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Com as minhas mais cordiais saudações à Dra. Inês, que recordo com saudade.
São Caixinha
São Caixinha
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-São vem cá abaixo! - chamou a minha mãe da cozinha.
Oh não, pensei eu, que tinha acabado de vestir o casaco, o meu casaco à Lord Jim, com a única finalidade de sentir o prazer de o ter vestido.
-Tem que ser já, mãe?
-Sim tem que ser já. Preciso da tua ajuda para encher os saquinhos das batatas fritas, quero cozinhar um prato para o jantar por uma receita que li no “Lar e Trabalho”!
-Que má altura - respondi enquanto despia o casaco – é que estou a estudar Inglês!
Resignada desci as escadas, de 2 em 2 degraus, na direcção da cozinha.
Em cima da mesa estavam uma enorme caixa de papelão cheia de batatas fritas e um amontoado de saquinhos de plástico. A minha mãe parecia fazer magia ao retirar com desenvoltura dos armários todo o tipo de utensílios de cozinha.
-Onde estão os atilhos mãe?
-Debaixo dos sacos - respondeu, sem se voltar para mim enquanto ia organizando sobre a mesa e por ordem de entrada o armamento dos ingredientes que necessitava. Apressei-me a começar o trabalho e já ela me repetia as habituais instruções:
– Não os enchas muito!
– Sim mãe, para não partir as batatinhas! - continuava eu.
Felizmente podia perder-me deliciosamente em pensamentos nesta tarefa quase diária que não exigia de mim grande concentração. Será que ficaria bem bordar a “Union Jack” na T-shirt branca... Conseguiria subir a bainha da saia Kilt de xadrez sem a mãe dar por isso, ainda que apenas alguns centímetros? Adorava poder usar uma mini-saia como as da Anabela, mesmo sem possuir a figura ideal... E a parede de sacos de batatas fritas ia crescendo nos dois sentidos!
-Posso ver “Os Vingadores” hoje à noite, mãe?- perguntei, subitamente, lembrando-me que era quinta-feira.
- Sabes que o pai não quer que vejas esses filmes - respondeu brevemente, e sem me dar oportunidade a contestar. Depois anunciou, com um sorriso suspeito:
– Hoje veio correio para ti!
Por momentos fiquei petrificada. O JL tinha ficado de me enviar uma carta mas através da Posta Restante, seria que se tinha esquecido desse pormenor? As batatas estalaram-me entre os dedos. Com receio que a voz acentuasse a minha evidente perturbação decidi permanecer em silêncio! A minha mãe com as mãos enterradas na mistura que amassava, voltou a cabeça para a sua direita indicando:
- Está ali ao pé do telefone!
- O quê, mãe...correio para mim? De quem?
Ela olhou-me com um sorriso insinuante como se tivesse tido acesso aos meus pensamentos e depois de um longo e irritante silêncio respondeu:
- Da Embaixada de Inglaterra!
Que alívio, esta carta tinha uma explicação!
Depois do fim-de-semana encontrávamos sempre as salas de aula meticulosamente limpas e arrumadas. As carteiras estavam alinhadas com precisão, a ardósia do quadro convidativamente desempoeirada e o chão impecavelmente polido deixava-se anunciar por um penetrante cheiro a cera. Os vestígios das nossas despreocupadas presenças convenientemente eliminados criavam, a cada segunda-feira, a ilusão de uma semana nova onde tudo só poderia correr bem. Certamente quando a primeira lição era a de Inglês!
Oh não, pensei eu, que tinha acabado de vestir o casaco, o meu casaco à Lord Jim, com a única finalidade de sentir o prazer de o ter vestido.
-Tem que ser já, mãe?
-Sim tem que ser já. Preciso da tua ajuda para encher os saquinhos das batatas fritas, quero cozinhar um prato para o jantar por uma receita que li no “Lar e Trabalho”!
-Que má altura - respondi enquanto despia o casaco – é que estou a estudar Inglês!
