ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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Breves notas e comentários a "Os Locais do Artur Alves"

BREVES NOTAS E COMENTÁRIOS
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Este texto, depois de corrigidas algumas gralhas, foi publicado com plena autorização do autor. Foram acrescentadas as fotos, do nosso arquivo, e a citação de outro artigo, a azul no original, foi colocada em itálico. Nada mais.
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Permito-me começar pelo fim: se o Artur não sabia quem ia ler a sua mensagem, agora sabe, todas as pessoas que visitam este Blog, onde não se contam só estórias do Casino e Ferro Velho.
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Todos os locais que refere constavam já noutros depoimentos, uma colega nossa elegeu até a paragem da sua camioneta como "local de encontro". Havia alunos da periferia no Colégio. Os artigos são já muitos, percebo que o autor não tenha lido tudo.
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Ninho de Víboras para designar a Zaira só ouvi anos depois, na altura os vendedores da Praça chamavam-lhe, com humor e algum espanto , a "Tasca das Mulheres".
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Datómetro na mão e estamos no final da década de 50, início de 60. Em 66 o Artur diz já ter acabado o Curso Comercial. Mas alguns episódios que refere são um pouco posteriores a isso. Será que esta datação que o texto aponta está correcta? O "desentendimento" que me envolve e ao Rui (e não Raul) Ferreira da Silva é já perto de 70, e está claramente exagerado, talvez para ilustrar melhor o seu ponto de vista. Uma troca de "bocas" mais acalorada entre alunos do ERO e da Escola, realmente com uma intervenção de terceiros (não me lembro quem), aparece aqui como uma cena de um filme do Trinità! Não foi bem assim.
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O Rui, eu e outros alunos do colégio vestíamos segundo os padrões da época, já o referi aqui duas vezes, e isso não agradava a toda a gente (começando no Director do Colégio). As estórias vão todas sendo contadas...
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O Artur, pelos vistos, ia ao Central. Como já referi eu só lá ia à cave, de resto era cliente da Zaira, pelo que não posso comentar as suas afirmações a respeito desse local.
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Confirmo que o João Serra é o mesmo que escreve na Gazeta e o Miguel é realmente o filho do Dr. Bento Monteiro, professor na Escola.
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A verdadeira designação do Casino era Clube de Recreio, o Clube de Inverno era outra entidade, que chegou a alugar as instalações do Clube durante o Inverno, quando este estava fechado. Desde o final da década de 40 que isso não acontece. Como o Clube de Inverno era (e penso que é) exclusivamente masculino, parece ter surgido a designação de Casino das Senhoras para o Clube de Recreio, posteriormente abreviada para Casino. Estamos de acordo que é criminoso manter um espaço daqueles, com aquela localização, fechado há anos.
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Mesmo não concordando com alguns dos seus pontos de vista, julguei o texto interessante e terei muito gosto em aceitar o convite para beber um copo com o Artur, quando ele vier às Caldas. A acrescentar à ginjinha e aos bolos já combinados, este não vai ser um Verão bom para a minha dieta!
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JJ
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01-05-2008
João disse:
Tio Artur: na minha aldeia você seria o tipo com cara de poucos amigos que à meia noite apita para mandar parar o baile. Em linguagem mais urbana, você é o tipo que gosta de fazer de elefante na loja das porcelanas.Só que há aqui um equívoco. O Artur não parece ter-se dado conta dele. Já não há baile. Já não há loja de porcelanas. Fechou tudo. Você não manda os pares para-casa-que-amanhá-é –dia-de-trabalho, porque o terreiro está vazio. Também não faz a casa em cacos porque a loja mudou de ramo. Acabou tudo há mais de 30 anos. Nós somos todos outras pessoas e apenas nos encontrámos para contar histórias. Somos como aquele personagem do Ray Bradbury que anda a contar o que desapareceu: as ervilhas, o cheiro do café, as molas que os ciclitas usavam para apertar as calças nas canelas, coisas assim. Só isso. João Serra
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01-052008
Ana Carvalho disse:
Ai que horror! Só agora li o artigo do Artur, que eu não faço a mínima ideia de quem é, achei que o Sr. não sabe mesmo do que estava a falar , os alunos ERO não eram assim e que eu me lembre o Casino tambem não, para mim era um espaço de convivio agradável. E olha que eu não fazia parte do que ele chama JET SET da época. Por causa destas e de outras é que se gerou alguma rivalidade Escola Comercial /ERO.
