ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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Outros Comentários a "Os Locais da Belão"

Perante o volume dos comentários ao artigo da Belão decidimos colocá-los num artigo à parte. Ainda cabem mais, podem continuar a escrever!
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23-05-2008
Isabel disse:
Gostava de acrescentar que, como raramente podia ir ao Casino, o artigo da Belão veio exactamente dar-me a conhecer o quão divertido e descontraído era o ambiente! E é claro que me veio tambem fazer ver o que eu involuntáriamente perdi!!! Uma descrição muito bem feita, vivída e cheia de interessantes detalhes, que me fizeram rir ao imaginar as cenas.
Adorei ler os comentários ao artigo, que tambem esses vieram com muita informação e imenso humor. Relembrei o Xaranga que, das poucas actuacções que vi, deu para ficar devota fã do grupo.
Que pena que o Casino não foi preservado para que as gerações seguintes pudessem usufruir deste tão valioso ponto de encontro!
Até á próxima. Bjs Isabel Caixinha
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21-05-2008
Zé Carlos Faria
Muito me ri com «os locais da Belão»!Com a eleição da Miss Praia, convêm dizer que quando se fala em biquini, trata-se evidentemente de uma figura de estilo: As duas peças (três, se contarmos com a cinta) do dito cujo, davam tecido que, com um pouco de imaginação, chegaria para um vestido, mas enfim... Se a memória não me falha, o próprio apresentador (um pintas sobrecarregado de brilhantina e com laço foleiro), congregou também uma votação apreciável, que o deixou muito bem posicionado no meio das beldades.
E por falar em beldades, Joana Lajes, o que é feito de si? Inolvidável a sua maquilhagem, a sua capelina, a sua fina perna esgalgada, os seus saltos altos, o donaire com que recebeu o bouquet que consagrava o seu triunfo...Isto de votações nestes eventos, tinha muito para contar. Por exemplo, quem ganhou a eleição do «homem mais feio» quem foi, quem foi? Pois fiquem sabendo que tal distinção coube a este vosso amigo e admirador. Olaré! (Deve ter sido o único concurso que ganhei; estou como o Woody Allen que jurava apenas ter ficado em primeiro lugar uma só vez e que essa tinha acontecido nove meses antes do nascimento). Claro que o escrutínio foi convenientemente arregimentado, dado que o prémio era uma garrafa de ginja, (não se podia perder), a qual desapareceu de imediato na consagração, dividida fraternalmente e emborcada pelo núcleo duro do «staff» da campanha eleitoral. Justíssimo, até porque deu trabalho conseguir maioria absoluta, o que é que pensam?Ainda duas estórias nos bailes do Clube de Recreio (era assim que se chamava. Depois foi Casa da Cultura e também dei para esse peditório):
A primeira tem a ver com uma entrada estentórica, num baile que me garantem ter sido de Carnaval (e eu acredito), de um grupo (Pedro Maldonado Freitas, Rui Hipólito, Zé Lemos e este escriba, entre outros) empunhando garrafão de tinto e pandeiretas, debaixo de um pano pintado, sustentado em dois paus de vassoura, que apregoava: «Grupio Racreativo, Coltural, Esportivo e Iscurçionista do Xungóbaile, Mátóbicho e Arrastópé». A coisa deu brado, houve fotografias para a posteridade (que não sei por onde param) e acabou num delicado jogo de «carne sem osso», com vozes e embalagem dadas no bar e liça no Salão (convirá esclarecer, para os mais distraídos, ser partida que se disputava com duas equipas, uma que amochava e outra que lhe saltava para a lombeira, tentando concentrar todo o peso em cima dum desgraçado tido por mais vulnerável. A finalidade era, num dado período contado em voz alta imediatamente após o salto do último dos contendores, fazer derrubar os adversários, sendo obrigatório manter o equilíbrio instável daquele tudo-a-monte em cima dos costados dos outros. Depois invertiam-se os papéis. Elegantíssimo, como se poderá constatar!...).
