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Fernando Jorge Sousa
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Não sei se é um livro para ler na adolescência, se não será antes um Livro com L grande, em qualquer idade.
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Sei que o li nos meus 16 anos, idade das grandes paixões, agravadas por essa doença hormonal que passa com a idade, a adolescência. E que me marcou, e que continua a ser um dos meus livros de referência.
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Boris Vian não é um autor na moda, está mais esquecido que presente, não é fashion nem trendy. "Le déserteur" foi uma canção de um tempo, do tempo das guerras e utopias dos anos 50 e 60. Boris Vian foi um dos últimos românticos, no sentido libertino (do século das luzes), que é humanístico, libertário, amoroso, licencioso também, simultaneamente ético e amoral... de um tempo em que sê-lo podia ser um acto político e de afirmação de liberdade. Hoje seria politicamente incorrecto, alvo de muitos fundamentalismos...
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Foi um homem global, um humanista, actor, poeta e escritor, jornalista, crítico e músico de jazz, compositor, por vezes pintor, e outras que eventualmente me passarão.
As suas peças são tão virulentos como as de Brecht, mas passaram ao lado, ele não foi compagnon de route dos amanhãs que cantam...
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Em Boris Vian a vida foi maior que a ficção. Contemporâneo de James Dean, ele viveu fast & died young, num tempo em que a ficção podia ainda ser realidade...
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Hoje ainda, ler e ouvir Boris Vian é um acto estético e poético. Coisas que faltam muito nos tempos que correm.
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FS
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C O M E N T Á R I O S
- Ainda hoje recordo a minha descoberta de Boris Vian: "A espuma dos Dias", lido numa tarde de uma assentada, em 1977, num quarto alugado no Porto. Completamente fascinada, nunca mais me curei. Li e reli muitas vezes tudo o que encontrei. E tive o privilégio de participar numa das suas peças: "Shmürz", no Teatro Experimental do Porto.
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- Boris Vian, num registo leve e divertido:
5 comentários:
Ainda hoje recordo a minha descoberta de Boris Vian: "A espuma dos Dias", lido numa tarde de uma assentada, em 1977, num quarto alugado no Porto.
Completamente fascinada, nunca mais me curei. Li e reli muitas vezes tudo o que encontrei. E tive o privilégio de participar numa das suas peças: "Shmürz", no Teatro Experimental do Porto.
Que viva Vian!
Ainda hoje recordo a minha descoberta de Boris Vian: "A espuma dos Dias", lido numa tarde de uma assentada, em 1977, num quarto alugado no Porto.
Completamente fascinada, nunca mais me curei. Li e reli muitas vezes tudo o que encontrei. E tive o privilégio de participar numa das suas peças: "Shmürz", no Teatro Experimental do Porto.
Ainda hoje recordo a minha descoberta de Boris Vian: "A espuma dos Dias", lido numa tarde de uma assentada, em 1977, num quarto alugado no Porto.
Completamente fascinada, nunca mais me curei. Li e reli muitas vezes tudo o que encontrei. E tive o privilégio de participar numa das suas peças: "Shmürz", no Teatro Experimental do Porto.
Boris Vian, num registo leve e divertido:
http://www.youtube.com/watch?v=sKziJEi1kvk
P.Bandeira
Alguem me consegue fazer um resumo sobre o livro, a espuma dos dias, de Boris Vian, queria lê-lo mas queria saber se valeria a pena. obrigada
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