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01-05-2008
Luis António disse:
(...)havia quem não tivesse dinheiro para o almoço na Escola, e no Colégio, mas bem pior é beber vinagre ao pequeno almoço com parece fazer o Artur !!! Vê lá JJ se é desse "copo" que vais beber ......
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01-05-2008
Isabel Caixinha disse:
Respondendo ao elogio do Artur, tenho porém que o acordar para mais uma desilusão.A "garota"do Blog é hoje uma mulher de 50 anos e até avó.
Quando mencionei mentes abertas e tolerantes,não estava a referir-me a crânios, e sim mais concretamente ao conteúdo e atitudes.Esta abertura nada tinha a ver com politica.Quem lhe deu essa coloração foi o senhor.Os meus amigos do Central eram exactamente assim - Mentes abertas e tolerantes!
Tambem é pena que só leia partes dos depoimentos apresentados porque, e para exemplo, a grande maioria dos amigos que mencionei eram alunos da escola.
Acho muito normal que não me conheça porque a ver pela falta de respeito que denota no seu depoimento, nunca poderia ter feito parte de um grupo de amigos meus! Isabel Caixinha
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01-05-2008
Jorge disse:
Penso que nuinguém se revê neste depoimento,embora eu sendo do E.R.O. possa ser suspeito.Não sei se foi boa ideia publicar,eu preferia ignorar.Serve para quê?Dou razão ao Bonifácio: acabou tudo há 30 anos,Jorge
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01-05-2008
Miguel B M disse:
Comentário ao artigo (?) do Alves:
Nunca ouvi falar deste rapaz que insulta o meu Pai e me chama "menino copo de leite "sem fazer a mínima ideia de quem eu sou, o que faço, qual o meu percurso de vida. O meu Pai sempre me disse que não apreciava alunos com QI pouco elevado e daí eu entender o que foi escrito. Era inevitável que mais tarde ou mais cedo eclodiria uma ovelha ranhosa ressabiada e frustrada (diz-me, em que partido votas?) que se permitiu criticar coisas que ignora, nunca ouvi falar no episódio da Praça de Touros como um caso policial, desconhece a diferença entre Casino e Clube de Inverno e até baptizou o Rui FS com um novo nome. A propósito, tinha-te sabido bem que a Angelina te tivesse preferido a ti e não ao "mariquinhas" do ERO não era meu maroto ?E se ela era gira...E ficaste chateado por as alunas da Escola namorarem com os "mariquinhas"? elas deram-te muitas vezes com os pés? acho que já entendi este teu problema mas infelizmente tens mais. Embora certos considerandos que foram feitos sejam certamente verdade e seria estultícia ignorá-los (com o conteúdo do artigo uma pessoa com um mínimo de jeito e bom senso tinha elaborado um excelente texto sem necessidade de ser grosseiro) tb é verdade que o autor está totalmente deslocado da realidade que tem sido retratada no blog, destilando ódio acumulado ao longo destas décadas e disparando contra tudo e contra todos. Ainda bem que tens má pontaria, a tua pistola não funciona ou nunca te ensinaram a atirar. Deu-se ao luxo de criticar o artigo do Abegão que está correcto, é conciliador e retrata com muita fidelidade a realidade daqueles anos. Este espaço foi criado como um espaço de convívio e boa disposição e partia-se do princípio que não haveria insultos pessoais. Afinal foi puro engano. Mas os privilegiados do ERO (seriam fascistas?) não têm coração de pedra, sabem que é pedagogicamente errado, e até cruel, ignorar as pessoas que não estão bem com a vida e nem com elas próprias, que não tiveram a oportunidade de beber "copos de leite" (e chá) quando eram jovens (foram antes alimentadas com ácido e veneno) e assim, graças aos meninos, conseguiste o teu pequeno momento de glória. Se tivesses problemas respiratórios, eu curava-te. Como tens "maus fígados" não posso salvar-te.
PS: o blog não tem um caixote de lixo electrónico ou um vomitório ?
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01-05-2008
Belão disse:
Segundo o que me é dado a ler quando quero escrever algum comentário - "não serão autorizados comentários insultuosos"- não percebo como este foi publicado. Acima de tudo, o que mais lamento é que o Sr. Artur não tenha aprendido nada na escola: nem a escrever (o JJ teve de "emendar algumas gralhas"),nem a tornar-se uma pessoa bem formada e educada. E isso pouco ou nada tem a ver com posses económicas! Belão
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01-05-2008
João Ramos Franco disse:
Sr. Artur Alves
Deve estar a falar de uma outra Caldas da Rainha, porque aquela de que fala não conheço. Eu tenho quase 66 anos de idade e ao ler o que escreveu fiquei a pensar que tinha nascido num outro sitio que aquele onde a sua história se situa.
