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Realmente sou muito maçarico nestas coisas dos blogues…
Só ontem me apercebi de uma quantidade de comentários ao texto e à caricatura que a Isabel Xavier e a São Caixinha tiveram a gentileza de dedicar à minha pessoa, tendo-o feito com cores, pinceladas e traços e muito vivos, muito marcantes para mim – não é de mais voltar a agradecer-lhes.
Mas queria agradecer também à Manuela Gama Vieira o poema que me ofereceu e que, como seria de esperar, foi escolhido com grande sensibilidade e mestria entre os tantos e tão belos poemas que nos deixou o meu metodólogo e poeta preferido, Dr. Rómulo de Carvalho/ António Gedeão. Lembro-me muito bem de si, sempre muito empenhada, muito colaborante, com uma forma de estar irrepreensível, fruto da excelente educação familiar, que foi extensiva aos seus irmãos João e Fátima, que também foram meus alunos e amigos. Obrigado Manuela!
As palavras da Manuela, do Óscar, do Zé Carlos, da Paulinha Pardal, do Jales, da Júlia, da Laura, da São, da Guidó e as da Isabel, claro… comoveram-me mesmo… ai que estou a ficar tão velho… mas confesso-vos que foi muito bom. Obrigado a todos pelo vosso carinho e amizade.
É muito gratificante, depois de tanto tempo, verificar que alguns dos meus alunos apreciaram o meu trabalho e perceberam que procurei dar tudo o que podia e sabia – não era muito, mas era feito com muito empenho, muita alegria e com a melhor boa vontade. Na altura ainda não tinha uma verdadeira formação pedagógica – trabalhava por intuição e muitas vezes baseava as minhas estratégias nas que tinha observado, quando aluno, nas aulas da GRANDE professora que tive e que me marcou para sempre – a Sr.ª Dr.ª Margarida Ribeiro. Espero ainda escrever um texto sobre esta Senhora, que leccionou no ERO e que, na minha óptica, foi das maiores competências, científica e pedagógica, que por lá passou, para além de ter uma sensibilidade e forma de estar que sempre mereceram o respeito e a admiração dos alunos que tiveram a sorte de lhe passar pelas mãos.
E agora uma palavrinha para a minha Querida Amiga Inês Querido, que já não vejo há tantos anos e de quem tenho tantas saudades. Que bom que a Inês tenha descoberto as "traquinices" do João Jales! Tal como muitos de nós, espero a sua colaboração no relato de situações tão interessantes que se passaram durante os quatro anos em que esteve connosco.
Oh Inês… e os belos tempos em que tínhamos um colega arabista e que nós, para não ficarmos mal vistos, até "falávamos em árabe"! Ainda se lembra como se dizia "director", "contínua", "Lídia", "rapaz" ,"supositório"… ? E as ordens de serviço que nos eram fornecidas, por escrito, na portaria, como eram designadas?
Jaime Serafim
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COMENTÁRIOS
Inês Figueiredo disse.;
Serafim!!! desde 3ªfeira à tarde que o João Jales transformou a minha vida. Irresistível este rapaz! (mas o JJ fica para depois)
tsch...o arabês! :))) foi um momento solene em que o Padre Albino nos apresentou oficialmente um sénior e conspícuo Dr.Garcia Domingues (que salvo erro veio substituir em História a nossa jovem e bem-amada Ermelinda) como o "maior especialista em assuntos árabes da península ibérica". Aí, você ('tsch! tsch!') abriu o coração ao recém-chegado, acolhedor que sempre foi, e 'entregou o ouro ao bandido'. Andávamos por essa época animadíssimos a 'reconstituir' a língua árabe. Vinha que nem canja, para integrar o novo colega, SE pela mente do Dr Garcia Domingues pudesse passar a hipótese de alguém brincar durante a sua cerimónia de investidura :)) foi um momento falhado porque o sábio senhor 'vivia a presença árabe na Península'! Se os deuses ajudaram talvez ele pensasse simplesmente que não falávamos um árabe erudito...
