ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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PAPER SUN (O Piquenique)


por João Jales

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- Não vejo porque é que não havemos de ir para a frente com o passeio e o piquenique só porque não vêm uns gajos que eu nem conheço de lado nenhum – disse o Mário.
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- A verdade é que eu até já tenho autorização para passar a tarde fora nesse dia, seria pena não aproveitar… – respondeu a Luísa.
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Eu ouvira, durante todos estes anos no Externato Ramalho Ortigão, relatos de inúmeros piqueniques organizados a propósito dos mais variados acontecimentos, caminhadas até locais paradisíacos onde se comia ambrósia e se bebia hidromel. Mas eu fiquei-me sempre pelas caseiras sandes de carne assada ou ovo, comidas no recreio nos dias em que as aulas acabavam mais tarde. E a primeira oportunidade para essa experiência parecia não se ir concretizar!
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- Mal se saiba que os tais escuteiros, ou lá o que são, não vêm, os nossos pais não nos deixam ir a lado nenhum – sentenciou a Ana Margarida.
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Éramos quase todos alunos do quinto ano, embora dois ou três colegas mais velhos estivessem presentes. O professor encarregado desta organização acabava de abandonar a sala de estudo, onde nos comunicara que o passeio com piquenique estava anulado, já que os jovens cuja visita suscitava a sua realização não podiam vir.
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– Hoje é quarta-feira, até Sábado dá para ter tudo pronto – disse o Mário.
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– Mas tudo pronto como, se foi desconvocado o passeio!? – perguntou a Ana Margarida. – Sem os professores não podemos ir a lado nenhum.
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– Isso é sempre relativo – respondeu o Mário, misterioso como sempre – depende da forma como fizermos as coisas… De quem souber o quê…
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A malta presente, que tinha ficado desiludida, estava agora curiosa. Aparentemente alguém estava a ver uma oportunidade onde outros só viam uma decepção. O Mário continuou:
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- É uma tarde de Sábado, os rapazes poderiam sempre sair, a questão são as meninas que tinham “ordem de soltura” e poderiam ir connosco a um sítio diferente, e agora não podem. Suponhamos que se esqueciam de dizer em casa que foi tudo anulado e apareciam às duas horas no local combinado com os comes, nós levávamos as bebidas, o que é que pode correr mal?
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- Eu posso começar? Há montes de coisas que podem correr mal! Por exemplo… – começou o Jorge, um dos mais velhos, mas o Mário interrompeu:
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- Esquece isso! Música, como é que há música num piquenique?
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- A minha irmã tem um gira-discos portátil, que também funciona a pilhas. Mas mesmo com pilhas novas não aguenta muito tempo – respondi-lhe. Não sabia bem como é que ia subtrair o referido objecto à minha irmã durante uma tarde inteira, mas isso era um problema posterior. – Conta com a música!
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- Estão a falar a sério? Fazer de conta que os escuteiros vêm e fazermos um piquenique só nós, com música e tudo? – perguntou a Luísa, olhando para mim.
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E olhando para mim porque, desde que eu me lembrava, tinha havido sempre entre nós um sentimento permanente, que originava uma relação com altos e baixos, habitualmente tumultuosa mas que estava, nesse momento, muito morna…
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- Claro que sim, não se pode perder uma oportunidade destas – respondi, encerrando a discussão.
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E assim se combinou um encontro no Parque das Merendas da Mata às duas e meia e se decidiu quem é que levaria o quê. Também se concordou que todos agiriam em casa como se a organização do ERO se mantivesse. Os anos envolvidos eram o 5º e o 6º, mas os mais velhos, principalmente os rapazes, pareciam menos entusiasmados com o projecto, já gozavam de mais liberdade e não precisavam destes pretextos. Uma das mais interessadas era a minha vizinha Ana Margarida, que tinha pelo Jorge um indisfarçável “fraquinho”.
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Viemos todos ladeira abaixo nessa tarde a pesar os riscos do que tencionávamos fazer. Eram insignificantes, perante outras aventuras em que nos envolvíamos, só às meninas um baile na mata poderia trazer sarilhos. A Ana Margarida despediu-se aliciando-me:
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- Vê lá se convences o Jorge a ir e eu empresto-te aqueles discos do meu irmão que tu tanto queres ouvir. Nem sei porquê, tens lá tantos…
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Eu também tinha realmente alguns, lembro-me bem do prazer que era, quando ia a Lisboa, com 14, 15 anos, escolher um disco para comprar. Enquanto a família lanchava calmamente na Ferrari, eu engolia apressadamente um galão, uma torrada e um duchaise e corria para a porta ao lado, a entrada da Valentim de Carvalho. O meu pai ia lá ter e acabava por acrescentar sempre um disco para mim às suas compras de música clássica. Mas o irmão da Ana tinha discos que não chegavam a Portugal, trazidos pelo pai que ia regularmente ao estrangeiro, e que ele não partilhava com ninguém. E se eu não os encontrava na Valentim, ainda menos os via na Tália, onde a oferta era mais reduzida. Poder gravá-los no “bobines” do meu pai era aliciante!