Resignada desci as escadas, de 2 em 2 degraus, na direcção da cozinha.
Em cima da mesa estavam uma enorme caixa de papelão cheia de batatas fritas e um amontoado de saquinhos de plástico. A minha mãe parecia fazer magia ao retirar com desenvoltura dos armários todo o tipo de utensílios de cozinha.
-Onde estão os atilhos mãe?
-Debaixo dos sacos - respondeu, sem se voltar para mim enquanto ia organizando sobre a mesa e por ordem de entrada o armamento dos ingredientes que necessitava. Apressei-me a começar o trabalho e já ela me repetia as habituais instruções:
– Não os enchas muito!
– Sim mãe, para não partir as batatinhas! - continuava eu.
Felizmente podia perder-me deliciosamente em pensamentos nesta tarefa quase diária que não exigia de mim grande concentração. Será que ficaria bem bordar a “Union Jack” na T-shirt branca... Conseguiria subir a bainha da saia Kilt de xadrez sem a mãe dar por isso, ainda que apenas alguns centímetros? Adorava poder usar uma mini-saia como as da Anabela, mesmo sem possuir a figura ideal... E a parede de sacos de batatas fritas ia crescendo nos dois sentidos!
-Posso ver “Os Vingadores” hoje à noite, mãe?- perguntei, subitamente, lembrando-me que era quinta-feira.
- Sabes que o pai não quer que vejas esses filmes - respondeu brevemente, e sem me dar oportunidade a contestar. Depois anunciou, com um sorriso suspeito:
– Hoje veio correio para ti!
Por momentos fiquei petrificada. O JL tinha ficado de me enviar uma carta mas através da Posta Restante, seria que se tinha esquecido desse pormenor? As batatas estalaram-me entre os dedos. Com receio que a voz acentuasse a minha evidente perturbação decidi permanecer em silêncio! A minha mãe com as mãos enterradas na mistura que amassava, voltou a cabeça para a sua direita indicando:
- Está ali ao pé do telefone!
- O quê, mãe...correio para mim? De quem?
Ela olhou-me com um sorriso insinuante como se tivesse tido acesso aos meus pensamentos e depois de um longo e irritante silêncio respondeu:
- Da Embaixada de Inglaterra!
Que alívio, esta carta tinha uma explicação!
Depois do fim-de-semana encontrávamos sempre as salas de aula meticulosamente limpas e arrumadas. As carteiras estavam alinhadas com precisão, a ardósia do quadro convidativamente desempoeirada e o chão impecavelmente polido deixava-se anunciar por um penetrante cheiro a cera. Os vestígios das nossas despreocupadas presenças convenientemente eliminados criavam, a cada segunda-feira, a ilusão de uma semana nova onde tudo só poderia correr bem. Certamente quando a primeira lição era a de Inglês!
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Tinha acabado de me sentar e já entrava também a Dra. Inês com o seu passo pequenino e apressado em direcção à secretária onde começou por colocar os livros que trazia de braçado! Permanecendo de pé esperou em silêncio e com um ar pontifical que os alunos entrassem e tomassem o lugar nas devidas carteiras. Depois com um amigável sorriso cumprimentou a turma com o seu habitual:
- Good-morning, everybody!
Tudo nesta professora despertava em mim interesse e admiração. A elegância simples com que se apresentava, a eloquência das suas actuações, o seu carácter moderado e aprazível. As lições eram sempre interessantes e divertidas. Estou a lembrar-me que atribuía enorme importância à pronúncia correcta das palavras. No nome Peter, por exemplo, não deveríamos pronunciar o t como o conhecíamos, mas sim como um r, mais ou menos como em Pira! Ao seguir as suas zelosas instruções parecia-me que soava realmente como uma inglesa, algo que verdadeiramente me fascinava. Era de tal modo o incentivo, que eu queria aprender tudo, queria compreender os filmes que via sem ler as legendas, queria cantar como os Beatles, queria ler Shakespeare! Contava-nos frequentemente histórias das viagens que fazia, dos monumentos que visitava, dos rios que navegava, das conversas com turistas com quem ocasionalmente travava conhecimento. Naquele dia, quase no fim da lição, anunciou que contava connosco para fazer um trabalho de estudo sobre a cidade de Londres, mais ou menos como um álbum de fotografias com alguns textos explicativos. Para uma mais eficiente execução deste sugeriu que pedíssemos prospectos turísticos à Embaixada de Inglaterra ou a uma Agência de Viagens! Um trabalho sobre Londres!?! A cidade da Mary Quant... e dos Beatles!?!