Respostas: "director" era Al-bino, "contínua" (passo), "Lídia" (passo), "rapaz" era al-moço,"supositório" era al-coentre!
Yah!! ordens de serviço confesso que não me lembro, seria 'al-pistas'?...
Agora sou eu que pergunto: "carvão", "janela", "gato","cara" e "mala" ?
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Jaime Serafim disse...
Venho só para recordar à Inês que, em arabês, contínua era Al-da, Lídia era al-drabona e rapaz também se dizia al-uno. Quanto às ordens de serviço, eram entregues na portaria pelo Sr Carias, sempre muito educado e cerimonioso - eram-nos dadas por Carias...
Venho só para recordar à Inês que, em arabês, contínua era Al-da, Lídia era al-drabona e rapaz também se dizia al-uno. Quanto às ordens de serviço, eram entregues na portaria pelo Sr Carias, sempre muito educado e cerimonioso - eram-nos dadas por Carias...
Das que pergunta, só me lembro de cara, al-face e gato, al-quimia...E em Inglês, Pardal lia-se paadell...Um beijinho para si Inês!Estamos à espera de um texto seu!
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farofia disse...
Jaime,dado que me sinto demasiado comovida (alquebrada),deixo o meu texto para amanhã :)Mas 'first things first': "carvão" era alcateia, "janela" era almirante, e "mala" era alcofa.Outras: "rua" era alviela, "salário" era alvíssaras,"sapato" era alpargata e "professor" era ... algoz.
Jaime,dado que me sinto demasiado comovida (alquebrada),deixo o meu texto para amanhã :)Mas 'first things first': "carvão" era alcateia, "janela" era almirante, e "mala" era alcofa.Outras: "rua" era alviela, "salário" era alvíssaras,"sapato" era alpargata e "professor" era ... algoz.
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João Jales disse:
Mas isto é o fim de todos os fundamentos da minha vida escolar! Então os professores eram tão (ou mais!) irreverentes que os alunos no ERO? Mas se Director em "arabês" era Al-Bino e supositório Al-Coentre entre estes senhores que brincavam durante a investidura do "maior arabista da Península Ibérica" , então nós eramos "meninos de coro". Dra. Inês e Dr. Serafim, estou profundamente chocado com estas revelações (e quero MAIS!).
Exijo uma urgente revisão de toda a História do Externato Ramalho Ortigão, pelo menos na década de sessenta, na Assembleia Geral da nossa agremiação, a realizar no próximo 14 de Novembro.
Tenciono "vingar-me" da Dra. Inês muito brevemente. "Wait and see..."
farofia disse...
Resposta ao João Jales:
Resposta ao João Jales:
Sim, os professores eram tão irreverentes como os alunos no ERO, mais seria impossível. Considero que não passava de um simples contágio, do tipo bexigas loucas, mas o Serafim deve ter uma explicação científica, uma Teoria Quântica ou uma Reacção em Cadeia aos "meninos de coro".
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Luisa disse:
Mas não é posdsível acompanhar o ritmo actual deste blogue!Cada vez que o abro para ver melhor ou terminar um artigo qualquer há algo de novo para ver.
Escrevi há dias que a Dra Inês era das melhores professoras do colégio e,pelo que percebo,ela está aqui a comentar e a recordar esses tempos connosco...E chama-te irresistível,JJ!E és mesmo!Um beijinho grande para a Inês,o Serafim e para ti.L
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João Ramos Franco disse...
Dr. Jaime Serafim:
Dr. Jaime Serafim:
Tudo o que tenho lido durante estes dias transmitiu-me a imagem de um Professor do ERO, que deixa nos seus alunos tudo o que tinha de bom e de humano para transmitir.