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- Se depender de mim, claro que vai. Mas mais depressa o convences tu que eu –respondi.
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- Pois, tu nem queres saber, já estás de olho outra vez na Luisinha! Olha lá, vocês não se enjoam um do outro?
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É claro que a Luísa era sempre um reencontro desejado, mas nem lhe respondi, porque estava a pensar se haveria algo que eu pudesse fazer para pôr as mãos nos tais discos….
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Nesta segunda metade da década de sessenta a música Rock assumiu-se como a forma definitiva da cultura de massas. Eu gostava de ler e de ver cinema, mas esses eram gostos minoritários, poucos apreciavam e mesmo esses não conheciam nem gostavam dos mesmos produtos; a verdadeira demonstração de pertencer a uma elite cultural reconhecida era possuir os LPs dos Beatles, Dylan, Stones, Hendrix, ouvir e gravar o "Em Órbita", no Rádio Clube em Frequência Modulada. Eram populares e atraíam visitas a casa aqueles que possuíam os discos e as gravações. A audição nocturna das "Radio Caroline" e "Radio Luxemburg", com o consequente conhecimento das últimas produções dos Pink Floyd, Procol Harum, Pretty Things, Move, Donovan, etc., garantiam um estatuto de indiscutível autoridade no que era realmente importante nessa época: a música.
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Não estava a ver o que é que eu poderia dizer ou fazer para entusiasmar o Jorge a juntar-se a nós no Sábado, ele era aplicado e bem comportado, tímido e caseiro, incapaz de “pisar o risco” em quaisquer circunstâncias. Não tínhamos muito em comum, a minha estratégia passou por falar com ele à porta da Tália na Sexta-Feira à tarde, aproveitando a presença da Luísa e outras colegas que, esperava eu, lhe tornasse mais difícil recusar. Fiz-lhe ver as vantagens de um convívio e baile, ao ar livre, sem adultos a vigiar, com toda a gente mais desinibida, principalmente a Ana Margarida, linda rapariga, elegante, uma das pérolas do Colégio. Uma oportunidade única! Ele falou pouco, pareceu algo intimidado mas também tentado, acabando por dizer que ia fazer o possível, o que me pareceu prometedor.
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Estudei um pouco à noite, relembrando assim aos meus surpreendidos pais que não o poderia fazer no dia seguinte, que estava destinado a aulas de manhã e actividades circum-escolares à tarde ….
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O dia amanheceu magnífico, com temperatura primaveril e cheio de sol, os deuses estavam connosco! A manhã durou uma eternidade e ninguém, excepto por significativos olhares, se referiu ao programa da tarde. Ainda por cima separados das nossas colegas, já que elas tinham Lavores e nós íamos para a Mata em duas horas híbridas e mal definidas de escutismo, mocidade portuguesa e desporto.
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Tomei banho e almocei num piscar de olhos, empacotando depois umas sandes e um sumo, supostamente para os “escuteiros visitantes”, num embrulho onde consegui incluir o pick-up portátil da minha irmã e umas pilhas sobressalentes, roubadas de uma lanterna que o meu pai mantinha devido aos constantes cortes de luz caldenses. O meu esmero na escolha da roupa causou alguma estranheza:
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- Mas isso é um passeio ou uma festa de gala? – brincou a minha mãe.
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Claro que tudo se saberia: que não havia escuteiros, que o gira-discos e as pilhas tinham desaparecido, mas isso seria amanhã. E "amanhã" (particularmente se um amanhã sombrio) é algo que não existe aos quinze anos!
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Encontrei a Ana Margarida ao sair de casa, que me perguntou logo se o Jorge ia. Respondi-lhe:
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- A minha estratégia de o “picar” um pouco em frente às raparigas, ontem à tarde, foi certamente infalível. Podes estar descansada! – respondi.
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Ela seguiu, satisfeita, para se ir encontrar com mais colegas e recomendando-me, meio a sério, meio a brincar, que não perdesse tempo nos matraquilhos ou outras diversões do género.
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Rumei a casa do Mário, onde seria o encontro. Estavam lá alguns dos meus amigos e esperámos mais um pouco pelos eternos retardatários. Pouco depois da hora combinada, estávamos no local da festa. Ainda éramos poucos, vi logo que a Luísa, a Ana Margarida e o Jorge ainda não tinham chegado.
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Montámos o pick-up, espalhámos os comes e bebes numa das mesas de pedra, ignorámos uma família que, noutra mesa, terminava a sua refeição enquanto nos lançava olhares incomodados, e iniciámos a festa.
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O Paulo tomou conta das operações e percebeu-se, embora mal, que já tocava o magnífico “Paper Sun”, dos Traffic.

