ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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R E S P O S T A S

José Carlos Abegão para Artur Alves :


Embora não consiga identificar o Artur Alves, já que havia muitos alunos com o mesmo nome, consigo perceber que este Artur é mais velho do que eu. Talvez por causa disso eu concorde com algumas das suas opiniões. No entanto permita-me discordar de algumas delas, bem como do modo como foram apresentadas.

Assim, a juventude caldense por mim referida diz respeito aos jovens que viviam na cidade das Caldas da Rainha e não à outra oriunda das freguesias rurais que frequentava quase em exclusivo a Escola Comercial e Industrial. Daí ser muito natural que o ponto de encontro desta juventude fosse a central de camionagem e/ou a estação dos caminhos-de-ferro, aquando do regresso a casa.

Depois de esclarecido este item, passo a abordar estoutro. Não me parece que a animosidade entre os alunos das duas escolas fosse assim tão profunda quanto o Artur quer fazer querer. Era lógico que o convívio entre os alunos das duas escolas se fizesse nos locais públicos já referidos (Maratona, Floresta, Taiti, cave do Central, Marinto, etc…) sem qualquer espírito discriminatório ou segregacionista. Acontecia. Também é óbvio que o facto de se residir nas Caldas tornava a associação mais fácil, na medida em que não havia sujeição a horários de transportes públicos.

Cabe-me agora contradizer o Artur sobre o facto de que era nossa a opção por uma das escolas. A realidade é bem outra. Pensa bem, ó Artur! Achas que eu optaria por ir para a Escola Comercial e Industrial, sabendo que esse seria o caminho mais sinuoso para alcançar o ensino superior? Cheguei lá por estradas secundárias quando podia chegar por auto-estradas! Como vês, foi mesmo o dinheiro que falou mais alto! Ou por outra, a falta dele! As propinas do Colégio estavam bem acima da média e era-me incomportável o seu pagamento. Apesar disto, nunca me senti discriminado por ser aluno da Escola nem os alunos do Colégio eram meus inimigos.
Como se pode ver, não foi a diferença socio-económica que impediu a junção destes dois grupos de jovens que apenas tinham por objectivo conviver. E este convívio era natural fosse nos cafés, no futebol, ou no parque da cidade, durante as férias, e para toda a gente, e não só para os alunos da Escola Comercial e Industrial, como o Artur afirma no seu texto.

Não quero acabar este meu esclarecimento sem antes referir que o Artur foi um pouco deselegante para com o Dr. Bento Monteiro, dizendo que ouviu muitas “galgas” nas suas aulas. Com “galgas “ou sem “galgas”, todos os alunos gostavam bastante daquelas aulas.

O tempo escasseia para uma melhor e mais vasta resposta ao Artur. Facto que lamento sem perder a esperança de que tempos atrás de tempos vêm e eu terei o meu no tempo devido.

Até lá!
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José Carlos Abegão
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Artur Alves para autores dos comentários:
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Caro JJ:
Que surpresa! Volto de um fim de semana prolongado e nem quero acreditar!! Pegaste num desabafo que era só para ti e para o Abegão e publicas no blogue e os copinhos de leite do Ero nunca mais param. Valentões…

Bem, nem todos... Ainda houve quem me fizesse justiça!! Li tudo e até reli alguns (teve que ser porque sou um bocado ignorante e tenho um q.i. pequenino como dizem para aí....) e afinal ninguém me desdisse. Ou estou enganado??? Barafustaram, até parece que iam fazer queixinhas, deram-me pancada mas a verdade do que eu escrevi ninguém contestou. Fico na minha!!

Nem acho ter partido loiça nenhuma e não insultei ninguém … não disse que ninguém era estúpido … que não sabia escrever … que bebia veneno ou vinagre ao pequeno almoço…. ou que era assim porque era deste ou daquele partido ….. ou que o JJ devia riscar os textos de quem não estava de acordo comigo!!! (nem falo de nomes tás a ver, )Parece-me a mim que que quem fez aqui figura de malcriado até não fui eu.Ou estou outra vez enganado??? E até alguns vieram dizer que eu estava certo. Gostei de ler. E quero agradecer!!

Mas não volto a escrever mais nada no vosso blogue!! Não dá para ter uma conversa assim.... Alguns copinhos de leite ainda estão piores do que há 40 anos… Isso é ficou demonstrado!!!

Quanto ao copo, até pode ser. Um dia que volte a Portugal, vamos ver se mantens a promessa…. Um copo contigo e com o Abegão.

Artur
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COMENTÁRIOS
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Recebemos hoje, quase simultaneamente, as duas mensagens que acima reproduzimos. Nenhum delas responde pois à outra já que, quando foram escritas, eram mutuamente desconhecidas. São dois registos diferentes, mais sereno e ponderado o Abegão, mas continuo a não ver nestas palavras do Artur qualquer espécie de insulto .
Ambos exercem o seu direito de resposta: o Zé Carlos Abegão ao primeiro texto do Artur e este aos comentadores do seu artigo .
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Podem ler todos os desenvolvimentos anteriores em
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Como disse, a resposta do Abegão é cordata e moderada, reconhecendo até razões ao Artur. O Artur é, como sempre, provocador, mas não mais que isso. Não comento as análises e considerações para não reivindicar o direito a uma espécie de "palavra final" sobre o assunto. Penso que não existe "uma verdade" sobre ele e, se existisse, não seria eu o seu detentor.
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O artigo do Artur era constituído pelos seus comentários e foi publicado com a sua autorização inequivocamente expressa. Não houve qualquer "surpresa".
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Há só um aspecto que me envolve pessoalmente e sobre o qual tenho que dizer duas coisas. Publiquei o artigo do Artur porque considerei não haver qualquer insulto a ninguém. Mantenho essa opinião. Refere o Abegão que são deselegantes as palavras sobre o Dr. Bento Monteiro e as suas aulas. Recordemos o texto:
"...o Pai dele, que foi meu professor, contava umas galgas da caça e pesca mas não dizia bacoradas dessas" .
Não há qualquer referência às aulas do senhor ou às suas qualidades como professor ou pessoa. Apenas uma referência ao hábito, conhecido por todos quantos com ele privam, de "enfeitar" as suas aventuras de caça e pesca com floreados que as tornam mais divertidas para os ouvintes. O termo "galga" não me parece ofensivo neste contexto (caça e pesca), eu talvez usasse "efabulações", mas admito que o Artur use outro...Até acrescenta que o Dr Bento Monteiro não dizia bacoradas o que, não sendo talvez grande elogio, não é certamente um insulto. Por isso publiquei, apesar de não apreciar o estilo provocatório e o tom radical e pessoalmente empenhado, que prejudicam a apreciação das virtudes do texto. Como o Miguel, justamente, observou nos seus comentários.
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JJ

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