A segunda historieta dá-se, quando num dado momento se soube que naquela noite se pagava bilhete. Que fazer? Então, janela junto ao palco, protegida por pesado reposteiro, estrategicamente deixada entreaberta ao fim da tarde e com a função já começada, um grupo de para aí uma dúzia (e que integrava mais ou menos os mesmos do episódio anterior) postados em bicha (agora parece que se diz fila), um a um, a entrar de mansinho e pela sorrelfa. A meio da intrusão, houve um penetra que se desequilibrou no parapeito e irrompeu vertiginosamente pelo meio do cortinado, concluíndo com uma aterragem abrupta na mesa, para susto e espanto dos convivas. Sacudiu-se e justificou-se: «Minhas senhoras, queiram desculpar e não se preocupem. Já só faltam mais cinco!...»
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20-05-2008
Higino Rebelo disse:
Fidelissima a descrição das vivências no "Casino" feita pela Belão.E bem me lembro do Bettencourt (Xixas) ser um bailarino de referência pois arrebatava, invariávelmente, o 1º. prémio nos concursos de dança - eu ainda arrebatei um terceiro prémio com uma prima do Manuel Gerardo, tendo levado uma mini-garrafa de Gin para casa.Sobre a eleição, no verão de 1970, da Miss Praia Foz do Arelho creio que tudo começou com a colocação de um cartaz, não sei por quem, perto do Casino onde se podia ler: "hoje à noite no Casino do Parque Feira do Gado". Depois aconteceu o que já foi descrito, lembro-me de também ter feito campanha a favor da candidata vencedora mas já não me lembro de quem foi a iniciativa, tendo esse evento culminado no dia seguinte com a respectiva reportagem no jornal organizador "A Capital" com uma chamada na primeira página onde se podia ler em letras garrafais ELEIÇÃO MISS PRAIA FOZ DO ARELHO - POR GOSTO OU POR GOZO? e onde constava também a nota biográfica da Miss que era dispenseira no Hospital de Santa Maria. Higino Rebelo
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20-05-2008
Miguel B M disse:
O texto da Belão é excelente (vou dizer-lhe pessoalmente, e ainda me lembro dos seus famosos olhos) e retrata com fidelidade e minúcia aqueles anos e o local descrito. Acrescento que o Júlio Pereira era conhecido no back stage por "macaco vestido ".E felizmente transparece do artigo que o casino era um local aberto em que se estava bem e em que não havia descriminações. Pelo menos lá dentro pois se as havia até à porta de entrada creio que o casino em si seria alheio a essa situação. Apenas me recordo do Rui de Mascarenhas por ocasião de um memorável concerto no recinto das bicicletas, no parque, em que foi montado um palco, e que estava repleto. O concerto começou com o som dos "Pauliteiros " e ele entrava de rompante em palco já a cantar , perante o delírio da assistência. Ao estilo da entrada do Rod Stuart no estádio do Restelo em 1983 (o tal concerto em que passei umas horas na esquadra de Belém e de que já falei aqui antes). No final do espectáculo, ao entrar na Zaira com os pais, foi novamente recebido por enorme ovação. Não me perguntes o ano que não faço a mínima.
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20-05-2008
João Ramos Franco disse:
Gostei muito de ler o artigo e os comentários. Gostaria de acrescentar que a vivência no Casino no final da década de cinquenta, início da de sessenta era bastante mais austera. Era director o dr. Alcino Coelho, que exigia um comportamento mais rígido. Fiquei satisfeito de conhecer essa evolução no sentido de um espaço mais aberto! João R F
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19-05-2008
São Caixinha disse:
Adoro ler estas estórias do casino e desta vez do ponto de vista feminino!! A Belão conta-as como se tivessem acontecido ontem...quase que me fez sentir como se tivesse outra vez 16 anos! Obrigada Belão...vou ler mais vezes!!