Foi com agrado (como ex ERO, já com 66 anos) que li as boas recordações dos seus alunos e leio o seu comentário final.Apesar de não ter sido seu aluno, presto homenagem a um professor que deixa a sua presença marcada por a amizade que deu.
João Ramos Franco
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eu, abaixo assinada, confesso que pequei por omissão. E comprovo a verdade absoluta da apresentação do Padre Albino, com este link:
basta clicar . O Dr. Garcia Domingues é uma figura importante da nossa cultura.Fico a torcer pela minha redenção, perdão! perdão!
Inês
(mas lá que o arabês era 'bué' de curte, antes da chegada do erudito, isso é verdade, não é Jaime?)
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Oscar Oliveira disse:
Aguardo ansiosamente as cenas dos próximos capítulos do bate papo entre o dr. Serafim e a dr.ª Inês a propósito das traduções para árabe de algumas palavras.
Santa ingenuidade, também a minha, que me levava a julgar que só nós é que expressávamos alguma irreverência (à boca pequena, como tinha que ser naquela época) mas, pelos vistos em relação ao mestre de árabe, pelo menos alguns professores também não eram propriamente reverentes, apesar da diferença de idades.
Mas esta troca de palavras não me revelou algo que gostava de saber. Como desde que saí do colégio apenas vou esporadicamente a Caldas, não acompanhando os percursos da maior parte das pessoas, desconheço o paradeiro da dr.ª Inês, alguém que incluo no restrito grupo dos melhores professores que tive. Recordo o primeiro ano em que foi minha professora (1967 - penso também que o primeiro ano em que deu aulas...), com a sua pequena estatura e aspecto de ter pouco mais idade do que os nossos colegas mais velhos do colégio, o período em que não deu aulas por ter sido mãe e que, segundo julgo, morava muito perto do colégio.É bom reviver o passado e o nosso blogue é um veículo extraordinário para isso.
Já agora, para o dr. Serafim, recordo que, com a sua refinada ironia e em virtude do meu nome não ter assento no "O" (Oscar, e não Óscar), me chamava frequentemente de «Oscár», como se de uma palavra aguda se tratasse, mas com o "O" também aberto, assemelhando-se a uma pronúncia afrancesada.
Oscar Oliveira
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Júlia disse:
Cada vez que venho ao blog algo me surpreende...... cheguei à conclusão de que não conheci o Dr.Serafim !!! Estou a conhecê-lo agora, ao fim destes anos todos.
Eu pensava que tinha tido um professor muito sério, muito caladinho, muito compenetrado no seu "papel de professor"....uma pessoa que nunca partiria um prato e agora deparo-me com um Senhor que é capaz de partir a loiça toda!!! Será isto possivel?
Dr. Serafim não imagina a alegria que sinto ao vê-lo juntar-se a esta Familia do ERO! Mais uma vez lhe agradeço o ter acedido ao desafio que lhe lancei.
Um beijinho. Júlia R
farofia disse...
"por-carias" ah!ah!ah!
"por-carias" ah!ah!ah!
xiiiii! eu... sou... lenta! (não era assim que dizia o Bonacho?) :)
só à 3ª leitura é que reparei que não era arabês, nem lapso!
e então?! uma gargalhada vem sempre a horas!
8 comentários:
Serafim!!! desde 3ªfeira à tarde que o João Jales transformou a minha vida. Irresistível este rapaz! (mas o JJ fica para depois)
tsch... o arabês!
:))) foi um momento solene em que o Padre Albino nos apresentou oficialmente um sénior e conspícuo Dr.Garcia Domingues (que salvo erro veio substituir em História a nossa jovem e bem-amada Ermelinda) como o "maior especialista em assuntos árabes da península ibérica".