Fez-se esperar, mas a Embaixada acabou por reagir ao meu pedido com surpreendente generosidade. Inúmeros prospectos, panfletos e livrinhos, uns em Português outros em Inglês, mas todos sobre diferentes aspectos da cidade. De Londres fiquei imediatamente a ter uma imagem muito completa. Inúmeras e formidáveis fotografias a cores tornavam difícil uma selecção! The Tower of London, The Big Ben, The River Thames, Buckingham Palace, Harrods, Carnaby Street! Sim a Carnaby Street e King’s Road também, com as famosas boutiques como a “Granny Takes a Trip” (os Porfirios de Londres – imaginava eu!) e a Bazar da Mary Quant, que tinha lançado com grande sucesso a mini-saia e uma linha de acessíveis cosméticos para jovens (da qual eu já tinha o meu insubstituível primeiro baton!). Mas Londres para mim era ainda os Hippies do Flower Power, a Sandie Shaw, a Yoko Ono, o Simon Templar, a Twiggy, os camiseiros à OP, os Cat Suits e os Beatles, claro! Londres era o centro do mundo Pop alegremente a rebentar pelas costuras e a salpicar o resto do mundo de luzes psicadélicas e padrões “paisley” coloridos! Era sobretudo a promessa de liberdade e a esperança de um mundo feliz.
Devia ter conseguido uma boa nota naquele trabalho tal foi o empenho e a dedicação com que o efectuei. Do que tenho memória foi da promessa que fiz a mim mesma, de um dia, sabia lá por que meios, visitar a cidade de Londres.
Com a minha vinda para a Holanda o Inglês viria a ter na minha vida, poucos anos depois, uma inestimável importância. Compreendi os filmes sem ler as legendas, cantei as canções e li livros complicados (esqueçamos Shakespeare…).
Numa fresca manhã de Setembro de 1980 parti de Haia sozinha, de comboio em direcção a Vlissingen, onde tomei o ferry para atravessar o canal até Sheerness e, a seguir, novamente o comboio que me levaria à estação de Vitória onde a minha amiga Pauline me esperava. A última estação da longa viagem na conquista de um sonho que começou numa lição de Inglês!
It felt like a million dollars! E Londres… bem, os Beatles já não eram um grupo, a “Granny” tinha desaparecido, os Hippies tinham dado lugar aos Punks...e o mundo feliz continuava a ser uma esperança!... But London was still fabulous!!
Tinha acabado de me sentar e já entrava também a Dra. Inês com o seu passo pequenino e apressado em direcção à secretária onde começou por colocar os livros que trazia de braçado! Permanecendo de pé esperou em silêncio e com um ar pontifical que os alunos entrassem e tomassem o lugar nas devidas carteiras. Depois com um amigável sorriso cumprimentou a turma com o seu habitual:
- Good-morning, everybody!
