ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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c o m e n t á r i o s

João Jales disse:
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Vi este filme, e até mais que uma vez. O assassinato, nas circunstâncias macabras que todos conhecemos, de Sharon Tate pela "Família de Charles Manson" acabou por conferir a este filme uma carga diabólica que o ajudou a celebrizar como um clássico de terror. É o mais conhecido filme de Polanski mas não é o seu melhor - é só pensar que ele realizou Baile dos Bombeiros, Amores de uma Loira, Amores de Uma Adolescente, Chinatown, Tess, O Pianista (Palma de Ouro em Cannes, 2002), A Repulsa, O Inquilino, A Nona Porta (Oscar Melhor Realizador, 1999)...
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Este polaco,sobrevivente do Holocausto, filmou no seu país de origem e, em 1966, encetou uma carreira de grande sucesso artístico e comercial nos EUA, até ser acusado num nebuloso caso de pedofilia que o obrigou a refugiar-se em França em 1977, onde se naturalizou. As posteriores declarações da jovem envolvida (numa entrevista em 1988) levam a crer que tenha sido vítima de um esquema de chantagem, mas ainda hoje não pode entrar nos EUA nem recebeu pessoalmente o Oscar que lá ganhou, para Melhor Realizador, em 1999.
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Obrigado Inês por esta colaboração com o seu blogue. JJ
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JMiguel disse...
Não sei se é válido o meu apoio à escolha da Inês Figueiredo, pois situo este filme fascinante no final da minha juventude, numa fase em que já me julgava muito adulto e que, objectivamente, já não estava no colégio.
Deixando-me de legalismos, tenho a declarar que foi um filme de culto e que escalpelizei com a minha irmã (que também andou no colégio, como atestam algumas fotos apresentadas neste blog, mas é mais «caladinha») em várias sessões clássicas e de cineclube, na detecção das pequenas referências com que, com imensa mestria, Polanski polvilhou o filme tornando-o mais emocionante e intrigante que o livro. A ideia de base não é excepcional, mas o modo como é exposta dá ao filme um ritmo e uma tensão extrema. Assinalo um facto pouco usual: considero o título da versão portuguesa mais expressivo que o original.
Note-se que não é o filme da minha vida, mas é um deles e foi um prazer recordá-lo!
JMiguel
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Luis disse:
O filme é ***** e de um dos grandes realizadores da segunda metade do século vinte, que parece que não é pessoa de grande carácter...
A ideia de posts simples aguardando depois os comentários é boa,assim o pessoal corresponda.Eu vi o filme já em Lisboa com 17/18 anos e impressionou-me logo muito,mas só passei a vê-lo como obra-prima quando o revi anos depois.Há coisas que não são imediatas... L
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João Ramos Franco disse...
Ora aqui está mais um filme que tem história para mim.Sentado na Brasileira do Chiado, tomava a bica e aguardava pela namorada, sem qualquer programa pré - estabelecido para essa tarde. Sabia que este filme estava em exibição no S. Luís e qual o seu argumento, mas talvez o meu estado de espírito, provocado por ter chegado à pouco tempo da guerra, dirigia-se mais para um estado “nem Deus nem o Diabo”…Mas tinha que ser, a namorada chega e estabelece como programa para a tarde ir ao cinema ver «A Semente do Diabo».Desde do inicio do filme, no momento do encontro dos casais e entrega do colar com a semente do diabo a Mia Farrow, passando por toda a envolvente que outros comentadores já referiram, fica ainda uma imagem do filme para eu falar, a reunião da seita em torno do berço, onde vemos uma criança com o olhar do diabo, para terminar toda este desenrolar de continuo de situações macabras.Sou sincero, não gosto deste género de filme.
De qualquer modo, e reportando-me à analise feita por João Jales, que enquadra socialmente o produtor e a sua geração, em que este tipo de cinema foi feito, digo-vos que Polanski conseguiu transportar-nos onde pretendia, durante todo filme.
O sempre amigo
João Ramos Franco

1 comentário:

João Ramos Franco disse...

Ora aqui está mais um filme que tem história para mim.
Sentado na Brasileira do Chiado, tomava a bica e aguardava pela namorada, sem qualquer programa pré - estabelecido para essa tarde.
Sabia que este filme estava em exibição no S. Luís, e qual o seu argumento, mas talvez o meu estado de espírito provocado por ter chegado à pouco tempo da guerra, a minha mente dirigia-se mais para um estado “nem Deus nem o Diabo”…
Mas tinha que ser, a namorada chega e estabelece como programa para a tarde ir ao cinema ver «A Semente do Diabo».
Desde do inicio do filme, no momento do encontro dos casais e entrega do colar com a semente do diabo a Mia Farrow, passando por toda envolvente que outros comentadores já referiram, fica ainda uma imagem do filme para eu falar, a reunião da seita em torno do berço, onde vemos uma criança com o olhar do diabo, para terminar toda este desenrolar de continuo de situações macabras.
Sou sincero, não gosto do género filme. De qualquer modo e reportando-me à analise feita por o João Jales, que enquadra socialmente o produtor e a sua geração, em que este tipo de cinema foi feito, digo-vos que Polanski, conseguiu transportar-nos onde pretendia, durante todo filme.
O sempre amigo
João Ramos Franco