Mas deixemos de muitas palavras e mencionemos os amigos. Sendo estudante do ERO tenho como amigos meus da Escola Comercial: os Irmãos Leiria, Clóvis, Malhoa, Amadeu, Salvador (sapataria) e Irmão, José Coelho, Baptista, etc… Eles são tantos e participaram em tantas brincadeiras da minha juventude que no mínimo lhe perguntariam: Viveste nas Caldas?
João Ramos Franco
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02-05-2008
Zé Carlos Faria disse:
Acabo de votar no Sim, na sondagem que está em marcha e gostava de fazer uma pequena «declaração de voto»:
Tal como vem referido na introdução ao artigo, o blog ERO é um espaço sem censura, (o que não significa que não possa nem deva ter ponto de vista). Mas mais do que a ausência de censura (pressuposto mínimo, convenhamos), trata-se sobretudo de um espaço livre e aberto, alimentado por múltiplas fontes e que tem vindo a suscitar atenção, interesse, debate e reflexão. E isto é o fundamental! Não creio que haja alguém interessado num processo comunicativo amorfo, «unanimista» e num circuito fechado, o qual estaria assim condenado a ser um curto-circuito. A História faz-se de olhares e visões diferentes e do seu cotejo e confronto. Nestas circunstâncias, isso é extremamente salutar. De facto, existe uma dinâmica de leitura dos artigos e ela desencadeia o impulso de emitir opinião. Será possível pedir melhor?
Na sua diversidade, o blog está vivo e recomenda-se...
Aquele abraço! JCF
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02-05-2008
São Caixinha disse:
O Serra disse elefante?! Eu diria mais mamute e na loja da Vista Alegre! Louvado seja Deus...tenho pouco a acrescentar à vossa impressionante lista de reacções, na realidade! Porém, eu que tive inúmeros amigos da Escola ( amigas e namorados também!) nunca encontrei justificação para as rivalidades de que ocasionalmente ouvia falar! Até hoje, bem entendido!! Ora bem, sempre serviu para alguma coisa! E não digam que não continuamos a aprender...!!! São Caixinha
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02-04-2008
Mª João Gomes disse:
O artigo do Artur Alves é para mim o momento deste blog, o que eu descobri !......Descobri que as “cadelas” que alguns dos citados apanhavam eram com leite, que estes mesmos e outros não iam ao Lisbonense nem ao Casino da Mangueira, que o JJ além de arruaceiro (isso já sabia) era pescador e que se gostava de mostrar com o Rui FS, (com franqueza João, desconhecia-te esse lado.....), que “OS COPINHOS DE LEITE” afinal não casaram com as mulheres que amavam, mas antes acabaram “caçados” sabe-se lá porque “gajas”, que o João Serra tem medo de escrever, que após o casamento o poder económico melhorava a ponto de se poderem comprar gira discos...........O que é preciso é que aparecem mais artigos como este, pois eu afinal andei distraída e realidades como as descritas passaram-me ao lado.Vá lá, escrevam mais artigos com este tipo de tom e conteúdo que eu, os privilegiados, os copinhos de leite e as meninas do Blog, pelos vistos passámos os anos da nossa juventude noutra galáxia, nem sabíamos que havia colegas e amigos que tinham vivências sociais, políticas e económicas diferentes. Mª João Gomes.
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02-05-2008
Pedro Bandeira disse:
Sou um leitor esporádico do Blog do ERO e permitam-me o seguinte comentário sobre o artigo considerado polémico do Artur Alves, que não conheço, em resposta a outros artigos cujos autores também não conheço.
Diverti-me à brava a ler o artigo em causa e reli-o mesmo duas vezes à procura de algo insultuoso, o que não encontrei.
O artigo é faccioso ? – É.
O artigo é provocatório ? – É.
O artigo está mal escrito ? – Não, bem pelo contrário.
É uma visão pessoal que certamente até o próprio saberá que está excessivamente matizada mas que reflectirá o seu sentimento sobre uma sociedade e uma época.