Tudo nesta professora despertava em mim interesse e admiração. A elegância simples com que se apresentava, a eloquência das suas actuações, o seu carácter moderado e aprazível. As lições eram sempre interessantes e divertidas. Estou a lembrar-me que atribuía enorme importância à pronúncia correcta das palavras. No nome Peter, por exemplo, não deveríamos pronunciar o t como o conhecíamos, mas sim como um r, mais ou menos como em Pira! Ao seguir as suas zelosas instruções parecia-me que soava realmente como uma inglesa, algo que verdadeiramente me fascinava. Era de tal modo o incentivo, que eu queria aprender tudo, queria compreender os filmes que via sem ler as legendas, queria cantar como os Beatles, queria ler Shakespeare! Contava-nos frequentemente histórias das viagens que fazia, dos monumentos que visitava, dos rios que navegava, das conversas com turistas com quem ocasionalmente travava conhecimento. Naquele dia, quase no fim da lição, anunciou que contava connosco para fazer um trabalho de estudo sobre a cidade de Londres, mais ou menos como um álbum de fotografias com alguns textos explicativos. Para uma mais eficiente execução deste sugeriu que pedíssemos prospectos turísticos à Embaixada de Inglaterra ou a uma Agência de Viagens! Um trabalho sobre Londres!?! A cidade da Mary Quant... e dos Beatles!?!
Fez-se esperar, mas a Embaixada acabou por reagir ao meu pedido com surpreendente generosidade. Inúmeros prospectos, panfletos e livrinhos, uns em Português outros em Inglês, mas todos sobre diferentes aspectos da cidade. De Londres fiquei imediatamente a ter uma imagem muito completa. Inúmeras e formidáveis fotografias a cores tornavam difícil uma selecção! The Tower of London, The Big Ben, The River Thames, Buckingham Palace, Harrods, Carnaby Street! Sim a Carnaby Street e King’s Road também, com as famosas boutiques como a “Granny Takes a Trip” (os Porfirios de Londres – imaginava eu!) e a Bazar da Mary Quant, que tinha lançado com grande sucesso a mini-saia e uma linha de acessíveis cosméticos para jovens (da qual eu já tinha o meu insubstituível primeiro baton!). Mas Londres para mim era ainda os Hippies do Flower Power, a Sandie Shaw, a Yoko Ono, o Simon Templar, a Twiggy, os camiseiros à OP, os Cat Suits e os Beatles, claro! Londres era o centro do mundo Pop alegremente a rebentar pelas costuras e a salpicar o resto do mundo de luzes psicadélicas e padrões “paisley” coloridos! Era sobretudo a promessa de liberdade e a esperança de um mundo feliz.
Devia ter conseguido uma boa nota naquele trabalho tal foi o empenho e a dedicação com que o efectuei. Do que tenho memória foi da promessa que fiz a mim mesma, de um dia, sabia lá por que meios, visitar a cidade de Londres.
Com a minha vinda para a Holanda o Inglês viria a ter na minha vida, poucos anos depois, uma inestimável importância. Compreendi os filmes sem ler as legendas, cantei as canções e li livros complicados (esqueçamos Shakespeare…).
Numa fresca manhã de Setembro de 1980 parti de Haia sozinha, de comboio em direcção a Vlissingen, onde tomei o ferry para atravessar o canal até Sheerness e, a seguir, novamente o comboio que me levaria à estação de Vitória onde a minha amiga Pauline me esperava. A última estação da longa viagem na conquista de um sonho que começou numa lição de Inglês!
It felt like a million dollars! E Londres… bem, os Beatles já não eram um grupo, a “Granny” tinha desaparecido, os Hippies tinham dado lugar aos Punks...e o mundo feliz continuava a ser uma esperança!... But London was still fabulous!!
Ilustrações (Dra. Inês e Beatles) e texto de São Caixinha
Uma música para a São Caixinha:
3 comentários:
Estes textos e caricaturas da São Caixinha têm muito que se lhes diga! É o aspecto geracional - o fascínio por Londres, pela disciplina de Inglês e pelos Beatles. É a vivência particular que a São (e a Isabel também) teve do colégio por ser filha da D. Luísa, que também recordo com saudade, a quem ajudava na tarefa de ensacar as batatas fritas que depois todos nós comíamos no bar da escola. É o encanto pela professora, a Dra. Inês, que para grande felicidade nossa veio ao nosso encontro aqui no blog. É o modo pedagogicamente infalível de começar por gostar dos alunos para os saber ensinar convenientemente, de que a Dra. Inês foi um exemplo particularmente feliz. É, finalmente, o incrível talento da São que já conhecíamos das caricaturas, e que agora ficamos a saber ser extensivo à escrita. Parabéns à São e à Dra. Inês, professora capaz de suscitar atitudes tão autenticamente amorosas por parte dos seus alunos, como as que a São aqui manifesta!