Um beijinho, São Caixinha
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19-05-2008
Fernando disse:
A Belão fala-nos do casino familiar e acolhedor que todos conhecemos e apreciámos! Mas talvez o Jales pudesse ter ido mais longe no casino um pouco “louco” de que eu e ele nos lembramos….
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19-05-2008
Fernando Santos disse:
Todas as noites venho aqui ver o blog, e noite após noite, cada vez me sinto mais surpreendido com os seus bem documentados comentários. Sempre apreciei pessoas cultas que me permitem aprender algo mais. Os meus parabéns pelo seu belo trabalho que certamente é fruto de muitas noites perdidas. O meu obrigado. Fernando Santos.
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19-05-2008
Guidó disse:
Ao fim destes anos todos de convívio amigo com a Belão, fiquei agora a saber o nome dela. O diminutivo sabia que estava relacionado com o facto de ser para o roliço, mas sinceramente sempre me lembro de ti elegante. O que eu também lembro bem é essa cara de catraia que sempre tiveste e ainda hoje manténs. É o que se chama um sorriso ladino.
Memórias.....
Crapô, há quanto tempo não me lembrava deste jogo.
Dos bailes do Casino e dos seus preparativos também me lembro e de rimel daqui sombra de acolá, lá nos achávamos mais bonitas, ou por certa menos inseguras, naquela idade em que sempre supúnhamos estar mal.
Agora acho que foste injusta
"O menino Rui Hipólito era perito nessas andanças!" Pode lá ser, isso roça a ofensa moral do moço.
Gostei de saber dos bons dançarinos, das tuas recordações de cantores que passaram por aqui e do especial destaque dos Xaranga Beat.
Um bj amigo
da
Guidó
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19-05-2008
Luísa disse:
Que saudades do Casino!! Mas eu ia só de vez em quando, não era como a Belão… bons comentários do João, não achei longos demais, acho é que ele devia ter escrito ele também sobre o casino já que deve ser quem sabe mais histórias do nosso tempo.
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19-05-2008
Isabel Silva disse:
Olá João!
Bem, tenho a dizer-te que foste excelente nos teus comentários. Ainda não parei de rir!
De facto há muitas coisas de que não falei. Não me queria alargar muito.
Quanto ao famoso par do baile da Chita a quem falhou a medalha de ouro, tenho uma ideia de ter dançado contigo um tango, lá isso tenho. Mas isto é de facto " como as cerejas", atrás de umas... Lembro-me bem de um episódio que nos teve como protagonistas:
Certo dia, eu e o menino João Jales caminhávamos na Rua Camões em direcção ao Casino, quando fomos abordados por uma cigana que se ofereceu para nos ler a sina.
Aceitámos o "desafio" e o nosso destino seria: " Eu iria ser muito feliz e casar com um rapaz muito alto (estão a perceber, não é?) e o João ia ser muito feliz com uma rapariguinha bem disposta e gorduchinha (claro, nem podia ser outra coisa!). Eu ri-me bastante e o João também, até ter de lhe dar a moedinha!
Não acho nada bem, João, que não queiras revelar quem eram os autores das sabotagens! Mas olha que me lembro do Rui Hipólito na 1ª fila, sorriso maroto, a aplaudir o desfile da vencedora e sua cinta! Será por isso que no ano seguinte não te deixaram entrar no Facho? Será que a tua reputação chegou a S. Martinho? É provável. Alguém me ajuda a desvendar este mistério?
Também tenho uma vaga ideia sobre o tal travesti a quem o Dr. Calheiros Viegas enfiou 2 xoxos pela vitória. Mas mesmo muito vaga! Ei, alguém se lembra disto?
E muito mais haveria a contar, certamente.
Obrigada João pelos esclarecimentos e acima de tudo pelo humor com que os transmites.
Bjo
Belão

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