Eu, que andei no ERO do 1º ao 5º ano do liceu (1966/70), tendo depois deixado de viver nas Caldas, tenho outra visão completamente diferente:
- Ia a pé para as aulas e ainda bem pois assim tive mais tempo para a brincadeira e para apanhar fósseis.
- Os livros, não os ia comprar à Tália, ia buscá-los à biblioteca do Parque (era da Gulbenkian, não era?), que posso “eleger” como um dos locais da minha juventude nas Caldas.
- Nem Zairas nem Centrais, ia era jogar matraquilhos à Floresta, bilhar ao Camaroeiro e pingue-pongue ao Parque.
- Por último o melhor amigo que fiz nas Caldas e que ainda hoje conservo andava na Escola Comercial.
Saudades do
Pedro Bandeira
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03-05-2008
João Paneiro (Neco) disse:
Acabou o bom senso no blog?Será que muitas das reacções ao artigo do Artur (que li 3 vezes para entender a razão de tanto protesto) resultarão do pessoal, com excepção do "Traga Balas"(desculpa referir-me assim), ser muito novo nos anos 60 e como tal, não serem reais observadores? O Artur pintou a realidade das Caldas por esses anos, com as cores todas. Socialmente a cidade estava muito estratificada. Casino de porta aberta? Só em fantasia. Zaira centro transversal de convívio? Nunca dei por isso.
As reflexões do Artur são verdadeiras, e até já me fazia confusão aquilo que lia, dando a entender que as classes sociais nas Caldas não se encontravam bem marcadas e que conviviam numa santa harmonia. Que grande distracção. Realmente não era assim. Se calhar era eu que andava distraído... Mas o que tem o post do Artur para lhe valerem tais referências desagradáveis? Insultos? Não dei por isso. Mas ser necessária uma sondagem sobre o sim ou não da publicação do post é assustador! Será que quem condena a publicação não ficou farto de censura? Eu fiquei...
Já agora, eu frequentava intensamente a Zaira, os matrecos da Floresta, o casino, o pigue-pongue das casa dos barcos no parque (onde a D. Adelaide nos anunciava com a sua saudosa pronúncia "Meninos está na hoia"), o Clube de Inverno, os bailes do Lisbonense etc, mas de facto não encontrava toda a juventude daquele tempo a frequentar os mesmos sitios. João Paneiro - Neco
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04-05-2005
Manuel Agudo disse:

Meus caros amigos sou o Manuel Agudo que andei a estudar no ERO, com dois irmãos (um e uma) durante poucos anos - lá para os lados de 1966 a 1969 – e que por isso a maior parte dos visitantes do BLOG já não se deve recordar de nós. Agora, com esta intervenção um pouco mais quente do nosso amigo Artur Alves, que me desculpe, mas não tenho o mínimo vestígio na memória, resolvi entretanto perder a vergonha e mandar também umas “bocas”.
Por isso também concordo com o Zé Carlos Faria de que isto é um espaço aberto, e destina-se a desabafar um bocado e falar de peito aberto! Isso não quer dizer que se tenha de lançar pedras daquela maneira a alguns colegas só porque frequentavam aqui ou acolá!
Mas que diabo! Também já lá vão 40 anos!!.....
Quanto aos locais mais frequentados, na minha idade no ERO, eram a maior parte do tempo em casa ou redondezas (porque um maior afastamento podia originar uns tabefes da mamã) e quando surgia uma oportunidade ir à mata para jogar à bola, ou até ao parque brincar ou jogar Ping-pong.
Quanto aos cafés preferidos pelos colegas, a maior parte deles não me lembro muito bem, mas também posso acrescentar que me recordo da Zaira ser um café frequentado pela “finesse”, de ir às vezes ao Central com o meu pai para (ele) tomar um cafezinho ( não concordo nada com o nosso amigo Artur Alves de considerar um local de Elite) e também me lembro de ter aberto o Café Maratona, para onde por vezes me escapulia (era perto da minha casa) para me deliciar a ver os carrinhos da pista de automóveis.
Já agora que estamos a falar à vontade, também me merece adiantar que havia efectivamente alguma clivagem entre os estudantes da Escola Industrial e do ERO, por razões óbvias – escudos! Mas isso não me parece que mereça agora algum reparo sobre os frequentadores de cada estabelecimento, até porque estávamos no tempo da “outra senhora”
Bom! quanto mais não fosse, esta intervenção do Artur Alves foi boa só para dar um arzinho de sua graça ao blog e principalmente para começar a ver algumas intervenções de antigos colegas de turma – Pedro Bandeira (que tal como eu não vive nas Caldas) , Mª João Gomes e aguardo que venham outros………
Xau!!!!!!!!
