C O M E N T Á R I O S
laurinda disse...
Memórias despoletam memórias e este texto fez-me recordar de como descobri a leitura: com um "livro de quadradinhos".
Memórias despoletam memórias e este texto fez-me recordar de como descobri a leitura: com um "livro de quadradinhos".
Não me lembro de existirem outros livros lá em casa. Um dia encontrei numa gaveta um pequeno livro de banda desenhada "de cowboys" :). Lembro-me de ter olhado para os bonecos, dos quais recordo umas cenas passadas num comboio, e de ter percebido que aquelas letras eram aquilo que eu andava arduamente a aprender na escola. As coisas começaram a fazer sentido e também eu me tornei uma viciada na leitura.
A banda desenhada dá-me prazer por fases, como os policiais... (Interessante! Deixei de achar graça e de ler outros policiais desde que descobri a Patricia Higsmith e a Ruth Rendell..).
Os livros da biblioteca das caldas da Rainha foram os meus educadores. Cinco de cada vez! Devorava-os às escondidas e, ainda hoje, tenho um pouco essa "culpa" da leitura por prazer. Como se estivesse a roubar o tempo destinado a algo mais pragmático, que nessa altura me era exigido.
Tenho um vício um pouco estranho: quando um livro me enche realmente as medidas, por vezes não leio o fim. Guardo como um tesouro de que precise para me curar de um dia mau.
Laurinda
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Luis disse:
A BD continuou a ter muita importância para nós ao longo dos anos seguintes e o texto do Fernando Jorge reflecte isso mesmo. Embora tenhamos gostos e interesses diferentes mas o que interessa é que a Banda Desenhada se tornou uma forma de arte adulta.Boas férias!L
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JJ disse:
O artigo do FJ é muito pessoal e é isso que o torna interessante. Mais do que um repositório da evolução da Banda Desenhada nos últimos anos, está aqui a descrição do prazer e da influência que ela teve na forma de olhar a vida e a arte de alguém da nossa geração.
Embora partilhe algum fascínio por Corto Maltese nunca encarei a BD em pé de igualdade com a Literatura, continuo a preferir Lawrence Durrell e o Quarteto de Alexandria, mesmo apenas com as minhas ilustrações imaginárias...
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Fátima C disse:
Excelente texto este de Fernando Sousa que nos retrata a sua " avidez" por livros e pela leitura.
Adorei a expressão: "Tornei-me num viciado em livros, a necessitar de desintoxicação, entro em carência se não tenho que ler à mão..." Como me revejo aqui...De facto este brilhante texto, de tão bem escrito, espelha os bons hábitos de "leitura desenfreada"...
Muitos Parabéns a Fernando Sousa.
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