João Jales disse:
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Vi este filme, e até mais que uma vez. O assassinato, nas circunstâncias macabras que todos conhecemos, de Sharon Tate pela "Família de Charles Manson" acabou por conferir a este filme uma carga diabólica que o ajudou a celebrizar como um clássico de terror. É o mais conhecido filme de Polanski mas não é o seu melhor - é só pensar que ele realizou Baile dos Bombeiros, Amores de uma Loira, Amores de Uma Adolescente, Chinatown, Tess, O Pianista (Palma de Ouro em Cannes, 2002), A Repulsa, O Inquilino, A Nona Porta (Oscar Melhor Realizador, 1999)...
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Este polaco,sobrevivente do Holocausto, filmou no seu país de origem e, em 1966, encetou uma carreira de grande sucesso artístico e comercial nos EUA, até ser acusado num nebuloso caso de pedofilia que o obrigou a refugiar-se em França em 1977, onde se naturalizou. As posteriores declarações da jovem envolvida (numa entrevista em 1988) levam a crer que tenha sido vítima de um esquema de chantagem, mas ainda hoje não pode entrar nos EUA nem recebeu pessoalmente o Oscar que lá ganhou, para Melhor Realizador, em 1999.
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Obrigado Inês por esta colaboração com o seu blogue. JJ
JMiguel disse...
Não sei se é válido o meu apoio à escolha da Inês Figueiredo, pois situo este filme fascinante no final da minha juventude, numa fase em que já me julgava muito adulto e que, objectivamente, já não estava no colégio.
Não sei se é válido o meu apoio à escolha da Inês Figueiredo, pois situo este filme fascinante no final da minha juventude, numa fase em que já me julgava muito adulto e que, objectivamente, já não estava no colégio.
Deixando-me de legalismos, tenho a declarar que foi um filme de culto e que escalpelizei com a minha irmã (que também andou no colégio, como atestam algumas fotos apresentadas neste blog, mas é mais «caladinha») em várias sessões clássicas e de cineclube, na detecção das pequenas referências com que, com imensa mestria, Polanski polvilhou o filme tornando-o mais emocionante e intrigante que o livro. A ideia de base não é excepcional, mas o modo como é exposta dá ao filme um ritmo e uma tensão extrema. Assinalo um facto pouco usual: considero o título da versão portuguesa mais expressivo que o original.
Note-se que não é o filme da minha vida, mas é um deles e foi um prazer recordá-lo!
JMiguel
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Luis disse:
O filme é ***** e de um dos grandes realizadores da segunda metade do século vinte, que parece que não é pessoa de grande carácter...
A ideia de posts simples aguardando depois os comentários é boa,assim o pessoal corresponda.Eu vi o filme já em Lisboa com 17/18 anos e impressionou-me logo muito,mas só passei a vê-lo como obra-prima quando o revi anos depois.Há coisas que não são imediatas... L
João Ramos Franco disse...
Ora aqui está mais um filme que tem história para mim.Sentado na Brasileira do Chiado, tomava a bica e aguardava pela namorada, sem qualquer programa pré - estabelecido para essa tarde. Sabia que este filme estava em exibição no S. Luís e qual o seu argumento, mas talvez o meu estado de espírito, provocado por ter chegado à pouco tempo da guerra, dirigia-se mais para um estado “nem Deus nem o Diabo”…Mas tinha que ser, a namorada chega e estabelece como programa para a tarde ir ao cinema ver «A Semente do Diabo».Desde do inicio do filme, no momento do encontro dos casais e entrega do colar com a semente do diabo a Mia Farrow, passando por toda a envolvente que outros comentadores já referiram, fica ainda uma imagem do filme para eu falar, a reunião da seita em torno do berço, onde vemos uma criança com o olhar do diabo, para terminar toda este desenrolar de continuo de situações macabras.Sou sincero, não gosto deste género de filme.
Ora aqui está mais um filme que tem história para mim.Sentado na Brasileira do Chiado, tomava a bica e aguardava pela namorada, sem qualquer programa pré - estabelecido para essa tarde. Sabia que este filme estava em exibição no S. Luís e qual o seu argumento, mas talvez o meu estado de espírito, provocado por ter chegado à pouco tempo da guerra, dirigia-se mais para um estado “nem Deus nem o Diabo”…Mas tinha que ser, a namorada chega e estabelece como programa para a tarde ir ao cinema ver «A Semente do Diabo».Desde do inicio do filme, no momento do encontro dos casais e entrega do colar com a semente do diabo a Mia Farrow, passando por toda a envolvente que outros comentadores já referiram, fica ainda uma imagem do filme para eu falar, a reunião da seita em torno do berço, onde vemos uma criança com o olhar do diabo, para terminar toda este desenrolar de continuo de situações macabras.Sou sincero, não gosto deste género de filme.
De qualquer modo, e reportando-me à analise feita por João Jales, que enquadra socialmente o produtor e a sua geração, em que este tipo de cinema foi feito, digo-vos que Polanski conseguiu transportar-nos onde pretendia, durante todo filme.
O sempre amigo
João Ramos Franco
1 comentário:
Ora aqui está mais um filme que tem história para mim.
Sentado na Brasileira do Chiado, tomava a bica e aguardava pela namorada, sem qualquer programa pré - estabelecido para essa tarde.
Sabia que este filme estava em exibição no S. Luís, e qual o seu argumento, mas talvez o meu estado de espírito provocado por ter chegado à pouco tempo da guerra, a minha mente dirigia-se mais para um estado “nem Deus nem o Diabo”…
Mas tinha que ser, a namorada chega e estabelece como programa para a tarde ir ao cinema ver «A Semente do Diabo».
Desde do inicio do filme, no momento do encontro dos casais e entrega do colar com a semente do diabo a Mia Farrow, passando por toda envolvente que outros comentadores já referiram, fica ainda uma imagem do filme para eu falar, a reunião da seita em torno do berço, onde vemos uma criança com o olhar do diabo, para terminar toda este desenrolar de continuo de situações macabras.
Sou sincero, não gosto do género filme. De qualquer modo e reportando-me à analise feita por o João Jales, que enquadra socialmente o produtor e a sua geração, em que este tipo de cinema foi feito, digo-vos que Polanski, conseguiu transportar-nos onde pretendia, durante todo filme.
O sempre amigo
João Ramos Franco
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