade na sua essência…
De facto JJ, aqui temos um exemplo de um dos talentos que referi a propósito de “E agora?”, a que se juntam uma série de outros exemplos contidos nos comentários já produzidos neste post.
Claro que a dúvida inicial se dissipou…e a certeza de que muitos posts se sucederão e suscitarão o interesse e a Solidariedade de Todos, é uma realidade!

Muitos Parabéns!!!
Bjs
Fátima Clérigo

vitor be disse...

Ainda ninguém aqui referiu mas Vasco trancoso tem um excelente livro sobre a figura de Francisco Almeida Grandella que os caldenses actuais tão mal conhecem.É pois urgente divulgar o Homem e a Obra e é certamente um prazer para todos nós que isso se faça também aqui no blogue.
Não pude na altura pronunciar-me mas é evidente que o blogue deve continuar,esta é uma prova disso mesmo.Vitor

J J disse...

Foi aqui pouco comentado Fool On the Hill que, como todas as composições dos Beatles, tem sido alvo de inúmeras tentativas de interpretação. As mais comuns identificam o “Fool” com Jesus, Hitler, Galileo Galilei, Karl Marx , Ghandi ou Maharishi Mahesh Yogi. Porque não Grandella?

No seu livro “Yesterday”, Alistair Taylor relata um passeio com Paul McCartney em Primrose Hill num dia muito ventoso em que encontraram um senhor muito bem vestido no cimo de uma colina. Trocaram breves palavras que, segundo Alistair, revelaram ser um indivíduo culto e de contacto agradável que, perante a magnífica vista de Londres, elogiou a obra de Deus. A cadela de Paul, Martha, pareceu assustar-se com a presença do estranho e começou a correr. Nos breves instantes em que a chamaram e convenceram a voltar, o homem desapareceu. Um facto inexplicável, já que era um enorme descampado, o que impressionou profundamente os dois e levou Paul a compôr o tema.

No filme Magical Mistery Tour, onde a canção aparece pela primeira vez, o Fool On The Hill é Paul, que contempla Nice.

O tema "Solsbury Hill", de Peter Gabriel, tem sido geralmente encarado como sendo uma reinterpretação pessoal desta canção, mas o sempre lacónico compositor/intérprete nunca o negou nem confirmou.

Não há obras-primas sem um toque de mistério e controvérsia….

Anónimo disse...

Só uma palavra para comentar tudo o que li sobre Grandela e a Foz do Arelho - " EXCELENTE"
Não faço mais comentários, para não estragar.
José Abegão

Anónimo disse...

Como teria eu conhecimento da história de Grandella e também da sua ligação à Foz do Arelho?! Valeu a pena continuar o nosso Blogue....
Obrigado Vasco,gostei imenso.
Um abraço
Júlia R