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O 10 de Junho era um feriado estranho, em que a exaltação do nacionalismo se misturava com a universalidade de Camões e as contingências da Gerra Colonial. Nunca houve uma orientação coerente nas comemorações ou eu, como o autor, nunca a compreendemos.
O final dos anos em que não havia exames equivalia realmente o início de 3 a 4 meses de férias. Nunca isso significou menor rendimento escolar e sim uma adequação ao clima mediterrânico em que vivemos. A excepção eram os anos de exame em que se fazia um pequeno sacrifício.
A redução das férias escolares não me parece ter servido a qualidade do ensino mas sim as necessidades das famílias numa época posterior em que, por ambos os pais trabalharem, não era fácil “ocupar” os jovens. Como nos anos 60 havia muitas mães que não trabalhavam, muitos avós disponíveis e os riscos de “morar” na Foz de manhã e no Parque à tarde era nulo, esse problema não existia.
Também no meu ano havia muitos alunos com ligações familiares a terras do interior Norte e Centro de Portugal. Além dos colegas da periferia que desapareciam no Verão, muitos tinham família na Beira Interior, Minho e Trás-os-Montes. Curiosamente muito poucos dos meus colegas e amigos tinham os avós nas Caldas. Tinham cá avós muitos jovens lisboetas que vinham passar o Verão nas Caldas. Deve estar aqui um curioso movimento migratório para ser analisado.
As Belgas acampadas em S. Martinho, já referenciadas em vários textos publicados na série “Locais de Encontro”, eram um “desassossego” para os jovens caldenses. Chegaram a aparecer em bandos no Casino, em “matinés” destinadas à miudagem (às Quintas e Sábados à tarde) mas que, com a sua presença, se transformavam em bailes normais e muito concorridos.
Os livros e a música eram um factor de agregação (e segregação) entre os grupos que liam (ou não liam) e ouviam (ou não ouviam) as mesmas coisas. E marcavam indelevelmente quem gostava ou não de determinados autores e compositores.
A abertura de uma sala de jogo e convívio exclusiva para a malta nova no Casino é de 1969. Está descrita nas notas ao depoimento do Miguel B M.
O final dos anos em que não havia exames equivalia realmente o início de 3 a 4 meses de férias. Nunca isso significou menor rendimento escolar e sim uma adequação ao clima mediterrânico em que vivemos. A excepção eram os anos de exame em que se fazia um pequeno sacrifício.
A redução das férias escolares não me parece ter servido a qualidade do ensino mas sim as necessidades das famílias numa época posterior em que, por ambos os pais trabalharem, não era fácil “ocupar” os jovens. Como nos anos 60 havia muitas mães que não trabalhavam, muitos avós disponíveis e os riscos de “morar” na Foz de manhã e no Parque à tarde era nulo, esse problema não existia.
Também no meu ano havia muitos alunos com ligações familiares a terras do interior Norte e Centro de Portugal. Além dos colegas da periferia que desapareciam no Verão, muitos tinham família na Beira Interior, Minho e Trás-os-Montes. Curiosamente muito poucos dos meus colegas e amigos tinham os avós nas Caldas. Tinham cá avós muitos jovens lisboetas que vinham passar o Verão nas Caldas. Deve estar aqui um curioso movimento migratório para ser analisado.
As Belgas acampadas em S. Martinho, já referenciadas em vários textos publicados na série “Locais de Encontro”, eram um “desassossego” para os jovens caldenses. Chegaram a aparecer em bandos no Casino, em “matinés” destinadas à miudagem (às Quintas e Sábados à tarde) mas que, com a sua presença, se transformavam em bailes normais e muito concorridos.
Os livros e a música eram um factor de agregação (e segregação) entre os grupos que liam (ou não liam) e ouviam (ou não ouviam) as mesmas coisas. E marcavam indelevelmente quem gostava ou não de determinados autores e compositores.
A abertura de uma sala de jogo e convívio exclusiva para a malta nova no Casino é de 1969. Está descrita nas notas ao depoimento do Miguel B M.
Sobre o Casino não deixem de ler também o artigo da Belão e a "resposta" da Luisa Nascimento.
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JJ
1 comentário:
Também me lembro duma história com o XIXAS.Depois da eleição ...penso que da rainha e rei dum Carnaval(ela vestida de sereia com um biquini e uma rede com conchas,ele de indio). O Xixas resolveu levar-nos á Foz para eles se vestirem ,num 2 cavalos que teimava em não pegar!!todos nós empurrávamos o carro e eu dizia....Xixas empurra !!!e um bebado local ,ao lado do carro e a apreciar a miúda de biquini comentava:
é só "chicha"é
Já não estou com ele há uns anos
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