Aí, você ('tsch! tsch!') abriu o coração ao recém-chegado, acolhedor que sempre foi, e 'entregou o ouro ao bandido'. Andávamos por essa época animadíssimos a 'reconstituir' a língua árabe. Vinha que nem canja, para integrar o novo colega, SE pela mente do Dr Garcia Domingues pudesse passar a hipótese de alguém brincar durante a sua cerimónia de investidura :)) foi um momento falhado porque o sábio senhor 'vivia a presença árabe na Península'! Se os deuses ajudaram talvez ele pensasse simplesmente que não falávamos um árabe erudito...
Respostas: "director" era Al-bino, "contínua" (passo), "Lídia" (passo), "rapaz" era al-moço,"supositório" era al-coentre!
Yah!! ordens de serviço confesso que não me lembro, seria 'al-pistas'?...
Agora sou eu que pergunto: "carvão", "janela", "gato","cara" e "mala" ?
Dr. Jaime Serafim
Tudo o que tenho lido durante estes dias transmitiu-me a imagem de um Professor do ERO, que deixa nos seus alunos tudo o que tinha de bom e de humano para transmitir.
Foi com agrado (como ex ERO, já com 66 anos) que li as boas recordações dos seus alunos e leio o seu comentário final.
Apesar de não ter sido seu aluno, presto homenagem a um professor que deixa a sua presença marcada por a amizade que deu.
João Ramos Franco
Acto de Contrição:
eu, abaixo assinada, confesso que pequei por omissão. E comprovo a verdade absoluta da apresentação do Padre Albino, com este link
http://www.amazon.co.uk/exec/obidos/search-handle-url?_encoding=UTF8&search-type=ss&index=books-uk&field-author=Jos%C3%A9%20D.%20Garcia%20Domingues
é favor copiarem e colarem no browser, lá em cima onde está o http://
O Dr. Garcia Domingues é uma figura importante da nossa cultura.
fico a torcer pela minha redenção
perdão! perdão!
Inês
(mas lá que o arabês era 'bué' de curte, antes da chegada do erudito, isso é verdade, não é Jaime?)
Venho só para recordar à Inês que, em arabês, contínua era Al-da, Lídia era al-drabona e rapaz também se dizia al-uno. Quanto às ordens de serviço, eram entregues na portaria pelo Sr Carias, sempre muito educado e cerimonioso - eram-nos dadas por Carias...
Das que pergunta, só me lembro de cara, al-face e gato, al-quimia...
E em Inglês, Pardal lia-se paadell...
Um beijinho para si Inês!
Estamos à espera de um texto seu!
Jaime,dado que me sinto demasiado comovida (alquebrada),deixo o meu texto para amanhã :)
Mas 'first things first': "carvão" era alcateia, "janela" era almirante, e "mala" era alcofa.
Outras: "rua" era alviela, "salário" era alvíssaras,"sapato" era alpargata, "rua" era alviela e "professor" era ... algoz.
"por-carias" ah!ah!ah!
xiiiii! eu... sou... lenta! (não era assim que dizia o Bonacho?)
:) só à 3ª leitura é que reparei que não era arabês, nem lapso!
e então?! uma gargalhada vem sempre a horas!
Resposta ao João Jales: Sim, os professores eram tão irreverentes como os alunos no ERO, mais seria impossível. Considero que não passava de um simples contágio, do tipo bexigas loucas, mas o Serafim deve ter uma explicação científica , uma Teoria Quântica ou uma Reacção em Cadeia aos "meninos de coro".
... e eu que continuo a perder-me pelos 'corredores' deste blog...
onde é que eu estou, ah, hoje voltei a parar por aqui e, de novo me emocionaram as lembranças do Oscar Oliveira e as palavras. O afecto é mútuo, Oscar :) também é com imenso carinho que o recordo.
Vivo no Algarve, Faro, e há já uns anos que deixei de passar por Caldas da Rainha... não conhecia lá ninguém.
Voltei a esta Caldas virtual por um acaso do destino, e voltei agora aqui para lhe deixar um beijo.
(5 de Março 09)Inês
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