Luisa Nascimento
No meu 5º ano, secção de letras, 6º e 7º ano reuniamo-nos diariamente na Cardenha, loja onde trabalhava a minha muito querida dona Maria José, mãe do nosso querido Ortigão Rui Ferreira da Silva. A Cardenha situava-se no espaço onde hoje é a Galeria da Maria Cândida Botelho ( para quem não se lembra).
A dona Maria José foi sempre uma pessoa com um espírito muito aberto, muito actualizada, muito nossa amiga e com quem se podia falar de todos os assuntos que constituíam, nessa altura, os nossos grandes problemas. Aí se encontravam todos os dias, no final das aulas, eu própria, a Ofélia Patriarca, o Rui Ferreira da Silva e o Pedro Louceiro (um quarteto inseparável), assim como o Zequinha. Não podiam faltar os pastéis de nata que eram comprados, ainda quentinhos, na fábrica do beco, com os restitos das nossa semanadas e partilhados entre risos e conversas de alto gabarito.
Anterior a esta "fase" foi a passagem, tambem obrigatória, pela Tália onde se passavam horas a ouvir música com a complacência do sr. Diogo.
Recordar estes episódios faz saudades de um tempo que, para mim foi maravilhoso. Considero que tive uma juventude muito feliz com amizades verdadeiras e muito fortes.
Aqui fica o apontamento de algumas recordações, entre os ofícios e as informações a despacho superior que me chamam ao trabalho.
Beijinhos,
Luisa Osório
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COMENTÁRIOS
23-04-2008
JJ disse:
A Cardenha como local de encontro é uma novidade. Lembro-me da loja mas nunca naveguei até lá, depois de sair da fábrica dos bolos "encalhava" sempre na Tália ou na Floresta.
As reuniões deste quarteto+1 deviam decorrer, apesar da ausência de data no texto, entre 1969 e 1972.
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24-04-2008
Isabel Caixinha disse:
Quer queira quer não acabo sempre a pensar em bolos!Desta vez os pastéis de nata quentinhos(ao mesmo nível do russo)da fábrica do beco!Doces memórias que a Luisa me veio acordar...
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