ALMOÇO / CONVÍVIO

ALMOÇO / CONVÍVIO

Os futuros almoços/encontros realizar-se-ão no primeiro Sábado do mês de Outubro . Esta decisão permitirá a todos conhecerem a data com o máximo de antecedência . .
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"A BELA E O ..."

por Miguel B M


Estas fotografias de 1995 ,em que surge a Super com os meus filhos (a relação com a Sofia é quase maternal), vêm de certo modo desmentir uma imagem que formámos no nosso imaginário sobre a dra Deolinda Ribeiro. Aliás essa imagem foi criada, e posteriormente alimentada, por ela própria, de pessoa distante, quase sem sentimentos, severa e ríspida. Puro engano.

Tive o prazer de privar com ela pois foi inicialmente amiga dos meus pais e posteriormente de mim próprio.Tratava-se de uma pessoa afável,simpática,com grande cultura específica e geral,com quem era fácil manter uma longa conversa.

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Estas fotos até para mim constituíram uma surpresa pois desconhecia a sua existência e só as descobri quando pesquisei os arquivos do meu pai. Creio que nelas também estou presente na memória da Super, pois posso supor que me reviu com a presença das crianças.

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Onde quer que esteja espero que estas imagens e estas palavras lhe toquem o coração pois este também tinha a capacidade de se derreter.
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Miguel Bento Monteiro
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COMENTÁRIOS
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Ana Carvalho disse:
Realmente quem havia de dizer que a Dra Deolinda era assim, estou espantada, nunca devemos criticar quem só conhecemos superficialmente, sem ser na intimidade, aprender até morrer! Bjs PP
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Manuela Gama Vieira disse:
Profundamente enraizada nas suas origens telúricas, talvez daí lhe adviessem a “dureza”, a simplicidade, e a face tisnada pelo sol.
Apreciei, sobremaneira, o excelente artigo de José Manuel Pereira da Silva que o Jales "repescou" e me avivou as memórias, devo confessar que eivadas de algum temor...da minha Professora de Filosofia.Contudo, os anos encarregam-se de aplacar os temores...
Por detrás do facies mais duro pode estar um coração de ouro, sem dúvida!Manuela Gama Vieira
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Júlia Ribeiro disse:
Apenas tive a Drª Deolinda como professora de Filosofia durante um ano e numa disciplina que não me era muito grata.Não deu para a conhecer bem, mas foi o suficiente para me aperceber que era uma pessoa com características muito peculiares e que não se apagariam da minha memória.
Encontrei-a num almoço de Antigos Alunos na Foz em 1994 e surpreendeu-me que não nos tivesse esquecido, após 24 anos, a mim e ao Quim (Oliveira) e até se lembrar dos nossos nomes.
Agora,ao ler todos estes depoimentos sobre a Drª Deolinda,fiquei a conhecê-la melhor e pensei : Que pena não estar ainda entre nós....Júlia R

2 comentários:

J L Reboleira Alexandre disse...

Tenho lido imensas coisas sobre a Super e a sobrinha Dra. Margarida Ribeiro.

Ambas foram nossas professoras, e de quase todos os participantes nos blogs da Escola e do ERO. Também já referi quanto me marcaram qualquer delas. No entanto nem tudo foi ainda dito.

Para os habitantes do Chão da Parada, estas duas professoras eram conhecidas pelas «bueras». Tentei ingloriamente averiguar junto dos meus pais, a origem deste nome que na minha opinião mais não é que o aportuguesamento do termo «the Boers», famosos emigrantes holandeses que povoaram a África do Sul, e após a guerra com os Zulus abandonaram o continente africano.

Como os pais da «nossa» Super, não eram naturais da zona, e ficaram conhecidos por se terem estabelecido no inicio do século passado na zona da Estrada Nacional 8, perto da velha ponte sobre o Rio Tornada, poderá alguém com mais tempo fazer uma pesquisa sobre as origens da Dra. Deolinda ? É que nenhuma delas gostava de falar com os mais jovens sobre as suas origens, apesar de eu imensas vezes ter abordado o tema nas imensas conversas que tinha com a Dra. Margarida sobretudo, fosse lá na terra ou quando a encontrava imensas vezes na praia de Salir.

Trata-se afinal de figuras que marcaram a vivência de toda uma geração de jovens caldenses.

Anónimo disse...

A Super era fantástica!
Não fui sua aluna no ERO, mas sim mais tarde, na Escola do Magistério, onde leccionou Pedagogia e Psicopedagogia.Dela guardo muito boas recordações, como professora e como amiga. Ao longo do tempo que com ela privei tive várias almoçaradas de alunos, para as quais ela era convidada e eu fazia questão de me sentar a seu lado. Era sempre mais interessante. Não me esqueço de um episódio, penso que passado na Manjedoura (restaurante que existia em Vale de Maceira). Quando nos sentámos e surgiu o empregado para tomar nota dos pedidos,eu solicitei uma gasosa, para misturar com o vinho tinto. Ai meu Deus! O que eu fui fazer!
" Estás maluca, rapariga! Isso não se faz! Vais estragar o vinho e vais estragar a gasosa, que já de si, só faz mal."
E foi a partir daí que passei a beber vinho tinto sem gasosa. Hoje partilho da sua opinião,claro está.
Durante o estágio, assistiu a várias aulas minhas. Muitas das vezes eu pedi a sua presença. Não sei porquê, dava-me segurança. E ela, que não era obrigada a ir,não só nunca faltou, como fazia sempre questão de comigo reflectir sobre a aula dada e enriquecer-me com os seus conselhos.
Uma grande mulher!