Outros discos iam sendo manuseados e sugeridos pelos presentes, cada um querendo que os seus hits favoritos tocassem primeiro, e mais vezes. Ninguém parecia preocupado, mas o som era péssimo, aquele portátil não tinha sido concebido para ser ouvido nem ao ar livre nem a mais de dois metros…
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Entretanto eu já tinha recebido duas más notícias: o Jorge, claramente intimidado pelas minhas promessas de uma tarde inesquecível nos braços da Ana Margarida, não vinha. O seu orgulho masculino não vencera a sua timidez…. A Luísa, que tinha ouvido essa mesma conversa na véspera, mandara-me um curto bilhete dizendo que a presença de “uma pérola” que merecia da minha parte tão entusiásticos elogios tornava certamente desnecessária a sua presença!
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Indisfarçavelmente desiludida, a recém-chegada Ana Margarida roía triste e distraidamente uma unha. Lamentei por momentos os resultados do meu “plano infalível” e o desmoronar de tantas expectativas...
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Mas percebi que não valia a pena chorar sobre o leite derramado quando a Ana Margarida, esquecendo a unha que roía, me agarrou a mão (eu nem reagi, olhei apenas para ela, admirado) e me disse:
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- E se dançássemos esta, enquanto as pilhas do pick-up não acabam?
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João Jales
(este conto é dedicado ao Pedro,
que estaria lá se isto tivesse acontecido)
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C O M E N T Á R I O S
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Manuela Gama Vieira disse:
Debrucei-me "À Janela do ERO" e avistei um excelente texto da autoria do João Jales. Claro que comecei a lê-lo pelo "princípio"...e assisti, lá da minha Janela,ao filme "Paper Sun" com um guião e um enredo muito engraçados e uns personagens do melhor que podia haver,não fossem eles(as) alunos(as) do ERO.
Das "mentiras piedosas" estudadas ao pormenor, com planos A e B para que nada falhasse ante os olhos dos Pais, o "surripiar" do gira-discos à irmã, as pilhas ao Pai - ai, a isso é que eu não me atrevia...- e depois..."logo se vê" (o plano C pode esperar...com uma irmã sempre é menos difícil,especialmente se não for queixinhas...),as secretas cumplicidades inter pares para dar um empurrãozinho...aos amores platónicos dos(as) amigos(as)...Afinal, no dia do piquenique, tudo era importante,o futuro era já hoje,naquele dia.
Não sei se consegui transmitir o quanto apreciei o texto,o retrato daqueles anos,o bom senso,a alegria e a irreverência da nossa Juventude,contra tudo e contra todos(as deliciosas "mentiras piedosas"de que o P.e Renato,com um sorriso cúmplice,não deixaria de nos mandar penitenciar...) não sei mesmo! É que...quando escrevi estas linhas,já tinha LIDO e VISTO o final do texto do João Jales!
Nesse momento, aqui "À Janela do ERO", avistei a paisagem da SOLIDARIEDADE,e aí, os meus OLHOS avistaram a grandiosidade deste texto assinado pelo espírito nobre,sensível e generoso do João Jales,dedicando-o ao Pedro Nobre!!!
A emoção tomou conta de mim! Quarenta e tantos anos volvidos,há laços inquebrantáveis,há um espírito,há uma corrente,há,enfim,como dizia Luís de Camões,"...um não sei quê, que nasce não sei onde...",que não me permite dizer mais nada,senão:
-Pedro,estimo muito sinceramente as sua rápidas melhoras!Jales...sem o dizer,já disse TUDO!
Manuela Gama Vieira