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05-05-2008
Fernando disse:
Em relação a toda esta polémica, só me surge como resposta ao autor do texto original, o Sr. Artur Alves (que não faço ideia quem seja), aquela que o General Cambronne deu na batalha de Waterloo, quando o convidaram a render-se, e que ficou conhecida para a história como "Le mot de Cambronne"...
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05-05-2008
A. Justiça disse:
Não percebo tanto furor e “esquentar de cabeças” por causa do artigo do Artur Alves, afinal o que foi escrito por ele corresponde a uma realidade de então. Pois se até na Escola Comercial e Industrial havia rivalidades entre os meninos do Comércio e os Macacos da Indústria. Os do Comércio eram os “queques” e os da Indústria eram os “sujos”. É natural que assim fosse pois só depois de 74 é que apareceram mecânicos de bata branca… dantes era tudo com fato-macaco, de preferência azuis… e quando se trabalhava em oficinas certo era que as roupagens estivessem sujas e a cheirar a óleo. Claro que a forma como o Artur aborda a questão é ríspida e pouco sociável, no entanto, isso deve-se á maneira de ser de cada um e não afasta, de modo algum, as diferenças que havia entre a rapaziada do ERO e da Escola… e da mesma forma se pode comparar com as diferenças, dentro da mesma Escola, entre os meninos do Comércio e os “labregos” da Indústria. Preciso esclarecer que pertenci aos últimos.
Ora bem, com tudo isto votei “sim”, que este tipo de análise à sociedade de então deve ser publicada até porque, após ler os primeiros artigos publicados, comecei a ficar com dúvidas se teria mesmo tirado o Curso em Caldas, é que… realmente não tinha, na altura, tanto vagar e muito menos escudos, para frequentar os locais que até então eram focados. Só Zaira, só Central, só Casino, etc, etc, … e então! Ninguém se divertia. Ficavam-se por estarem sentados à mesa de cafés. Não. Recuso-me a aceitar essa tristeza até porque… lembro-me que a nossa juventude era muito mais rica e criadora. Frequentei todos esses locais nos 6 anos de estudo e recordo que essa frequência era por “revoadas”, quer dizer, durante uns tempos aqui outros ali e outros ainda acolá. Nunca fixo em um local apenas.
Pois se até, na estação da CP, a linha secundária que dava acesso aos armazéns do cais de embarque foi local de brincadeiras… se o largo frontal foi local para, rapazes e raparigas, jogarem ao ringue. E as longas caminhadas, a pé, até à Foz do Arelho… e os passeios no Parque da Cidade… e os passeios na Mata com incursões esporádicas na Quinta da Boneca… e o comer medronhos na Mata… e tantas, tantas outras aventuras, próprias da idade, que por vezes traziam dissabores.
Amigos, deitem cá para fora as “travessuras” porque nem a vossa nem a minha vida de estudante foi passada à mesa de cafés. Havia diferenças, até grandes diferenças, na forma de estar na vida… e que isso dependia do poder económico de cada um, não tenho dúvidas, o que duvido é se essas diferenças eram provocadas pelos mais desafogados ou pelos menos afortunados de carteira… mas uma coisa é certa… foram tempos divertidos apesar de uns se divertirem apenas com o “Mundo de Aventuras” e o seu Cisco Kid e outros com o mesmo e mais uns discos que podiam comprar ao Sr. Nogueira.
Assim sendo, JJ, não te arrependas de ter publicado o artigo do Artur. Ele pelo menos teve o condão de afastar a escrita que, até então, estava a ser desenvolvida e colocou uma pitada de “piri-piri” no recordar.
Continuem, pois… recordar é viver… e muito me apraz lembrar esses tempos.
Um abraço
Justiça
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07-05-2008
JJ disse:
Não pelos 96% de aprovação na sondagem do Blog, mas pela quantidade e diversidade dos comentários, a publicação deste artigo foi positiva.

1 comentário:

Perfeito Doméstico disse...

Em relação a toda esta polémica, só me surge como resposta ao autor do texto original, o Sr. Artur Alves (que não faço ideia quem seja), aquela que o General Cambronne deu na batalha de Waterloo, quando o convidaram a render-se, e que ficou conhecida para a história como "Le mot de Cambronne"...