- Isabel Xavier -
O texto da São, apesar de escrito em prosa, é um poema… um poema lindo que entrelaça duas meninas, de duas gerações que, ao mesmo tempo, sonham com um futuro sorridente. Uma sonha com Londres, enquanto vai empacotando batatinhas fritas, outra que, terminada uma licenciatura, se lança tímida, mas convictamente, no início de uma carreira docente, pela qual tanto ansiou e tanto tinha para oferecer.
A primeira ainda teve muito que esperar, que estudar… e não foi para terras da Rainha Isabel, mas sim para as da Rainha Beatriz. Acho que ficou a ganhar… (Adoro a Holanda!)
A segunda, terminado o curso, até concorreu ao ensino oficial, mas sem esperanças de colocação, aceitou o convite que lhe foi dirigido para vir leccionar para o Externato. A sua casa de família era em Faro, mas como tinha aqui una familiares…
Mas o inesperado acontece e é colocada no Liceu de Faro, mesmo ao pé da sua casa! Pede então para ser dispensada do compromisso com o Externato, mas nada a fazer, diz o Director… tem mesmo que ficar…
Oh inclemência! Oh impiedade! E houve muito choro e ranger de dentes… e raiva! Detesto esta gente, esta terra, isto tudo! Foram dois colegas, que até eram namorados, que a consolaram, que lhe disseram que a terra era boa, as pessoas também e que no dia em que se fosse embora, iria a chorar com pena! Nem pensar, quando for embora, vai ser em festa!
Mas ficou (que remédio!) E iniciou as suas aulas, e gostou dos alunos, e gostou dos colegas, e os alunos gostaram dela, e os colegas gostaram dela (pequenina , mas tesa!)
E apareceram alunos a pedir lições particulares de Inglês e de Alemão…
A verdade é que explicou tão bem a língua alemã a um determinado explicando, que ele se ficou a perder de amores, não propriamente pela cultura alemã, mas pela cultura (e tudo o mais) da explicadora… e casaram, e foram muito felizes, e tiveram uma menina linda…
Mas um dia… (Oh inclemência, oh impiedade! ) o marido é transferido para longes terras… Faro!
E a nossa AMIGA QUERIDO, arruma as trouxas e, lavada em lágrimas, já a morrer de saudade, parte para Faro, onde, mais tarde, se transformou em… farófia!
… e deixou muitas saudades…
Beijinhos para as duas meninas
Jaime serafim
Muito afastado do Blog, desta vez é inevitável um comentário. Foi breve o tempo que tive a Drª Inês como professora mas com ela aprendi as bases dessa língua que pela vida fora se tornaria tão importante. As aulas de Inglês marcavam a diferença, pelo envolvimento, pela autoridade anti-autoritária, feita de compreeensão e simpatia. Lembro-me que a propósito do seu aniversário (?) lhe oferecemos um single dos 1111 chamado precisamente D. Inês... Não lhe desejávamos o destino da De Castro, mas antes lhe quisemos mostrar o imenso carinho que lhe tínhamos. Não me recordo, por esse tempo, de se ter feito algo de parecido a nenhum outro professor. Não se vivia nas Caldas o espírito que em Paris, na primavera de 1968 punha em causa os valores e o papel da Escola mas não obstante, a imagem geral era de algum sufoco. Com Drª Inês não era assim e nem por isso me lembro de problemas de disciplina nas suas aulas. Verdadeiramente, possuia a força da sua fragilidade. Com imensa saudade e carinho, Drª Inês, I wish you a long and happy life.
Victor Gil
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