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Isabel S disse...
Sou uma fã incondicional deste teu diário recuperado ou reinventado,não interessa para o caso,não deixo nunca de me surpreender como é que ainda tens guardados tantos acontecimentos,com todos os detalhes e pormenores,para nos contares.
Está lá tudo -os amores,os planos para escapar à disciplina dura,a importância da música,a nossa vida,enfim- de uma forma como só tu sabes escrever.
E até eu pareço escrever com mais facilidade a falar de uma coisa que gostei tanto!IS
PS-As melhoras e um bj para o Pedro,também!!!
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Júlia Ribeiro disse:
O João habituou-nos às delicias dos seus textos,mas à medida que sai um,mais me delicio a ler...
Como descreve um dia,um piquenique,que se tornou numa verdadeira aventura! Conseguio,e de um modo tão fácil,levar-me àquele estabelecimento de ensino chamado ERO,e avaliar,mais uma vez,o convívio,a camaradagem,a cumplicidade,as atitudes irreverentes dos jovens àquela época e muito mais....enfim,os bons anos do Ramalho Ortigão.Sinceramente gostei!
Está quase a fazer 2 anos que te conheci (17/11/07),mas deu para me aperceber da pessoa que és......
Assim como a ti,e que admirei muito,dedico umas palavras ao Pedro:
Persistência...Força....Coragem...essa vontade de Viver Vamos em frente....e uma rápida recuperação!
Um Abraço para o João e o Pedro
Júlia R
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Isabel Knaff disse:
Que maravilha de texto...e de piquenique!Excitantes todas as peripécias que antecedem o acontecimento, e que ansiedade vai no ar!
Pergunto-me se os nomes destes personagens serão fictícios...
Que simplicidade de solucão e tão directa para uma situação à partida um pouco complexa...mesmo próprio da idade
Tudo fica bem quando acaba bem.
Ate á próxima
beijinhos
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PS Que boa ideia do João dedicar este texto ao Pedro!
Se este episódio tivesse acontecido e ele lá estivesse, optimista como sempre, possivelmente a estória poderia ter outro fim!
Continuação de umas óptimas melhoras e um Feliz regresso a casa!
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Ana Carvalho disse:
Mais uma vez se confirma o que eu venho dizendo desde o 1º texto, o JJ é um excelente escritor, fecho os olhos e consigo imaginar tudo o que o João escreveu, até me parece que ouço a musica a tocar...de certeza que o Pedro tambem vai adorar. Para ele, as melhoras
Bjs
PP.
Quando é o lançamento do teu livro João?
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Luisa disse:
Parabéns pela tua "estória",como tu dizes,que mais uma vez me encantou e me pôs a reviver uma época feliz,com banda sonora a condizer.
Tenho ideia que este piquenique não é tão virtual como pareces querer dizer na dedicatória ao Pedro e até me parece que (.......................), mas tu é que sabes!
Achei bem dedicares o escrito ao Pedro,espero que ele já o possa ler,seria sinal que estava realmente melhor,o que eu desejo. L
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jorge disse...
não vale a pena repetir o que já aqui foi dito,apenas acrescentar que a mescla de informação e divertimento que constituem estes contos são muito bem escritos.tem razão a ana carvalho ao sugerir que passes a uma obra de maior folego.o final é bom,mas gostei muito das considerações sobre a importância de conhecer a música e ter os discos como forma de prestígio entre jovens.jorge
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3 comentários:

Anónimo disse...

Debrucei-me "À Janela do ERO" e avistei um excelente texto da autoria do João Jales. Claro que comecei a lê-lo pelo "princípio"...e assisti, lá da minha Janela,ao filme "Paper Sun" com um guião e um enredo muito engraçados e uns personagens do melhor que podia haver,não fossem eles(as) alunos(as) do ERO.
Das "mentiras piedosas" estudadas ao pormenor, com planos A e B para que nada falhasse ante os olhos dos Pais, o "surripiar" do gira-discos à irmã, as pilhas ao Pai - ai, a isso é que eu não me atrevia...- e depois..."logo se vê" (o plano C pode esperar...com uma irmã sempre é menos difícil,especialmente se não for queixinhas...),as secretas cumplicidades inter pares para dar um empurrãozinho...aos amores platónicos dos(as) amigos(as)...
Afinal, no dia do piquenique, tudo era importante,o futuro era já hoje,naquele dia.
Não sei se consegui transmitir o quanto apreciei o texto,o retrato daqueles anos,o bom senso,a alegria e a irreverência da nossa Juventude,contra tudo e contra todos(as deliciosas "mentiras piedosas"de que o P.e Renato,com um sorriso cúmplice,não deixaria de nos mandar penitenciar...delas) não sei mesmo! É que...quando escrevi estas linhas,já tinha LIDO e VISTO o final do texto do João Jales!
Nesse momento, aqui "À Janela do ERO", avistei a paisagem da SOLIDARIEDADE,e aí, os meus OLHOS avistaram a grandiosidade deste texto assinado pelo espírito nobre,sensível e generoso do João Jales,dedicando-o ao Pedro Nobre!!!
A emoção tomou conta de mim! Quarenta e tantos anos volvidos,há laços inquebrantáveis,há um espírito,há uma corrente,há,enfim,como dizia Luís de Camões,"...um não sei quê, que nasce não sei onde...",que não me permite dizer mais nada,senão:
Pedro,estimo muito sinceramente as sua rápidas melhoras!
Jales...sem o dizer,já disse TUDO!

Manuela Gama Vieira

Isabel Esse disse...

Sou uma fã incondicional deste teu diário recuperado ou reinventado,não interessa para o caso,não deixo nunca de me surpreender como é que ainda tens guardados tantos acontecimentos,com yodos os detalhes e pormenores,para nos contares.
Está lá tudo-os amores,os planos para escapar à disciplina dura,a importância da núsica,a nossa vida,enfim-de uma forma como só tu sabes escrever.E até eu pareço escrever com mais facilidade a falar de uma coisa que gostei tanto!IS
PS-As melhoras e um bj para o Pedro,também!!!

jorge disse...

não vale a pena repetir o que já aqui foi dito,apenas acrescentar que a mescla de informação e divertimento que constituem estes contos são muito bem escritos.tem razão a ana carvalho ao sugerir que passes a uma obra de maior folego.o final é bom,mas gostei muito das considerações sobre a importância de conhecer a música e ter os discos como forma de prestígio entre jovens.jorge